São Luís - Professor titular aposentado do Departamento de Educação da Universidade Federal do Maranhão, o artista multimídia João de Deus Vieira Barros presta hoje, às 15h30, durante o espetáculo musical “As Mulheres da minha rua”, no Teatro Aldo Leite, no Palacete Gentil Braga, uma homenagem às mulheres, pela passagem do Dia Internacional da Mulher e, também, em referência ao Dia de São João de Deus.
A realização é do Grupo de Estudos sobre Arte, Cultura e Imaginário na Educação. Entre outras, serão homenageadas mulheres intelectuais e cientistas, como a professora doutora Glória Ferreira, do Departamento de Geociências da UFMA e a líder comunitária e professora do ensino fundamental Maria Santana, de São José de Ribamar.
“Glória Ferreira, por exemplo, é a primeira professora universitária com quem tive contato na universidade e Maria Santana foi a primeira líder comunitária que conheci na vida”, disse João de Deus.
No repertório, canções como “Como nossos pais” (Elis Regina), “Tigresa” (Maria Bethânia), “Metade” (Adriana Calcanhoto), “As curvas da estrada de Santos” (Elis Regina), “Meu grito” (Nancy Barros), “Lama” (Nubya Lafaiette), “Mel” (Maria Bethânia), “Foi Assim” (Wanderléa), “Garota Solitária” (Ângela Maria), “Quem de nós dois” (Ana Carolina) e ‘Dio come ti amo” (Gigliolla Cinquetti).
A homenagem acontece desde 2012 e a cada ano, ele escolhe um tema e um grupo de mulheres a ser homenageado. Na primeira versão, em 2012, em espetáculo realizado no Teatro Alcione Nazaré, João de Deus homenageou cantoras de MPB que marcaram sua vida desde a infância, em Bacabal, de 1961 a 1972, até os anos 2000. Dessa forma, Ângela Maria revelou-se a primeira cantora que marcou a vida dele, com a canção “Garota Solitária”, dos anos 1960.
Cantoras como Vanderléa, Maria Bethânia, Rita Lee, Gal Gosta, Elis Regina chegando a Adriana Calcanhoto e Ana Carolina, dentre outras fizeram parte do repertório da primeira edição.
“Agora, homenageio as mulheres da minha rua, aqui utilizada no sentido metafórico. A rua é a continuação da casa no sentido que lhe empresta o antropólogo Roberto da Matta, inspirado em Gilberto Freyre, o qual completaria 120 anos, se vivo fosse, no próximo dia 15. É o lado público da existência, sendo a casa o espaço do privado. Mas no caso do Brasil, rua e casa muitas das vezes se misturam, em especial em cidades do interior do Nordeste, em que as pessoas colocam as cadeiras na porta, conversam entre si e assistem ao que se passa na rua”, explica.
Serviço
O quê
Espetáculo “As Mulheres de Rua”
Quando
Hoje, às 15h30
Onde
Teatro Aldo Leite, no Palacete Gentil Braga (Rua Grande)
Ingressos: Gratuita, mediante doação de livro de literatura à Biblioteca da Academia Ribamarense de Artes e Letras
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