Sistemas instalados

Energia solar distribuída registra crescimento superior a 212% em 2019

Segundo a Aneel, desde 2012 já foram movimentados R$ 4,8 bi, sendo que hoje são mais de 10 mil empresas integradoras de energia registradas no país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Aneel estima que até o ano de 2024 cerca de 1,2 milhão de residências no país terão sistema de geração distribuída
Aneel estima que até o ano de 2024 cerca de 1,2 milhão de residências no país terão sistema de geração distribuída (solar)

A energia solar distribuída cresceu mais de 212% em 2019 no Brasil. Segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foram 110.997 sistemas instalados em todo o país, entre mini e micro geradores. Em 2018, o total foi de 35.540. Mais uma vez a grande oferta de luz do sol, somada às vantagens das placas solares, tornaram a tecnologia líder do segmento, com mais de 99% dos geradores conectados à rede.

Incentivados por linhas acessíveis de financiamento de energia solar e a garantia de redução na conta de luz, mais consumidores aproveitaram para obter sua independência energética. Desde 2012, ano em que a Aneel promulgou as regras do segmento, a tecnologia começou a ganhar espaço e, hoje, é o sonho de consumo de 93% dos brasileiros, segundo pesquisa do Ibope.

Esse crescimento aquece o mercado e de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) já movimentou R$ 4,8 bilhões desde então. São mais de 10 mil empresas integradoras de energia registradas atualmente e cerca de 15 mil profissionais atuando em todo o setor solar no Brasil.

No começo de 2019, entretanto, todo esse crescimento e sustentabilidade da energia solar esteve sob ameaça das possíveis alterações das regras do setor propostas pela Aneel para 2020. Pressionada pelas distribuidoras de energia, que alegam distorção das contas devido ao subsídio hoje existente para a geração distribuída, a agência propôs alterar as regras do segmento na próxima revisão da sua Resolução Normativa 482, prevista para este ano.

Embora não acabem com a vantagem da energia solar, as novas regras poderiam ter forte impacto no retorno financiamento para o consumidor, mais que dobrando o payback do sistema. Mesmo com os vários estudos e opiniões contrários à revisão das regras que recebeu nas audiências públicas que promoveu, a Aneel escolheu favorecer as distribuidoras e propôs implantar o cenário de mudança mais radical dos quais havia inicialmente apresentado.

A notícia foi muito alardeada pela internet como o “fim da energia solar” e chegou ao governo, tendo enfim uma posição final no começo de janeiro, quando o presidente Jair Bolsonaro declarou estar “sepultada qualquer possibilidade de taxar energia solar”. O pronunciamento veio como um alívio para o setor, que acredita em uma lei a favor da geração distribuída, visto também o apoio já demonstrado por membros da Câmara e do Senado.

Mais

Geração distribuída

Entre 2017 e 2018, a geração distribuída já havia mostrado ritmo mais forte, com expansão de 172%, contra 86% nas grandes usinas. Com a boa notícia, o segmento começa 2020 com boas perspectivas e previsão de forte crescimento para os próximos anos. Em seu mais recente Plano Decenal de Expansão de Energia, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima 1,3 milhão de brasileiros autogeradores de energia até 2029.

Números

212%

foi o crescimento da energia solar distribuída em 2019, no Brasil, segundo os dados da Aneel

110.997

Sistemas de energia solar foram instalados em todo o país, em 2019, entre mini e micro geradores

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