Dino: Bolsonaro "cria caos para colocar militares nas ruas"
Governador questionou o fato de o presidente da República demorar a liberar o auxílio Renda Básica em meio à crise que abala o país por causa da pandemia do coronavírus
O governador Flávio Dino (PCdoB) afirmou que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), tem demorado a liberar o auxílio Renda Básica, de R$ 600, para ampliar a crise no país e convencer as forças armadas a ocuparem as ruas, em meio a batalha contra o Covid-19, o novo coronavírus.
“É absurda a lentidão de Bolsonaro no que se refere ao pagamento da Renda Básica criada pelos senadores e deputados federais. Aparentemente, deseja o caos para ‘ter razão’ e tentar convencer os militares a irem para as ruas. Isso explica os vídeos que ele insiste em postar”, disse.
O benefício apontado por Dino – que até o fechamento desta edição ainda não havia sido liberado pelo Governo Federal –, foi aprovado pelo Congresso Nacional no início da semana.
Na quarta-feira Bolsonaro anunciou ter sancionado o benefício. Na ocasião, ele informou que iria encaminhar uma Medida Provisória (MP) para o Congresso Nacional, para a abertura de crédito extraordinário no Orçamento, antes de publicar a sanção do auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 mensais para trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa. Os processos para o pagamento somente podem começar após a publicação da medida no Diário Oficial da União.
Logo após o pronunciamento de Bolsonaro em rede nacional, no qual o presidente defendeu um pacto do Governo Federal com todos os governadores e prefeitos, Dino fez referência à liberação do benefício para os trabalhadores informais.
“Se Bolsonaro quer mesmo ‘pacto’, o que sinceramente desejo, duas providências são fundamentais: 1) deixar que ministério da Saúde coordene ação unificada nacional contra o coronavírus, com critérios técnicos. 2) mandar pagar imediatamente a Renda Básica, sem inventar obstáculos”, pontuou.
Burocracia
Ontem pela manhã, Bolsonaro falou sobre a Medida Provisória que seria encaminhada ao Congresso para a abertura de crédito extraordinário e citou a dificuldade na liberação do benefício por causa da burocracia exigida.
“Porque não adianta dar um cheque sem fundo. Tem que ter o crédito também. Mas a burocracia é enorme. Uma canetada minha errada é crime de responsabilidade”, justificou.
O benefício aprovado pelo Congresso Nacional será válido por três meses e poderá atender a até dois membros da mesma família, podendo chegar a R$ 1,2 mil. A medida custará R$ 98 bilhões aos cofres públicos e deve beneficiar 54 milhões de brasileiros.
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