Eleições 2020

Pré-candidato defende suspensão das eleições municipais deste ano

Carlos Madeira, do Solidariedade, propõe que o pleito seja adiado e que aconteça no primeiro semestre de 2021

Carla Lima/Editora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Carlos Madeira
Carlos Madeira (Carlos Madeira)

As medidas para evitar a proliferação do novo coronavírus pode atingir as eleições municipais deste ano. Em São Luís, um dos pré-candidatos a Prefeitura, o ex-juiz federal Carlos Madeira (SD), defendeu ontem que o pleito seja suspenso e realizado somente em 2021. Além disto, ele defendeu que a verba do Fundo Eleitoral prevista pra 2020 seja toda direcionada para a área da Saúde no combate ao Covid-19.

Pelas redes sociais, Carlos Madeira sugeriu que a campanha de 2020 ocorra no primeiro semestre de 2021 deixando os atuais prefeitos e vereadores com mais seis meses de mandato. Segundo ele, seria uma medida prudente. E como ele é novo no cenário político, se sua sugestão se tornasse um fato, ajudaria em sua tentativa de ser prefeito da capital.

“Acho prudente a completa reformulação do calendário eleitoral, com a suspensão das eleições deste ano. Esse assunto somente poderá ser tratado por norma constitucional, mas uma Emenda à Constituição pode ser encaminhada ao Congresso para modificar a Constituição Federal e
prorrogar os mandatos dos atuais prefeitos e vereadores por 6 meses”, disse o pré-candidato.

Além do adiamento das eleições, Carlos Madeira propôs que os recursos do Fundo Eleitoral, que deverá ser de R$ 2,5 bilhões, sejam usados pelo Ministério da Saúde para o combate ao Covid-19.

“Sou favorável, também, à realocação dos recursos de fundo partidário para os órgãos de saúde do País. Neste momento dramático vivido pelo País, todos os esforços e recursos financeiros devem ser voltados para proteger a saúde das pessoas, sobretudo das pessoas mais pobres, afirmou.

O pré-candidato justificou sua proposta pelo tempo previsto para que a crise causada pelo novo coronavírus seja superada. De acordo com o ex-juiz, as previsões apontam até setembro. Outro motivo apontado por Madeira é a crise financeira que o Brasil deverá enfrentar com queda na arrecadação, o que deixaria poucos recursos para realizar o pleito, que segundo ele, custam em torno de R$ 5 bilhões.

“Segundo o Ministério da Saúde, o pico dessa tragédia ocorrerá em 20 semanas, ou seja, no mês de agosto ou no mês de setembro. Alguns riscos existem: a queda violenta de arrecadação pode deixar o País sem recursos para enfrentar a pandemia do coronavírus; a justiça eleitoral pode ficar sem recursos para custear as eleições – algo em torno de R$ 5 bilhões”, disse.

Carlos Madeira levantou ainda a possibilidade, caso uma decisão não for tomada, de a sociedade poderá ficar sem representantes legítimos. “A sociedade pode ficar sem representantes legítimos, pois somente os nomes já conhecidos estarão no cenário das disputas majoritárias e proporcionais; ocorrer um vácuo de poder, caso não haja a reformulação do calendário eleitoral agora. Embora seja clichê, sabemos que situações excepcionais exigem tratamentos excepcionais”, disse o pré-candidato.

Mais

Fim da pré-campanha

O secretário estadual de Cidades, Rubens Júnior, que é pré-candidato a Prefeitura de São Luís pelo PCdoB, anunciou em suas redes sociais que suspendeu a sua pré-campanha. Segundo ele, o momento não “é para pensar em política”. O comunista é o primeiro pré-candidato da capital que fez o anúncio oficial.

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