Covid-19

Para Dino, Governo Federal precisa ser reavaliado após crise

Gestor citou, em seus perfis em redes sociais, "crise de governabilidade" e disse que o presidente da República, Jair Bolsonaro, não consegue impor sua autoridade internamente na avaliação do trabalho dos seus auxiliares

Thiago Bastos/ Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Governo Bolsonaro voltou a ser criticado pelo governador do Maranhão, Flávio Dino, nas redes sociais
Governo Bolsonaro voltou a ser criticado pelo governador do Maranhão, Flávio Dino, nas redes sociais (Bolsonaro)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), sugeriu – em suas redes sociais – uma reavaliação da gestão do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), após a crise sanitária no país e em outras partes do mundo causada pelo coronavírus.

De acordo com o gestor maranhense, Bolsonaro perdeu “governabilidade”. O comunista não defendeu explicitamente a articulação de processo de impeachment contra o chefe do Executivo Federal.

Segundo Dino, uma das provas da ausência de “governabilidade” de Bolsonaro foi a desistência da demissão de “ministros”. De forma indireta, o governador faz menção à recente crise interna entre Bolsonaro e o atual ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Enquanto Bolsonaro ainda defende o chamado “isolamento vertical”, ou seja, a separação social apenas dos públicos mais suscetíveis à Covid-19, Mandetta reforça em aparições as medidas de isolamento pleno, ou seja, para todos os públicos.

A saída de Mandetta da pasta chegou a ser cogitada. Aliado de Bolsonaro do DEM e indicação própria do presidente, Bolsonaro preferiu por ora manter o gestor. No entanto, para Dino, a decisão revela falta de força para tomar decisões. “Mais um grande sinal da crise de governabilidade: o governante já não consegue demitir seus próprios ministros”, afirmou.

Sem capacidade

Segundo o gestor comunista, o presidente da República não tem mais capacidade de coordenar o trabalho dele e de outros auxiliares. Nos últimos dias, após aparente apaziguamento de ânimos entre governadores e o presidente Bolsonaro, Flávio Dino votou a subir o tom contra o gestor federal.

Antes de sugerir a avaliação da gestão do Executivo no país, Dino comparou à Covid-19 com o movimento bolsonarista. Para Dino, o “bolsonarismo” é uma doença que desafia o país. Ao portal UOL, o governador do Maranhão afirmou que o movimento a favor do presidente é uma espécie de “patologia política”.

Por sua vez, nas recentes aparições, Bolsonaro não cita diretamente o governador maranhense. Os governadores do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) e de São Paulo, João Dória (PSDB), por ora, são os “alvos” preferidos” de Bolsonaro quando se refere aos governadores em tom crítico.

Flávio Dino não esconde de aliados sua pretensão à corrida ao Planalto em 2022. Para isso, em várias manifestações, o governador aproveita a pauta relacionada à crise causada pelo coronavírus para criticar ações do Governo Federal. Apesar disso, nos últimos meses, o ente federal reforçou os investimentos no Estado.

Além de encaminhamentos de verbas para a saúde, o Governo Federal também anuncia futuros investimentos na estrutura portuária maranhense e na malha rodoviária. Somente no ano passado, de acordo com dados do Portal da Transparência, mais de R$ 140 milhões foram destinados via União ao Maranhão.

Mais

“Renda mínima”
será sancionada

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), confirmou mais um investimento para o Maranhão. Ele assinará o decreto que prevê aplicação que beneficiará mais de dois milhões de maranhenses, de acordo com dados do Governo do Maranhão, de recursos para sanar as despesas contra a Covid-19.

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