Saúde

Mercado registra alta procura por vitamina D

A explicação decorre de estudos que detalham a eficácia da vitamina na redução de riscos de infecções respiratórias, o que poderia ajudar na melhora da síndrome respiratória aguda provocada pela Covid-19

Evandro Júnior/ Da equipe de O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
A empresária Guga Fernandes diz que a procura aumentou bastante
A empresária Guga Fernandes diz que a procura aumentou bastante (GUGA)

SÃO LUÍS- A procura por vitamina D tem aumentado no mercado. Pesquisadores descobriram que ela é efetiva na redução de risco de infecções respiratórias de origem viral. Dessa maneira, ajudariam na melhora da síndrome respiratória aguda grave, provocada pelo coronavírus. A vitamina, entre outros benefícios, auxilia na absorção de cálcio e fósforo, regula a secreção de insulina e aumenta a produção de músculos.

Segundo a empresária Guga Fernandes, que assina a marca Guga Fernandes Beauty (@gugafernandesbeauty), fábrica que comercializa o produto, o medo de contrair a doença tem levado a uma busca por essa vitamina, resultando em um crescimento em 500%.

“Nossa fábrica comercializa frascos da vitamina e, nas últimas semanas, a procura foi absurdamente grande. Por essa razão, já mandamos buscar mais frascos para o Maranhão. É importante frisar que a vitamina, que ajuda a aumentar a imunidade, não elimina o vírus, mais é uma ferramenta para combatê-lo, pelo fato de aumentar a imunidade”, destaca a empresária, citando um estudo internacional publicado em 15 de fevereiro de 2017.

Guga refere-se ao artigo científico intitulado “Vitamin D supplementation to prevent acute respiratory tract infections: systematic review and meta-analysis of individual participant data”. Trata-se de um estudo controlado (quando um grupo amostral recebe a vitamina D e o outro, o placebo, ou seja, um tratamento inerte, que não apresenta interação com o organismo).

O estudo , mostra que as infecções agudas do trato respiratório são uma das principais causas de morbimortalidade global e são responsáveis por 10% das consultas ambulatoriais e de emergência nos Estados Unidos, resultando em um número estimado de 2,65 milhões de mortes no mundo, no ano de 2013.

Idosos
Guga Fernandes lembra que cientistas italianos da Universidade de Turim dedicaram-se a estudar, principalmente, os casos de idosos frágeis diagnosticados com a Covid-19, sobretudo hóspedes de casas de repouso que não se expõem adequadamente à luz solar. “A maioria deles apresentava deficiência de vitamina D, condição que, de acordo com o estudo, é comum à boa parte da população italiana”, frisa.

A vitamina D é essencial em funções relacionadas ao metabolismo ósseo, porém parece também estar relacionada na fisiopatogênese de diversas doenças. Em crianças, sua deficiência leva ao retardo do crescimento e ao raquitismo. Em adultos, a hipovitaminose D leva à osteomalácia, ao hiperparatiroidismo secundário e, conseqüentemente, ao aumento da reabsorção óssea, favorecendo a perda de massa óssea e o desenvolvimento de osteopenia e osteoporose. Fraqueza muscular também pode ocorrer, o que contribui para elevar ainda mais o risco de quedas e de fraturas ósseas em pacientes com baixa massa óssea.

A médica Hosana Reis vem há anos alertando seus pacientes da medicina preventiva sobre a importância de se manter a vitamina D em níveis adequados e sobre seus benefícios no organismo. Mas alerta que a substância não pode ser tida como vacina contra o coronavírus e que hábitos de vida também são de extrema importância para nossas respostas imunológicas. Ela lembra que estudos científicos apontam que uma importante fonte de produção da Vitamina D é a exposição solar por 10-20 minutos ao dia, com até 80% do corpo descoberto.

“A vitamina D não é vacina contra o coronavírus, nem poderá evitar sua virulência. Ela poderá melhorar nossa imunidade e as respostas fisiológicas adaptativas do nosso organismo, fortalecendo-o, e otimizando o combate à algumas doenças e a possíveis vírus, incluindo o do Coronavírus. Dormir bem, praticar atividade física regularmente, manter uma alimentação equilibrada, evitar consumo de industrializados e manusear o estresse também são de extrema relevância para fortalecer nossa imunidade ”, reforça. l

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