Opinião

Resposta global contra o Covid-19

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

Está mais que provado que o presidente Jair Bolsonaro vai na contramão das decisões de líderes mundiais com medidas para combater o Covid-19. Ontem, 30 de março, o governo da Rússia anunciou confinamento na capital Moscou por tempo indeterminado enquanto todo o país se prepara para seguir seus passos. Já o premiê Benjamin Netanyahu, 70 anos, se colocou em isolamento após ter contato com um assessor parlamentar infectado por coronavírus.

Enquanto isso, Bolsonaro insiste em desafiar o Covid-19. O que vimos no domingo, 29, foi o presidente brasileiro contrariando as medidas defendidas por autoridades de saúde do mundo inteiro ao se misturar com o público ao passear em Brasília e voltou a se posicionar contra o isolamento social mais geral, Defendeu apenas o isolamento de idosos e de grupos de risco. Usando seu linguajar costumeiro, disse que é preciso poupar vidas, mas que todos vão morrer um dia. E que é preciso atenção para o impacto da pandemia na economia. Merece ser estudado.

Uma vez que o Covid- 19 não respeita fronteiras, os países que integram o G-20 – ou seja, que reúne as maiores economias do mundo - decidiram por uma resposta com espírito de solidariedade: quase US$ 5 trilhões a serem injetados na economia global. Conforme foi anunciado, a medida integra um conjunto de ações para combater os impactos sociais, econômicos e financeiros de pandemia de coronavírus. Não deixa de ser um volume assustador de recursos para o combater o inimigo invisível.

Esse espírito de solidariedade, que deverá ocorrer de forma transparente, robusta, coordenada, de larga escala e baseada na ciência, demonstra o comprometimento da frente unida do G-20 contra essa ameaça comum.

E o Brasil? Bem as decisões do governo brasileiro são uma incógnita, mudam de acordo com as pressões de alguns setores. Aquilo que foi anunciado hoje, é provável que seja mudado. Ainda assim, mais de R$ 600 milhões estão sendo liberados para estados e municípios reforçarem o plano de contingência para o enfrentamento da pandemia.

Uma coisa é certa: o governo federal terá de aumentar gastos para salvar vidas, socorrer empresas, trabalhadores que perderam renda e até os estados e municípios em razão da pandemia de coronavírus. Conforme tem sido amplamente noticiado pelos economistas, o Brasil caminha para o sétimo ano seguido de rombo nas contas públicas e, segundo cálculos do Tesouro Nacional, o déficit pode superar os R$ 300 bilhões este ano. Isso, de acordo com dados preliminares, pois o governo ainda trabalha em medidas de combate à pandemia.

O governo pediu, e o Congresso aprovou o estado de calamidade pública em razão da Covid-19. Ele está em vigor até o fim do ano e funciona, na prática, como uma licença para gastar mais. Ele permite que o Ministério da Economia deixe de cumprir as metas de resultado nas contas públicas. Até então, a previsão de rombo era de R$ 124 bilhões. Vale lembrar que economistas, que sempre foram favoráveis ao controle rígido das constas públicas, ressaltam a importância de salvar vidas – embora o presidente Jair Bolsonaro vá na contramão das decisões mundiais, defendendo a economia em primeiro lugar. Eles defendem que na crise do coronavírus o caminho é aumentar gastos do governo federal – isto é, a saúde em primeiro lugar.

Ainda assim, os economistas defendem o socorro às pequenas empresas, aos trabalhadores que perderam renda a até aos estados, com postergação do pagamento das dívidas com a União. Para eles, é hora do governo agir, já que a solução está nas mãos do próprio governo.

E já que o assunto é Covid-19, uma boa notícia: não há registro de infecção decorrente do contato com jornais, revistas, documentos impressos ou caixas de papel. A International News Media Association (INMA), uma das mais respeitadas organizações de mídia do mundo, acaba de publicar um estudo ouvindo cientistas e médicos, que atestam que não houve incidentes e reforçam que o risco de infecção. A partir dessa análise, é possível afirmar que é seguro receber o jornal em casa. Segundo a Organização Mundial da Saúde, “é baixa a possibilidade de uma pessoa ser contaminada pelo vírus que causa Covid-19 de uma caixa que foi movimentada, transportada e exposta a diferentes condições e temperaturas”.

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