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"PSB, PCdoB e Republicanos ofereceram vaga de vice para PT", diz dirigente

A O Estado, o vereador e presidente municipal do PT na capital maranhense, Honorato Fernandes, também afirmou que o nome de Lawrence Melo tem resistência, mas é opção viável

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Honorato Fernandes
Honorato Fernandes (Honorato Fernandes)

O vereador e presidente municipal do PT na capital maranhense, Honorato Fernandes, disse a O Estado que pelo menos três partidos (PSB, PCdoB e Republicanos) ofereceram à sigla uma vaga de vice nas chapas que comporão a eleição majoritária este ano em São Luís. Apesar das ofertas, o partido ainda discute construção de candidatura própria e aguardará reunião prevista para os dias 13 e 14 deste mês da executiva nacional para se posicionar sobre o tema.

Quanto à possibilidade de construção de aliança, de acordo com o vereador, as legendas que ofertaram indicação para vice estão em igualdade na disputa. No entanto, por proximidade histórica, PCdoB e PSB largam na frente.

De acordo com Honorato Fernandes, o partido deve se posicionar em, no máximo, um mês. Segundo ele, é necessário um consenso, independentemente da apresentação ou não de projeto petista. “Algumas questões internas ainda precisam ser resolvidas. Quanto à possibilidade de aliança, é necessário ter cautela, já que se trata de uma posição com reflexos futuros”, afirmou.

A formalização de uma aliança, em especial, com o PCdoB – que confirma o secretário de Cidades do Estado, Rubens Júnior como pré-candidato – refletiria nas eleições governamentais de 2022. Se optar por projeto próprio, o PT perderia espaço no projeto sucessório dinista daqui a dois anos por “dificultar” a candidatura comunista. Em contrapartida, a direção petista não quer afrontar possível orientação nacional da sigla por construção de uma candidatura autônoma.

O PCdoB, aliás, foi um dos primeiros a se antecipar e negociar aliança com o PT. As conversas ocorrem desde janeiro. Em seguida, após a confirmação de Duarte Júnior, o Republicanos também teria aberto agenda de discussão. Procurado, Duarte Júnior não confirma e nem desmente o fato. Já o PSB negocia sob a representação do deputado federal, Bira do Pindaré.

Tanto PSB quanto PCdoB e Republicanos miram o tempo de propaganda no rádio e na TV que seria garantido em um possível acordo com o PT. Já os quadros petistas buscam representatividade na capital maranhense. Em 2016, por exemplo, a sigla não registrou candidatura própria e quer recuperar penetração junto ao eleitorado.

As diferentes correntes internas e os variados grupos que atualmente gerem o PT também dificultam a construção de um consenso. Enquanto dirigentes importantes entendem que a aliança com Rubens Júnior – este o candidato até o momento mais próximo do governador do Estado, Flávio Dino (PCdoB) – é a mais recomendável, outros entendem que uma candidatura particular é a melhor saída.

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Sobre a indicação interna do partido, no dia 5 deste mês, o atual presidente da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Urbanos (MOB), Lawrence Melo, colocou de forma oficial o seu nome para discussão. Apesar de boa aceitação em alguns setores, petistas mais tradicionais entendem que o dirigente não “tem lastro” para ser o nome.

Além de Lawrence, também são apontados como pré-candidatos o deputado estadual Zé Inácio Lula, a integrante da executiva nacional do partido, Cricielle Muniz e o vereador Honorato Fernandes.

Correlata – “Para mim, seria um prazer”, diz Rubens Júnior sobre possibilidade de aliança com o PT

A O Estado, o secretário de Cidades e Desenvolvimento Urbano e pré-candidato a prefeito pelo PCdoB em São Luís, Rubens Pereira Júnior, disse que “seria um prazer” um eventual acordo com o PT. De acordo com o gestor, em janeiro, foi formalizado o convite à direção petista.

Ainda de acordo com o pré-candidato, a definição do vice em sua chapa somente ocorrerá no período das convenções, previstas para julho deste ano. “Foi feito o convite para marcharmos juntos. No entanto, a definição de vice somente durante as convenções”, afirmou Rubens.

A aliança com o PT, para o PCdoB, é vista de suma importância para que a candidatura de Rubens Júnior engrene. O temor é que o “chapão” montado pelo também pré-candidato na capital, Neto Evangelista (DEM) ultrapasse a potencial força de campanha de Rubens Júnior, aliado partidário do governador Flávio Dino (PCdoB).

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