Editorial

Hábitos do isolamento no país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

O chamamento para que todos fiquem em casa, em isolamento social, tem mudado hábitos da maioria no país. E só não mudou a rotina quem ainda não entendeu a gravidade do momento e da situação para a saúde pública nacional.

Nesses dias nada de passeios, de visitas, de idas a shopping, de caminhadas na praia, de banhos de mar, de pizza com amigos, de cinema, de abraços e apertos de mão. Num cenário tão triste e drástico, há um setor que pode sair ganhando e deve faturar com o cenário temporário vivido pela sociedade em todo o mundo.

É que uma pesquisa, que buscou entender o que mudou no hábito de consumo dos brasileiros com a chegada do novo vírus, mostra que 71% dos brasileiros aumentaram as compras on-line depois da confirmação de casos de Covid-19 no país.

O levantamento mostra ainda que 49% dos brasileiros consideram reavaliar gastos. A pesquisa também aponta que entre os serviços que deixarão de ser priorizados pela população e envolvem interação com um maior número de pessoas está o transporte público (53%) em quarta opção, atrás apenas de grandes eventos (82%), shoppings e cinemas (69%) e viagens (68%).

Já em relação às prioridades neste momento, os ouvidos afirmam que produtos de higiene (80%), alimentos e bebidas (72%) e remédios (63%) serão o foco do consumo durante o tempo que durar a pandemia. E quanto ao comportamento no período de isolamento, 46% dos entrevistados afirmaram considerar a possibilidade de contratar novos serviços de streaming e 40% cogitam se inscrever em cursos online.

Desse total, a maioria está na faixa etária entre 18 anos e 34 anos de idade, apontando interesse de boa parte da população em se desenvolver mesmo no momento de crise, trazendo oportunidade para a indústria de educação.

Mesmo com parte da população ainda não acreditando que o cidadão está ciente dos impactos da chegada do Covid-19 no país, 69% dos respondentes acreditam que o vírus mudarão os hábitos em relação à rotina de estudo e trabalho.

Quando questionados sobre a possibilidade de contratação de planos de saúde por conta da pandemia, 35% dos entrevistados afirmam não ter intenção no serviço, contra 24% que se mostram favoráveis ao investimento. Esse é um dado importante, considerando a preocupação das autoridades em relação à capacidade de suporte do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os entrevistados que não têm a intenção de contratar atendimento de saúde está a população com renda de até 1,5 salário-mínimo.

O levantamento online, claro nesses tempos, foi realizado com mais de 1,7 mil entrevistados pela NZN Intelligence, a plataforma de inteligência e pesquisa da NZN, em todo o pais. E destaque-se que esses dados corroboram uma das recomendações do Ministério da Saúde: evitar aglomerações com mais de 500 pessoas.

Se é assim, que todos sigamos as recomendações. Fiquemos em casa. Compras, só no delivery. Tudo para garantir que possamos minimizar os efeitos do coronavírus no nosso dia a dia.

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