Estado Maior

Pré-campanha com Covid-19

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

As medidas de prevenção ao novo coronavírus para evitar a proliferação da doença apresentarão consequências políticas e econômicas no Maranhão. Dentro da política, o mais provável é que a pré-campanha dos postulantes à Prefeitura de São Luís seja prejudicada. As reuniões com lideranças políticas em comunidades, o corpo a corpo nos bairros e até mesmo os encontros partidários devem ser evitados, segundo as medidas anunciadas pelo Poder Público.

E nesta restrição à pré-campanha, os mais prejudicados serão os pré-candidatos do grupo do governador Flávio Dino (PCdoB). São nomes que não apresentam – até o momento – um bom desempenho em pesquisas de intenção de voto.

Isso significa, necessariamente, que esses pré-candidatos deveriam cair de cabeça neste período de pré-campanha em busca de
apoio e visibilidade.

Entre os que precisariam de todo o tempo para alavancar a candidatura estão o ex-juiz federal Carlos Madeira (SD) e o secretário de Cidades do Estado, Rubens Júnior (PCdoB). O primeiro por ser neófito na cena política. O segundo por apresentar desempenho fraquíssimo nos levantamentos eleitorais recentes.

Com a pré-campanha prejudicada, há quem já defenda que a estratégia de múltiplas candidaturas do grupo dinista (para forçar a ida da disputa eleitoral em São Luís para o segundo turno) seja revista. No entanto, para alguns palacianos, a situação se resume ao ditado popular: “Se correr o bicho pega e se ficar, o bicho come”.

Efeitos menores
Dos nomes de postulantes aliados do Palácio dos Leões que podem sofrer menos com a redução do período de pré-campanha estão Neto Evangelista (DEM) e Duarte Júnior (Republicanos).

O democrata tem o apoio do PDT (ainda não oficializado, mas com conversas já bem adiantadas), partido que após três décadas no comando da Prefeitura da capital tem capilaridade nos bairros.

Já Duarte Júnior tem boa movimentação nas redes sociais e já vem fazendo a pré-campanha nesta plataforma.

Blefe
Mais uma vez, a tentativa de aceno do governador Flávio Dino (PCdoB) ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), não apresenta resultados eficazes.

Após solicitar audiência com o chefe do Executivo Federal e até de oferecer ajuda para a recuperação das BRs, Dino cobrou celeridade na liberação de verbas de fundos de fomento ao desenvolvimento social.

Por ora, os movimentos recentes de Dino não passam de puro “blefe” político, visando 2022.

Ação
Ao pedir verbas oriundas do BNDES e de outros fundos, Flávio Dino não especificou a destinação dos valores.

Apesar de ainda não haver registro de casos, até o fechamento desta coluna, a população maranhense está temerosa com o surto do Covid-19.

Segundo Dino, os recursos serviriam para a proteção de “empregos” e da renda dos mais pobres. E medidas deste tipo já foram anunciadas pelo Governo Federal.

Repercussão
O coordenador da bancada maranhense, Juscelino Filho (DEM), utilizou as redes sociais para repercutir reportagem publicada por O Estado em sua edição de terça-feira, 17.

Nela, o periódico informou a articulação de deputados federais e senadores do Maranhão para dar celeridade ao repasse de parte dos R$ 3,1 bilhões encaminhados aos estados para ampliação do Bolsa Família.

Segundo parlamentares, os valores deverão ser recebidos em breve e em caráter de urgência devido ao coronavírus.

Questionamentos
Sobre o Bolsa Família, vale lembrar que o Maranhão e outros seis estados entraram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a redução de recursos do benefício.

Os estados alegam que a diminuição dos recursos retira a efetividade do programa, que visa minimizar os efeitos da pobreza com assistência social, saúde e segurança, e promove um desequilíbrio entre os entes da federação.

A questão será analisada pelo relator, ministro Marco Aurélio Mello, na Ação Cível Originária (ACO) 3359, proposta com pedido liminar em tutela provisória de urgência.

DE OLHO

2 MILHÕES DE DOSES CHEGARÃO ao Maranhão para a campanha de vacinação contra o H1N1, que será iniciada no próximo dia 23 de março

E MAIS

• O presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador José Joaquim Figueiredo, também suspende convocação de aprovados em concurso público.

• A medida, segundo nota de esclarecimento do TJMA, faz parte do conjunto de ações preventivas ao contágio do novo coronavírus.

• O governo do Maranhão já havia tomado medida semelhante. Ainda na semana passada, a Secretaria de Gestão, anunciou a suspensão da convocação de aprovados em concurso público.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.