Crianças

Artistas dão dicas de diversão com os filhos em tempos de coronavírus

Adriane Galisteu, Danni Suzuki, Letícia Spiller, Marcelo Serrado, Sabrina Petraglia e muitos outros famosos contam como estão se virando com os pequenos durante a quarentena

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Adriane Galisteu e o filho  Vittorio, de 9 anos
Adriane Galisteu e o filho Vittorio, de 9 anos (adriane galisteu)

Rio - Famosos estão tendo que usar a criatividade para distrair os filhos que estão com aulas suspensas por conta da pandemia do coronavírus. Cheias de energia, essas crianças precisam estar em movimento e as mamães e papais se desdobram em mil para dar conta deles, da casa, do trabalho, muitas vezes feito em homeoffice, e não deixarem os pimpolhos entediados.

Além de brincar, eles também aproveitam para ensinar lições de cidadania e falar sobre empatia para as crianças. As dicas são simples, verdadeiras e inspiradoras.

DANNI SUZUKI

Mãe de Kauai de 8 anos, Dani contou que está fazendo tudo que sempre quis e não tinha tempo: "Estou observando muito Kauai. A cada idade, fase, ele está diferente. Estou aproveitando tudo com paz. Amo brincar com ele, que é muito criativo e muitas vezes propõe a brincadeira. Kauai pinta, joga xadrez, coloca música e dançamos, lemos livros, fazemos dever de casa juntos e assistimos a filmes também".

Mas não é só de brincadeira que se vive diante de um assunto tão sério. É o momento que os pais têm de educá-los sobre o Covid-19 e os cuidados com si e o próximo. "Ele sabe sobre o coronavírus e compreende a importância de ficarmos em casa. Tem empatia pelas pessoas que também podem ser contaminadas e podem passar por complicações, lava as mãos com frequência e tem tomado vitaminas˜, diz Danni.

LETÍCIA SPILLER

A mãezona de Pedro, já um rapaz de 23 anos, e Stella, de 9, conta que dobrou os cuidados em casa e acaba ficando mais com a menina. "Temos visto filmes juntas e aproveitamos para brincar também e tem sido gostoso, porque eu ensino brincadeiras da minha época para ela e ela me ensina as dela. Aqui em casa, temos nossos bichos também, que nos fazem companhia e brincamos também com eles. É preciso ativar o nosso lúdico e criatividade em tempos assim. Escutamos música e lemos. A escola da Stella tem enviado material didático para ela fazer em casa também nesses dias e estudo com ela", conta Letícia.

SABRINA PETRAGLIA

Mamãe de Gael, de 10 meses, Sabrina procurou uma especialista em crianças para entreter o menino, que ainda não anda, mas se mantém muito ativo nessa fase: "Tenho a orientação de uma enfermeira maravilhosa, a Thyssa Calil, que criou uma rotina superbacana para o Gael e me deu uma cartilha com possibilidade de brincadeiras. Antes desse cenário atual, ele descia duas vezes ao dia para passear na praia e brincar na brinquedoteca do condomínio. Minha casa tem estações de brinquedos na sala, no quarto de hóspedes, no quarto dele, o cantinho da leitura. A casa inteira tem atividades para o Gael, porque quando ele não se movimenta o sono fica muito prejudicado."

"Estou inventando moda, brincadeira com piscininha para refrescar, telefone velho, gelatina sem sabor, incolor, numa vasilha com vários brinquedinhos, onde ele pode colocar a mão e sentir várias texturas. Sagu com suco de beterraba, que fica colorida, também com brinquedinhos e a gente treina o movimento de pinçar os brinquedinhos com as mãos. Gael está quase andando, então tenho banquinhos e vou espalhando com brinquedos. Afastei a mesa de centro e ele vai de banquinho em banquinho. Quem sabe ele não aprende a andar, comigo totalmente disponível para ele? Nunca tinha colocado desenho para ele assistir, mas liberei um pouco, bem pouco mesmo e com controle".

REGIANE ALVES

Mãe de João Gabriel, de 5 anos, e Antônio, de 4, Regiane sabe que segurar dois meninos em casa não é fácil e, por isso, além de brincar, está aproveitando para reforçar os estudos: "Nós estamos fazendo os deveres de casa que a escola mandou para esse período. Eles estão em casa, mas é importante também manter essa ligação com os estudos, com as matérias. Estamos também fazendo vários tipos de jogos, brincando juntos. Nesses dias tão delicados, eu vivi uma situação bem fofa com os dois. Eu falei que não ia mais trabalhar esses dias, porque a novela que eu vou fazer foi adiada, e eles me perguntaram se eu ficaria o dia todo com eles em casa. Eu disse que sim e eles ficaram felizes.

"Ainda não têm noção da dimensão do que estamos vivendo e, como moramos num condomínio com muitas árvores e espaço, consigo descer um pouco com eles para se movimentarem e andarem de bicicleta. Conseguimos fazer isso sem ter mais ninguém por perto. Aproveito para explicar os novos cumprimentos quando uma pessoa passa, de evitar o contato físico e da distância de segurança, da importância de higienizar as mãos. Estamos nos adaptando a essa nova realidade. É preciso criatividade".

ADRIANE GALISTEU

Galisteu é mãezona de Vittorio, de 9 anos, mas não deixa os deveres correrem solto porque a escola está fechada: "A gente tem feito duas horas e meia de aula por dia, agora, por exemplo, o Vittorio está fazendo uma tarefa on-line, tem um chat com os amiguinhos da escola. Então, todo dia ele acorda, toma café, assisti um pouco de desenhos, depois vamos para lição. Na parte da tarde a mesma coisa, depois de almoço fazemos um pouco de lição. Quando acaba todas as atividades escolares fazemos algo para tirar um pouco a rotina, como uma volta de patinete (na área de lazer), um jogo."

"Agora estamos assistindo todos os filmes das Panteras, uma escolha dele. Confesso que tem horas que me bate um desespero, ele tem saudades das duas avós que estão em casa a gente não pode ir. A gente mora em apartamento e temos feito de tudo para ser divertido. Hoje também iremos fazer bolo e confesso que sou péssima nisso, mas quem vai me ensinar será o Vittorio. E assim vamos tocando nossa vida, tentando deixar o nosso dia a dia mais leve."

MARCELO SERRADO

Os papais também inventam moda com os pequenos. Marcelo Serrado e os gêmeos Felipe e Guilherme, de 6 anos, tentam, em tempos de crise, levar a vida leve: "Tenho feito brincadeiras, assistido séries infantis, desenhos, ficamos na piscina (que tenho aqui em casa), estou fazendo as atividades escolares com eles."

GUILHERMINA GUINLE

Guilhermina diz que o período conturbado está sendo um grande aprendizado mãe e filha: "Por aqui estamos tomando todos os cuidados possíveis. Acho que, como tudo na vida, tem o lado bom e ruim. O lado ruim, estamos todos acompanhando diariamente as notícias do mundo e como o mundo inteiro está mudando e tentando se adaptar a essa nova realidade. O lado bom é exatamente darmos valor a ficar nas nossas casa, no nosso lar, ao lado da nossa família, amigos, filhos, principalmente, que sentem tanto a nossa falta quando saímos para trabalhar e estão adorando ter os pais por perto."

"As escolas estão fazendo um esforço incrível para tentar atender aos alunos com aulas virtuais. Minna estuda em escola americana e vejo que eles estão muito bem preparados para isso e fizeram em menos de uma semana um trabalho sensacional de aulas virtuais para os filhos fazerem com os pais. Sentamos em frente ao computador e só levantamos quando ela termina tudo, são horas e horas de trabalho e não é fácil, mas está sendo um grande aprendizado para os pais também. De resto, vamos tentar fazer brincadeiras lúdicas que as crianças adoram! Vamos brincar de massinha, desenhar, fazer slime, cozinhar, colocar música e dançar."

"Minna está adorando fazer as tarefas da casa. Ontem ela me ajudou a colocar a mesa para o almoço, retirou todos os pratos, ajudou a lavar louça, organizou todos os livros na estante, ela quis lavar todas as roupas das bonecas, colocou na máquina de lavar, pendurou no sol, fez arrumação no quarto dela, ela adora fazer essas tarefas. Está se divertindo. E assim vamos indo com uma criança dentro de casa tudo fica mais leve!"

CAROLINA KASTING

Carolina dispensou sua funcionária para ficar com a família e está se dividindo com o marido, Maurício: “Estamos todos em casa e parece uma missão impossível, um menino de 3 anos e uma adolescente (Cora de 13 anos), mas estamos nos dividindo, até porque estou produzindo conteúdo para o meu canal dentro de casa. Sem a ajuda do Maurício, seria impossível. Encarar essa situação arbitrária de forma positiva é fundamental e já consigo perceber que estamos mais unidos. Cora brincando e realizando tarefas domésticas com o Tom, todos dançando e cantando juntos na cozinha, fortalece laços. Falamos para eles que ficar em casa é uma medida de prevenção, explicando que se todos fizerem o que é preciso, vamos conseguir vencer o vírus, reforçando a ideia de coletivo. Importante que tudo vire brincadeira, desde tomar banho, cozinhar, ler um livro ou dançar, aproveitando para valorizar atividades que pareciam banais quando não estávamos em quarentena.”

PAULA BRAUN

Com a ajuda do marido, Matheus Solano, Paula montou uma rotina para Flora, de 8 anos, e Benjamin, de 4: "De manhã a gente acorda, toma o café, eles arrumam o quarto, trocam de roupa. A Flora tem tarefas que a escola manda por aplicativo. Ela estuda, eu e Mateus revezamos as tarefas e o acompanhamento dos deveres dela. Depois tem o livro pra ler. Benjamin também tem algumas atividades que a escola propôs durante o isolamento. Depois das obrigações A tarde é livre. tempo limitado pra eletrônicos. A gente passa um tempo com eles e outro tempo trabalhando de casa mesmo. Tem que ter muita criatividade. A gente tem o privilégio de morar em casa com espaço, jardim. E são duas crianças, eles brincam muito juntos. Estou aqui digitando enquanto a flora está ali fora me chamando para brincar de um jogo que acabaram de inventar. Somos nós quatro em casa e minha mãe, que estava de passagem e vai ficar porque não é seguro ela entrar em avião agora. Cada um guarda o que usa. Limpa o que suja (o Benjamin tem 4 anos e a gente ajuda no que ele não consegue). Eu cozinho, Mateus lava a louça, eu varro, ele tira o lixo. Todo mundo colabora."

"Eu sempre tento olhar e tentar tirar alguma lição. O tempo com as crianças, o cuidado com a casa, o tempo que estamos juntos por enquanto tem servido pra refletir em como estamos levando a vida, o consumo das coisas, as relações com nossos vizinhos e amigos. Os pequenos assim como a gente tem que se adaptar. A gente acredita muito na verdade. Eles sabem o que está conhecendo e sabem que agora o mais importante é o isolamento social. É muito difícil ver a tristeza deles em cortar temporariamente as relações presenciais com os amigos. Mas o tempo todo a gente reforça que isso é muito importante nesse momento do mundo. Eu confesso que o momento mais triste pra mim até agora foi entrar na escola para pegar o material da flora. A sala de aula vazia, os materiais sobre as mesinhas das crianças, o silêncio. Aquilo me quebrou."

Com a mãe, de 76 anos, o cuidado é redobrado e com seus funcionários também:

" Temos evitado contato físico com ela, diminuiu muito e o mais certo é zerar. Infelizmente, porque aqui somos todos carinhosos. Sabem do cuidado com as mãos, da higiene, do álcool gel. Tenho dois funcionários de carteira assinada e ambos estão em casa. Óbvio que serão pagos normalmente. Tem alguns profissionais que prestam serviço aqui semanalmente. Todos estão dispensados e recebendo como se estivessem vindo. E isso não é um ato elogiável porque isso é o mínimo que todos que podem deveriam fazer. É momento de olhar pra dentro, mas principalmente é momento de olhar pro outro, perceber onde estão os privilégios e o que fazer com eles. Essa doença terrível está aqui para mostrar que ou nos protegemos, todos, ou afundaremos, todos. Melhor darmos as mãos. Simbolicamente, claro, com muito álcool gel.”

ALINE FANJU

Com Teresa, de 1 ano, o dia a dia da mamãe Aline é sempre agitado: “Ela é muito pequena e tudo é muito sensorial ainda e intuitivo. Ela está agitada, acho que sente falta da rotina na creche. Estamos tentando suprir isso! Temos o privilegio de ter uma pequena área externa então, banho de mangueira, piscininha de plástico, jardinagem, bola... hoje decidimos arrumar o quarto dela, fazer uma limpa e incluí-la, foi uma delícia e claro, uma bagunça! Estamos tentando fazer isso, transformar algumas tarefas em brincadeira! Varrer a casa, arrumar a cama! Ela se diverte! Acho q ela sente falta dos avós também, mas não estamos os visitando porque são grupo de risco, então diariamente falamos por chamada de vídeo e matamos as saudades.”




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