Colapso

Bares e restaurantes tomam precauções para poderem continuar a funcionar

Presidente da Abrasel faz apelo aos clientes, lembrando que donos e funcionários vivem do dia a dia de trabalho e precisam das vendas presenciais ou delivery para poderem se manter

Kethlen Mata/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Na entrada do restaurante, informações sobre o coronavírus e álcool em gel para higienização do cliente
Na entrada do restaurante, informações sobre o coronavírus e álcool em gel para higienização do cliente (restaurante)

Com a pandemia do novo coronavírus a população está deixando de frequentar estabelecimentos de venda de comidas e bebidas, de São Luís. Nesta sexta-feira, 20, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e o Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Maranhão (Sindbares) se reuniram com a imprensa para alertar a população sobre as alternativas que estão sendo tomadas neste momento, e acalmar a população.

Após o decreto do dia 16 de março, de número 35.660 do Governo do Maranhão, os estabelecimentos da capital precisaram tomar algumas medidas de contingência: deve ser assegurado uma distância miníma de dois metros entre mesas, e garantir que o ambiente esteja o mais arejado possível. Porém, mesmo com as medidas tomadas, as pessoas estão deixando de consumir nesses locais, por causa da quarentena adotada em função de prevenção a doença Covid-19. A Abrasel e o Sindbares temem pela economia local, sem a circulação de clientes. “Tem muita gente que já corre o risco de passar fome.

Se não entra dinheiro, não se tem como pagar as contas. Ninguém têm condições de fechar seu estabelecimento e reabrir daqui um mês”, disse Camila Di Minda, presidente do Sindbares.

Na última quinta-feira, 19, alguns restaurantes sofreram com linchamento virtual por emitirem notas divulgando que continuariam abertos e atendendo seus clientes. “A maioria das pessoas têm uma ideia de que os empresários têm musculatura financeira, mas nós vivemos do dia a dia também”, afirmou o presidente da Abrasel, Gustavo Araújo. Esses locais, de fato, não podem parar, no entanto, a população se encontra acuada em suas casas, pelo medo de contrair a doença. Segundo Camila Di Minda, até mesmo o número de entregas por delivery diminuiu.

Enquanto aeroportos e supermercados estavam lotados, os restaurantes que estão seguindo todas as normas de higiene estão vazios. “Estamos preocupados com a situação, porém, precisamos de uma solução emergencial. Eu não vejo outra forma que não seja continuar trabalhando”, reforçou Gustavo Araújo.

Cuidados
Localizado no Olho d’Água, um restaurante já tomou todas as precauções necessárias contra a pandemia do coronavírus, antes mesmo do decreto do dia 16 o local já tinha tomado algumas precauções. Logo na entrada, é possível ver álcool gel a disposição para clientes e funcionários, além da distância entre as mesas no salão.

De acordo com Augusto César, gerente do estabelecimento, as vendas já caíram em média 30% e a tendência é diminuir ainda mais. “Em compensação nós tivemos um pouco de aumento nos deliverys, estão preferindo ficar em casa e receber a comida”, esclareceu ele. Até o momento nenhum trabalhador do restaurante apresentou sintomas da Covid-19, porém, se for o caso, ficarão em casa.

Depoimento

Gustavo Araújo, Presidente da Abrasel

Gustavo Araújo é presidente da Abrasel e proprietário de um boteco e churrascaria, enquanto empresário ele teme por um colapso na economia. “Nós estamos preocupados em ficar desempregados e os nossos empregados passarem fome. Precisamos ter uma consciência de que tão grave quanto a saúde das pessoas, é também importante assegurar que elas possam ter meio de sustento”.

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