Pandemia

Fifa estuda investir R$ 7,8 bilhões para ajudar o futebol mundial durante crise

Fifa confirmou que estuda criar um mecanismo para ajudar o futebol mundial durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus

Estadão Conteúdo

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Gianni Infantino, presidente da FIFA, falou sobre os impactos da pandemia no futebol
Gianni Infantino, presidente da FIFA, falou sobre os impactos da pandemia no futebol (Gianni Infantino FIFA )

SÃO PAULO - A Fifa confirmou que estuda criar um mecanismo para ajudar o futebol mundial durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. A entidade máxima do futebol apresentou um plano de colocar à disposição cerca de USS$ 1,5 bilhão (R$ 7,8 bilhões) das suas reservas com o intuito de proporcionar um auxílio à comunidade do futebol por todo o mundo para superar possíveis perdas causadas pela paralisação de campeonatos.

"O valor reflete sobre as possibilidades de proporcionar uma ajuda à comunidade do futebol por todo o mundo", afirmou a Fifa. Em todo o mundo, a maioria das ligas nacionais estão paralisadas no momento. Apenas continuam em disputa campeonatos de países pouco expressivos como Nicarágua, Bielo-Rússia e Burundi.

A criação deste mecanismo de auxílio já é uma resposta de um grupo de trabalho criado no último dia 18. Um dia depois do anúncio do adiamento da Eurocopa de 2020, a Fifa reuniu membros da entidade e confederações de futebol pelo mundo para estudar o impacto da crise do coronavírus sobre o futebol. A preocupação recai principalmente sobre as quedas de receita com bilheteria, cotas de televisão e patrocínio.

Estudo divulgado recentemente pela consultoria KPMG avalia que o possível cancelamento do calendário do futebol europeu pode causar um impacto de R$ 20,9 bilhões nas cinco principais ligas europeias: Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França. O reflexo da crise será sentido também nas contratações de jogadores, já que os clubes terão menos recursos para trazer reforços.

A Fifa também sinalizou a criação de um "potencial fundo de apoio". Os detalhes sobre este projeto deve ser anunciados somente nos próximos dias. O formato da operação, assim como os detalhes deste recurso financeiro estão em estudo por parte da própria Fifa, junto com confederações nacionais e os patrocinadores da entidade.

Impactos no futebol

Na semana passada, o presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino, avisou que o mundo do futebol deve se preparar para o pior dos impactos causados pela pandemia, mas que a entidade fará de tudo para ajudar. "Todos teremos de fazer sacrifícios. Saúde primeiro e depois tudo o mais. É esperar o melhor e se preparar para o pior. Sem pânico. As Federações e Ligas devem seguir as recomendações dos governos", afirmou.

Enquanto a Fifa se organiza para ajudar o futebol, os principais clubes do mundo têm se mobilizado para reduzir salários. O Barcelona aceitou ter um desconto de 70% nos vencimentos para evitar que um prejuízo maior. Na Alemanha, os jogadores de Bayern de Munique e Borussia Dortmund aceitaram receber 20% menos durante o período. Já na França, Olympique de Marselha e Lyon acordaram com os respectivos planteis o desconto de 30% nos vencimentos.

No Brasil, os acordos têm sido costurados em cada clube. A única determinação fechada em âmbito nacional é a adoção de férias coletivas por 20 dias a partir de 1.º de abril. Depois desse prazo, é possível que cada equipe dê mais 10 dias de descanso para os jogadores.

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