Covid-19

Chefe da Casa Civil descarta demissão de Mandetta

Braga Neto respondeu a perguntas relacionadas às especulações de que o ministro da Saúde seria demitido por orientar o isolamento social

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Mandetta disse para população seguir orientação de governos estaduais
Mandetta disse para população seguir orientação de governos estaduais (Henrique Mandetta)

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro vem defendendo o relaxamento das medidas de isolamento social adotada nos estados e a retomada da atividade econômica, com a reabertura do comércio e volta dos estudantes às escolas. Mandetta orienta pela manutenção da quarentena.

Braga Netto deu a declaração durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, ao lado de Mandetta e de outros ministros.

O ministro da Casa Civil respondeu a uma questão dirigida a Mandetta, na qual o jornalista perguntou ao ministro da Saúde se ele "teve ou está tendo atritos" com o presidente Jair Bolsonaro, se está sob ameaça de demissão ou se pensa em deixar o cargo. Braga Neto tomou a palavra e disse: “Deixar claro para vocês: não existe essa ideia de demissão do ministro Mandetta. Isso aí está fora de cogitação no momento, está certo? Não existe”, disse Braga Neto.

Logo em seguida, Mandetta assumiu a palavra e disse que "tensões são normais" neste momento "pelo tamanho desta crise" provocada pela pandemia do novo coronavírus.

O ministro da Saúde afirmou já ter dito "duas ou três vezes" que "enquanto estiver" no cargo, continuará trabalhando com "ciência, técnica e planejamento".

Orientação

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que a população tem que seguir as orientações dos Estados na condução das ações de combate ao coronavírus. A afirmação do ministro contraria frontalmente o discurso que tem sido defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, que não tem poupado críticas duras aos Estados, por causa de suas quarentenas.

"Tenho dialogado com os secretários municipais e estaduais dentro do que é técnico, dentro do que é científico, dentro do planejamento. O que (conversamos) é o que a gente precisa ter na saúde nesta semana, e nas outras semanas, para que a gente possa imaginar qualquer tipo de movimentação que não seja esta que a gente está", disse Mandetta.

E complementou: "Por enquanto mantenham a recomendação dos Estados, porque essa é, no momento, a medida mais recomendável, já que nós temos muitas fragilidades no sistema de saúde, que são típicas não de falta do ministério da saúde ou do governo."
O presidente Jair Bolsonaro aproveitou o último domingo para ir às ruas de Brasília, visitar comércios locais e cumprimentar populares, contrariando orientações do governo do Distrito Federal e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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