Editorial

Sem o intenso toc toc nos bares

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

Por conta do isolamento social imposto pela ameaça do Covid-19, o maranhense teve mais um final de semana atípico – sem o intenso e tradicional movimento nos bares e restaurantes da orla marítima e de outros locais de São Luís. Afinal de contas, as praias ainda são o maior polo de diversão pública da capital.

Foram poucas as pessoas que se aventuraram a sair de casa neste período de tempo sombrio e de incertezas. Por precaução e atendendo às recomendações das autoridades médicas, ficar em casa é, ainda, a melhor recomendação para evitar o contágio e a disseminação da doença. No caso da Avenida Litorânea, o movimento nos bares no domingo deu lugar ao vazio nas mesas para desgosto dos comerciantes, que a cada dia vivem momentos de incerteza pela falta de faturamento – principalmente aos sábados e domingos – para cumprir compromissos com fornecedores e empregados. O lamento é geral. Todos, sem exceção, são unânimes em afirmar que estão vivendo uma crise financeira sem precedentes. E o futuro, em todo o mundo, é uma incógnita.

Os consumidores lembram que nem mesmo a poluição das praias de São Luís, que já ocorre há vários anos, com o indicativo de imprópria, foi suficiente para afastar banhistas, que não se intimidam com as recomendações da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), com base nos laudos de amostras recolhidas da água que apontam um nível de coliformes fecais acima do máximo permitido. É que, mesmo quem não entrava no mar, ia à orla para saborear a deliciosa culinária à base de pescados e mariscos.

Já nos bairros mais populosos da Ilha, a situação é um pouco diferente. Mesmo sabendo dos riscos de contaminação pelo vírus, muitos moradores partem para o desafio de ir às compras, afinal, com a justificativa de que precisam comprar alimento para o sustento. Faz sentido.

O comércio precisa faturar e muitos proprietários abrem as portas de seus estabelecimentos, mesmo com o horário reduzido de funcionamento. Nos bares, não são poucos os que se aventuram a manter o convívio social em mesas regadas de cerveja com assuntos diversos. As discussões futebolísticas, já que os campeonatos estão parados em todo o planeta, foram trocadas pela política, saúde, coronavírus, entre outras.

A semana está começando com dúvidas, ameaças, declarações duvidosas e desafios. Quarentena, isolamento (vertical ou horizontal). Diante da ameaça do novo coronavírus, é provável que muitos maranhenses mantenham as estratégias de restrição de contato social. Quem está saudável e permanece fechado em seu lar, não corre o risco de pegar a doença. Não custa lembrar que desemprego e aumento da pobreza também produzem sérios impactos na saúde.

Uma certeza: o caranguejo toc toc, em sua forma simples de consumo, ficou mais um final de semana fora das mesas de bares e restaurantes da orla da capital maranhense. E todos só esperamos que isso mude e a rotina antiga retorne logo, e que todos estejamos bem.

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