Quarentena

Quarentena reduz fluxo de pessoas pela cidade

Máscaras e álcool em gel se tornam comum para aqueles que estão saindo de casa

Bárbara Lauria

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

A quarentena foi iniciada nesta terça-feira (17) em todo o estado do Maranhão para prevenir a contaminação da população com o COVID-19, e já está tendo impactos no cenário do centro da cidade. O fluxo de pessoas transitando pelo local reduziu nos últimos dias, principalmente nos terminais de integração e na Rua Grande.

Cleude Veras é comerciante e trabalha na Rua grande vendendo capas e película de celular, ela tem sentido o impacto do coronavírus em suas vendas. “O fluxo de gente diminuiu e as vendas caíram bastante. Isso afetou um pouco nas minhas vendas. Se o comércio fechar as portas, quem trabalha nas lojas vai receber o salário, mas nós, que trabalhamos como vendedores ambulantes, não podemos parar de vender.” frisou.

Karen Daniely, vendedora, também comentou o mesmo problema. Além do fluxo de pessoas ter diminuído, os clientes também sentem receio de ir a loja e se contaminarem através do contato com os vendedores. “Nós trabalhamos com chineses, então às vezes alguém dá um espirro e os clientes se sentem ameaçados e vão embora.” disse.

Mas a redução da clientela não é a única preocupação desses comerciantes, como eles estão expostos a um grande número de pessoas, todos os dias, é necessário uma atenção redobrada para sua saúde. “Estar aqui, é um risco que a gente corre a todo tempo, mas tenho que trabalhar, então estou sempre com álcool em gel e lavo as mãos assim que possível”, comentou Cleude. A cada telefone em que aplica uma película, ela também passa um pouco de álcool em gel nas mãos.

Diego Paixão entrega panfletos e tem que transitar entre as pessoas que passam pela Rua Grande. Prevenção se tornou seu lema, e agora ele sempre anda de máscara, além de outras ações preventivas. “Uso álcool em gel, tomo suco de limão três vezes ao dia, vitaminas. Acho que a prevenção é a melhor solução para esse tipo de doença, até porque meu medo é que ela ainda não tem cura”. Comentou.

Farmácias

Essa procura por produtos de higiene pessoal tem sido nítida principalmente nas farmácias, onde produtos, como álcool em gel e máscaras, estão em falta. Segundo o farmacêutico, Flávio Batista, um dos motivos para a escassez desses produtos, além da grande procura nesse momento de pandemia, é a importação feita desses produtos em grande escala para países asiáticos, como a Coreia do Sul.

Seu Francisco é aposentado e tem 73 anos, mesmo com sendo aconselhado a evitar sair de casa por ser parte do grupo de risco, ele diz que é a única forma de resolver suas coisas, e o jeito é se prevenir. Ele faz exercícios todos os dias, mantém uma boa alimentação e sempre que pode limpa suas mãos. Como tem tido dificuldade para achar álcool em gel, decidiu levar vários frascos de álcool setenta, líquido, para casa. “Tá difícil de achar álcool em gel nas farmácias, e quando acho é extremamente caro, então, para me manter precavido, o único jeito é levar esses aqui.” frisou.

Idoso compra álcool setenta na fata de álcool em gel
Idoso compra álcool setenta na fata de álcool em gel

Terminais de integração

Outro local que também está sofrendo impacto com a quarentena é sãos os terminais de integração da capital. Com a suspensão das aulas presenciais em universidades e escolas, o fluxo de pessoas que passam por esses locais reduziu de forma nítida. “Tenho visto menos pessoas nesses últimos dois dias, acredito que seja por medo de se contaminar, tanto que as pessoas estão tomando mais cuidado em segurar barras e os ônibus estão mais limpos.” disse Antonio Almeida, analista que estava passando pelo local.

O SET lançou uma nota informando que é necessário responsabilidade e calma nesse momento, e que as medidas que serão adotadas são para prevenção. Ele informa que o principal aliado da saúde coletiva é o comportamento individual e consciente de cada usuário do transporte, que não deve tossir sem usar o braço, não circular ou frequentar ambientes públicos se estiver com sintomas de gripe e, no caso extremo de precisar circular doente, usar máscaras dentro dos ônibus e evitar contato próximo com qualquer pessoa, em especial junto aos idosos.

Quanto aos motoristas, as empresas já estão circulando informações de como redobrar a higiene pessoal e não manter trabalhando motoristas com sintomas de gripe.

O SET também recomenda que, ao entrar em veículos, os usuários evitem ao máximo pegar em corrimões, levar as mãos ao nariz, aos olhos ou à boca, sempre se higienizando após desembarcar dos coletivos; o álcool em gel é indicado para os usuários após lavar bem as mãos com água e sabão, várias vezes ao dia, principalmente antes de entrar e após descerem dos coletivos. As dependências dos Terminais de Integração possuem banheiros, que estão sendo limpos e higienizados com uma maior frequência, a título de prevenção.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.