ROMA - A Defesa Civil da Itália anunciou nesta quinta-feira, 19, que o número de mortos em decorrência do novo coronavírus subiu para 3.405, o que coloca o país à frente da China na quantidade de vítimas, que contabiliza 3.245. O início do surto de Ccovid-19 no país europeu foi noticiado em 21 de fevereiro e nas últimas 24 horas foram registrados 427 óbitos. Ao mesmo tempo, a cidade de Wuhan, onde a pandemia teve início, não registrou casos adicionais.
Segundo os dados, o número de vítimas na Itália reduziu em um dia, já que na quarta-feira, 18, o balanço registrou 475 óbitos em 24 horas. Em relação aos contágios, o país europeu tem um total de 41.035 pessoas infectadas, sendo 33.190 casos ativos e 4.440 recuperados.
A região da Lombardia, no norte do país, continua sendo a mais afetada pela doença. Ao todo, foram registradas 2.168 mortes, sendo 209 em apenas um dia. Já o número de contágios é de 19 884, um aumento de 2.171 contaminações em 24 horas, "um dado significamente mais alto", segundo as autoridades.
Cidades vazias
A epidemia de coronavírus que assola a Itália já deixou ruas vazias e lojas fechadas, já que 60 milhões de italianos estão essencialmente em prisão domiciliar. Médicos e enfermeiros exaustos estão trabalhando dia e noite para manter as pessoas vivas. Crianças estão pendurando desenhos de arco-íris em suas janelas e famílias começaram a cantar em suas varandas. Já as vítimas de coronavírus enfrentam a morte sem direito a funerais
Agora, a Itália avalia endurecer as medidas contra o novo coronavírus e ampliar em todo o território a proibição de realizar atividades ao ar livre, como caminhar ou correr, assim como já fez Emilia-Romaña, no norte do país. O presidente dessa região, Stefano Bonaccini, autorizou na quarta-feira à noite o uso de bicicletas ou de uma caminhada a pé apenas por razões médicas, para trabalhar ou para ir ao supermercado. (Agências internacionais)
Medidas prorrogadas
O presidente do conselho de ministros da Itália, Giuseppe Conte, decidiu prorrogar o fechamento das escolas e o controle das atividades individuais e empresariais na Itália. As medidas que fecharam escolas e parte do comércio e da indústria na Itália, tomadas no dia 5 março, deviam acabar em relação ao comércio no dia 25 de março e no dia 3 em relação às atividades pessoais e escolares.
Na noite de quarta, o exército italiano mobilizou 15 caminhões e 50 soldados para retirar de Bergamo (Lombardia) cerca de 60 mortos em caixões que foram levados para crematórios de outras cidades, pois o de Bergamo estava lotado e os corpos aguardavam em uma igreja
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