Editorial

Dengue também está batendo a porta dos brasileiros

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

Em tempo de pandemia de coronavírus, o mundo todo e o Brasil estão preocupados com as consequências não somente em termos de saúde pública, mas também do impacto sem precedentes na vida social e econômica das pessoas. E a cada hora os números de Covid-19 vão sendo atualizados, em casos suspeitos e mortes.

Mas em todo esse caos causado pelo coronavírus, outra doença está presente em todas as cidades brasileiras. Este ano, já foram notificados mais de 181 mil casos prováveis de dengue em todo o país, sendo que destes, 1.472 foram confirmados como dengue grave ou dengue com sinais de alerta, que podem matar. No ano passado, a doença transmitida pelo Aedes aegypti matou 728 brasileiros.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, a dengue grave pode ser fatal por causar acúmulo de líquidos, dificuldade respiratória, insuficiência de órgãos e até hemorragias. Os sinais de alerta ocorrem de três a sete dias após os primeiros sintomas e incluem intensa dor abdominal, tontura, sede intensa, vômito constante, respiração ofegante, sangramento na gengiva e fadiga.

Dai a importância de se hidratar, logo que a pessoa perceber os sinais de alerta, e procurar assistência médica o quanto antes para evitar o agravamento da doença:

O primeiro fator que aumenta as chances da dengue evoluir para um quadro grave é a pessoa já ter contraído outro sorotipo da doença anteriormente. A dengue também oferece mais riscos a quem tem alguma deficiência nos mecanismos de defesa, como pessoas que tomam medicamentos corticoides ou que fazem tratamento para câncer. Determinadas faixas etárias, como crianças e idosos, também correm mais riscos de que a doença evolua para o quadro grave:

No caso de pessoas idosas ou com problemas cardíacos e renais, essas devem ter atenção redobrada, uma vez que o tratamento para a dengue é baseado em hidratação intensa. Esses grupos podem apresentar dificuldade ao ingerir muito líquido, então é necessário tomar cuidado para não sobrecarregar o coração, os pulmões e os rins.

O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada acumulada nos quintais e dentro das casas. Existem quatro tipos diferentes desse vírus: os sorotipos 1, 2, 3 e 4. Todos podem causar as diferentes formas da doença.

Nos adultos, a primeira manifestação é a febre alta (39ºC a 40ºC), de início repentino, associada a dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas e atrás dos olhos, vermelhidão no corpo (exantema) e coceira. Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia não volumosa podem estar presentes, mas são menos frequentes.

Diante de todo esse quadro em relação à dengue, o melhor remédio é a prevenção, um exercício que começa em casa, checando e eliminando possíveis criadouros do mosquito transmissor da doença.

Em São Luís, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) tem feito um trabalho preventivo em diversos bairros, no sentido de conscientizar a população sobre medidas que devem ser tomadas para evitar a presença de larvas do mosquito ou mesmo do inseto já alado.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.