Estado Maior

Mais humanidade, gente...

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

A família de uma servidora pública confirmada como segundo caso de infecção por novo coronavírus (Covid-19) no Maranhão decidiu emitir uma nota pública após a divulgação de fotos e conversas dela nas redes sociais.

Desde que foi identificada - a partir de uma conversa supostamente vazada por uma amiga -, Raissa Azulay tem sido, segundo familiares, alvo de ataques e fake news, como se fosse culpada por haver contraído a doença.

Na nota, a família rechaça a tese de suposta irresponsabilidade da servidora por ter contraído o vírus. É necessário cautela, empatia, respeito, privacidade e solidariedade para com aqueles que enfrentam diretamente o problema.

– Primeiramente, a Raissa não é culpada de ter sido contaminada pelo Covid-19, assim como também não são as milhares de pessoas que foram acometidas em outros lugares do mundo. O vírus é invisível e não escolhe a sua vítima -, destaca trecho da nota.

A manifestação da família da servidora, aliás, não seria sequer necessária se houvesse o mínimo de sensibilidade e responsabilidade
por aqueles que decidiram compartilhar as fotos e os prints de uma conversa privada entre ela e uma amiga.

O momento não é de uma caça às bruxas, mas sim, de unidade na prevenção e no combate ao vírus.
Todos estamos sujeitos à infecção. Parentes e amigos, também.
Não há um sequer imune.
É necessário ter essa consciência.

Estranheza
Uma postura curiosa de membros do Ministério Público, tanto estadual, quanto federal, no Maranhão, chamou atenção de observadores mais atentos.

Uma semana depois de a Prefeitura de São Luís e o Governo do Estado começarem a adotar medidas contra a propagação do novo coronavírus, promotores e procuradores desandaram a emitir recomendações aos gestores para que fizessem o que já estavam fazendo.

Para observadores, ficou parecendo uma tentativa de aparecer em meio ao caos.

Sem material
O diretor administrativo do Pronto Socorro do Anil, Neyrivan Reis, nega que unidade esteja operando sem fornecer os devidos equipamentos de proteção individual aos profissionais de saúde.

- Temos todo o material necessário para garantir a segurança dos nossos funcionários e dos pacientes -, afirmou.

A reação veio após denúncia de um funcionário da casa de saúde, apontando falta de estrutura para o trabalho dos profissionais de saúde.

Atuação política
O acirramento de ânimos entre gestores e o presidente da República, Jair Bolsonaro, diante da crise do Covid-19 no país e no mundo, vem sendo explorada por Flávio Dino.

Nos últimos dias, o tom mais pacífico das manifestações do comunista deu lugar a críticas abertas e que “colocam mais lenha” na relação com a União.

Dino chamou, nas últimas horas, Bolsonaro de “irresponsável” e autor de “absurdos”.

Trabalho
Por sua vez, ainda que provocado, Bolsonaro preferiu não citar nominalmente Flávio Dino, que criticou o chefe da União quanto ao teor da MP 927, que abre possibilidade de suspensão de contratos de empregados por tempo determinado.

Enquanto Dino afirma que a medida é um golpe para os trabalhadores, Bolsonaro se defende e diz que decisão protegerá classe.
Lembrando que Dino não desistiu totalmente de concorrer ao Planalto em 2022.

Desafeto
Aparentemente, a mão estendida pelo senador Roberto Rocha ao governador Flávio Dino não foi bem recebida.

Até o momento, abertamente, o comunista não respondeu à sugestão feita pelo parlamentar, que quer um incentivo ao consumidor nas contas de água e luz.

Ainda de acordo com Rocha, “uma redução do ICMS ajudaria muito”. Se por um lado, Dino fala em consenso e união, por outro, ele parece ainda não esquecer suas diferenças com “desafetos”, como Rocha.

DE OLHO

R$ 3,1 MILHÕES É O VALOR destinado por vereadores de São Luís para o combate ao coronavírus.

Estrutura
Em meio a todo o caos instalado em países como a Itália e os EUA por causa do Covid-19 e previsão de extensa crise no Brasil, chama atenção a falta de estrutura da saúde pública do país e do Maranhão para combater a pandemia.

Em entrevista na última sexta-feira, o ministro da Saúde, Luiz Mandetta, afirmou que não haverá leitos o suficiente em breve para atender a grande demanda de pacientes graves.

A previsão assusta e traz um choque de realidade, levando-se em consideração a precariedade de nosso sistema de saúde.

E MAIS

• Escolas municipais e estaduais em todo o Maranhão continuam com as suas aulas suspensas.

• Proprietários de bares, restaurantes e empresários de outros ramos de comércio alegam prejuízos em todo o país.

• O Corpo de Bombeiros e a Guarda Municipal ainda precisam atuar para afastar das praias pessoas que desobedecem às normas de isolamento social temporário.

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