COLUNA SOCIAL

Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
GENTE jovem e bonita no jantar do Bistrô Alameda Trinta, no fim de semana: Kevin Carvalho e Maria Eduarda Guimarães
GENTE jovem e bonita no jantar do Bistrô Alameda Trinta, no fim de semana: Kevin Carvalho e Maria Eduarda Guimarães
NO RESTAURANTE Cabana do Sol da Ponta do Farol, jantar regado a vinhos de ótimas safras reuniu na noite de segundafeira, Carolina Moraes Estrela, o Repórter PH e Emmanuel Márcio Barbosa
NO RESTAURANTE Cabana do Sol da Ponta do Farol, jantar regado a vinhos de ótimas safras reuniu na noite de segundafeira, Carolina Moraes Estrela, o Repórter PH e Emmanuel Márcio Barbosa

Quarentena
Desde ontem e por duas semanas inicialmente, todos os funcionários do Grupo Mirante com mais de 60 anos de idade –
este Repórter PH está nesse grupo – estão trabalhando de maneira remota, no chamado home office.
No Maranhão não temos casos confirmados, nem suspeitos, de coronavírus. O que a Mirante está fazendo é uma medida de
precaução.

Bebedouros lacrados
Seguindo as orientações do professor e presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Fernando Spilki, os bebedouros de uso coletivo em escolas e repartições, que são usados por funcionários e estudantes, estão sendo lacrados.
Spilki orienta que devemos higienizar bem itens de uso compartilhado, como talheres de refeitórios.
Também é importante evitar ambientes fechados com ar condicionado, quando possível.
O uso de ventilação natural é o mais adequado - acrescenta.

Precaução
Em São Luís, uma loja de roupas já está disponibilizando item de proteção descartável para os clientes usarem no rosto quando experimentarem blusas ou camisetas no provador.
É para evitar o contato do nariz e da boca com a roupa que será usada por outro consumidor depois.

Vacinas
As vacinas contra a gripe já estão disponíveis em algumas clínicas de São Luís.
Embora a vacina comum contra a gripe não imunize contra a covid-19, especialistas afirmam que a proteção contra a influenza ajuda a desafogar o sistema de saúde e facilita diagnósticos.
No fim de semana muita gente enfrentou filas enormes na Vacine-se. Na rede pública, a campanha deve começar em todo o país em 23 de março, com prioridade para pessoas a partir de 60 anos e trabalhadores da saúde de todas as idades.
A vacinação nos postos ocorre a partir do dia 23.

Em comum
A culpada pelas dificuldades eleitorais é “a mídia corporativa” e seu “veneno”. “As pesquisas não mostram a realidade”.
Adivinhe quem diz isso? Errou.
Foi Bernie Sanders, o queridinho da esquerda norteamericana, agora em dificuldades diante do adversário Joe Biden, e que busca do mesmo bode.

Diga não a quem sabota
Além de lavar as mãos e conter os perdigotos do espirro com o braço, existe uma outra regra de etiqueta fundamental em momentos como esse: não repasse desinformação pelos grupos de WhatsApp e pelas redes sociais. Na semana passada, recebi pelo menos duas dezenas de áudios falsos, gráficos mentirosos e notícias irreais, todas exagerando ou minimizando os efeitos do coronavírus. Trata-se de outra epidemia viral, só que essa se espalha pelo mundo digital.

TRIVIAL VARIADO
É preciso evitar a psicose: dizer não ao alarmismo e evitar o pânico. O pânico incita a comportamentos “burros”, como a corrida aos
supermercados ou às farmácias.

A recomendação sensata é recusar essa corrida. As pessoas devem sair de casa apenas para coisas indispensáveis. Invadir
supermercados e farmácias é a pior coisa, porque com uma grande concentração de gente é maior o risco de estar em contato com
alguém contaminado.

Estão certíssimos os que afirmam que alimentar a “cadeia do contágio” é desafiar a sorte em todos os planos. O medo combate-se com o conhecimento e as pessoas sabem muito pouco.

Campanhas de conscientização, viagens canceladas e convenções adiadas estão entre as medidas mais comuns. Empresas locais
criaram protocolo de prevenção que inclui quarentena para funcionários que retornam de áreas de risco. Ou que sejam idosos.

Ainda não constatamos se o mesmo já ocorre em São Luís, mas em várias cidades grandes os donos dos supermercados estão intensificando a limpeza com álcool gel dos carrinhos e dos cestinhos de compras.

A distribuição de álcool gel também pode ser usada como ação de marketing. Algumas empresas em São Luís mandaram fabricar sachês do produto com sua marca para dar aos clientes.

Tem muita gente se aproveitando da pandemia para tirar algum lucro. Vendedores ambulantes ofereciam álcool gel aos motoristas, ontem, nas esquinas de maior movimento de São Luís.

A Confraria que toda quinta-feira participa de almoço orquestrado pelo empresário José Walter Maciel, vai dar uma trégua nas próximas
duas semanas. Uma nova reunião do grupo está prevista para a primeira semana de abril.

Positivo o anúncio da Federação Brasileiras dos Bancos, de que os cinco maiores bancos associados – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander – estão abertos a pedidos de prorrogação, por 60 dias, dos vencimentos de dívidas de
clientes pessoas físicas e micro e pequenas empresas.

Lembre-se, o confinamento é uma uma medida extraordinariamente cara que custa bilhões de dólares por dia. É como segurar a respiração, não dá para fazer por muito tempo. A única solução duradoura é diagnóstico, medicamentos, vacinas e telemedicina: em uma palavra, tecnologia.

DE RELANCE
Para não apagar vidas
Parte do meu dia de ontem foi passada a apagar eventos no meu aparelho celular. Compromissos que tinha e deixei de ter, lugares onde precisava de levar alguma coisa e já não preciso. Cada confirmação de “apagar evento” infecta a economia da mesma forma que o coronavírus infecta o nosso corpo – é menos uma refeição, menos uma viagem, menos uma conferência, menos uma compra, menos um negócio, multiplicado por milhões e milhões de pessoas.

Para não apagar vidas 2
A covid-19 está destruindo os nossos sistemas de saúde; o combate à covid-19 poderá destruir a nossa economia. O impacto em áreas como a aviação será catastrófico e o desaparecimento de milhões de consumidores irá empurrar empresas para a falência e fazer disparar o desemprego. Por muito que os governos queiram ajudar, nunca haverá liquidez suficiente para acorrer a todas as situações.

Para não apagar vidas 3
No meio dessas péssimas notícias, há, contudo, uma boa: na segunda-feira, o governo do Estado não enfiou a cabeça na areia e fez o que tinha a fazer. Flávio Dino aceitou as sugestões do Conselho Nacional de Saúde, borrifou-se para as conclusões daquele ilustre conjunto de especialistas, e assumiu a sua responsabilidade política, em vez de se escudar atrás de uma qualquer “decisão técnica”. Fez muitíssimo bem.
A resposta a uma pandemia desta gravidade não pode consistir apenas numa análise profissional da circulação do vírus, mas na interpretação inteligente de uma dinâmica complexa, que envolve quer a circulação do vírus, quer a reação da população a essa circulação.

Para não apagar vidas 4
Ora, o alarme social estava instalado, e com boas razões. Esta pandemia é nova não só pela especificidade da estirpe de coronavírus, mas também por ela ocorrer num mundo globalizado e dominado pelas redes sociais, que permitem a propagação de informação em tempo recorde. As redes sociais têm a má fama da distribuição de fake news, mas elas fazem muito mais do que isso: também transmitem notícias úteis, permitindo-nos estabelecer ligações com um largo conjunto de pessoas cultas, informadas e que pensam bem.

Para não apagar vidas 5
Não é preciso ser especialista em epidemiologia para distinguir informação de qualidade da mera tanga, ou um bom cientista de um vendedor de óleo da cobra. A informação oriunda do Estado deve ser seca, curta e direta, e estar impregnada de convicção e de autoridade. É evidente que a atual pandemia não se combate sem a mobilização de todas as pessoas. Precisamos de apagar eventos para não apagar vidas, mas precisamos também de apagar hesitações, para que a ancestral desconfiança nas instituições não nos
faça perder tanto a guerra da saúde como a guerra da economia, acabando todos nós a ter de lidar com o pior dos dois mundos.

Lições da Itália
A primeira lição da Itália pode surpreender mas é clara: só o nosso comportamento pode levar à extinção da epidemia. A Itália é o laboratório europeu do coronavírus e, sobretudo, da resposta à epidemia. O fato de “o nosso surto” ter surgido um pouco mais tarde permite-nos aprender com os outros. Vivemos uma situação de emergência sanitária e econômica e que já se tornou num problema global.

Lições da Itália 2
Note-se que a epidemia não eclodiu num dos elos fracos da Europa. Mas numa das suas regiões mais ricas e com um dos melhores sistemas de saúde. O vírus muda a nossa vida e exige uma mudança temporária dos nossos hábitos No atual estado das coisas tudo se resume numa frase do virologista italiano Roberto Burioni: “Seguir as regras ou esperar a catástrofe.” E disse mais: “Devemos ficar em casa. A questão não está em copiar a China. Devemos acionar a resistência. O vírus mudou a nossa vida e por isso devemos ficar em casa”.

Para escrever na pedra:
“O vírus subverte a nossa vida, golpeia covardemente a nossa propensão ao contato físico, ao aperto de mão, aos abraços. Mas combatê-lo depende apenas de nós. E cada um de nós pode fazer a diferença”. Do virologista italiano Roberto Burioni.

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