Violência

Morte de líder indígena também vai ser investigado pela PF

Corpo do índio foi encontrado com marcas de tiros em Arame e os policiais federais serão deslocados para o local de crime

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Zezico Rodrigues Guajajara, que foi morto e caso será apurado pela PF
Zezico Rodrigues Guajajara, que foi morto e caso será apurado pela PF (Zezico Rodrigues Guajajara, líder da Terra Araribóia)

A Polícia Federal (PF) começou ontem a investigar o assassinato do líder indígena da Terra Araribóia e diretor do Centro de Educação Escolar Indígena Azuru, Zezico Rodrigues Guajajara. De acordo com a polícia, o líder indígena foi encontrado morto no começo da tarde de terça-feira, 31, na estrada da Matinha, na zona rural de Arame, e havia marcas de tiros.

A assessoria de comunicação da Polícia Federal informou que está ciente do fato e desde ontem começou a investigação, inclusive, já foi aberto um inquérito policial. No decorrer desta semana, policiais federais vão até a cidade de Arame onde vão ouvir testemunhas como ainda acompanhar os exames periciais.

Esse assassinato também está sendo investigado pelos policiais civis. O superintendente da Polícia Civil do Interior, delegado Guilherme Campelo, declarou que desde o último dia 31 foram deslocados ao município de Arame a equipe da Delegacia Regional de Barra do Corda como ainda os peritos do Instituto de Criminalística (Icrim) de Imperatriz e da equipe da Força Tarefa de Proteção de Vida Indígena (FT-Vida).

As lideranças indígenas da região já informaram para a polícia que Zezico Guajajara vinha sendo ameaçado de morte por conta de conflitos internos na aldeia e chegou a formalizar denúncias sobre atos violentos cometidos por outros indígenas na aldeia Zuituá para a Fundação Nacional do Índio (Funai) e Polícia Federal. No dia do crime, a vítima tinha ido fazer compras e, em seguida, encontrado morto por populares.

Baixada Maranhense

Ocorrências de assalto na Região da Baixada Maranhense durante o período da noite de terça-feira, 31, resultaram em três mortes. A polícia informou que um dos casos foi no povoado Itaquaritiua, zona rural de Viana, e as vítimas foram Moisés Pinheiro dos Santos, de 20 anos; e Adailson Pereira dos Santos, de 21 anos.

Ainda de acordo com a polícia, eles se deslocaram até esse povoado onde tentaram assaltar Justino Silva, de 80 anos. Durante a ação ilegal, o idoso foi golpeado no abdômen e levado para o hospital da cidade, mas, no decorrer da madrugada de ontem, transferido para uma unidade de saúde da capital.

Os populares revoltados acabaram assassinando Moisés Pinheiro e Adilson Pereira. Os policiais quando chegaram ao local encontraram os corpos das vítimas nas proximidades da residência de um dos moradores dessa localidade. Segundo a polícia, Moisés Pinheiro tinha deixado o presídio de Viana há 15 dias e respondia pelo crime de homicídio, ocorrido em setembro do ano passado, enquanto, o outro criminoso tinha passagem por roubo e tráfico de entorpecente.

Também nesse dia foi assassinado Ismael Mendonça, Machão, de 34 anos, no povoado Santa Rita, em Matinha. Segundo a polícia, a vítima foi abordada na porta de sua residência por um criminoso, que estava realizando um verdadeiro raspa nessa localidade.

Machão levou oito tiros e morreu a caminho do hospital desse município, enquanto, o suspeito fugiu em uma motocicleta em direção ao povoado Preguiça. Guarnições da Polícia Militar realizaram incursões nessa região, mas não conseguiu prender o acusado. A Polícia Civil está investigando o caso.

Tentativa de latrocínio

O motorista de um oficial superior da Polícia Militar, o sargento Airton, de 49 anos, foi baleado na noite da última terça-feira durante uma tentativa de assalto, no bairro do Maiobão, em Paço do Lumiar, na Região da Grande Ilha.

A polícia informou que o militar estava conduzindo uma motocicleta nessa localidade quando foi abordado por uma dupla criminosa. Houve troca de tiros. Durante o tiroteio, o policial acabou sendo baleado no braço e levado para um hospital da capital onde passou por tratamento cirúrgico e não corre risco de morte. Os criminosos conseguiram fugir do cerco policial. A polícia investiga o caso como tentativa de latrocínio.

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