Coronavírus

Norte da Itália: 16 milhões estão em quarentena pelo novo coronavírus

Também estão fechados escolas, ginásios, museus e cinemas; decreto foi assinado pelo primeiro-ministro Giuseppe Conte, relacionando na medida Milão e Veneza e mais 14 províncias

Agência Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Giuseppe Conte quando assinava o decreto da quarentena
Giuseppe Conte quando assinava o decreto da quarentena (Italia)

VENEZA - A Itália adotou medidas drásticas para tentar conter o novo coronavírus que está se espalhando rapidamente pelo país. O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, assinou um decreto que, na prática, coloca 16 milhões de pessoas em quarentena. Qualquer pessoa que viva na região da Lombardia e outras 14 províncias do centro e norte do país precisam de uma autorização especial para viajar.

A medida afeta cidades como Milão e Veneza. O primeiro-ministro anunciou igualmente o fechamento de escolas, ginásios, museus, cinemas e clubes noturnos, entre outros espaços públicos da região.

A Itália tem neste momento o maior número de casos do novo coronavírus da Europa. Quase seis mil pessoas estão infectadas. O número de óbitos por causa do vírus chega a 233. Em todo o mundo, a Itália é o terceiro país com mais casos, perdendo apenas para a China e a Coreia do Sul. Informações são da Agência Brasil).

Até 3 de abril

As medidas agora anunciadas valem, pelo menos, até 3 de abril. Um quarto da população italiana está em quarentena.

"Queremos garantir a saúde dos nossos cidadãos", disse Giuseppe Conte. "Compreendemos que estas medidas vão exigir sacrifícios, algumas vezes pequenos, outras vezes enormes".

As 14 províncias também afetadas por estas medidas são Modena, Parma, Piacenza, Reggio Emilia, Rimini, Pesaro e Urbino, Alessandria, Asti, Novara, Verbano Cusio Ossola, Vercelli, Padua, Treviso e Veneza.

"Não haverá qualquer movimento fora destas áreas, ou dentro delas, a não ser por questões provadas relacionadas com trabalho, emergências ou questões de saúde", afirmou Conte. "Estamos a enfrentar uma emergência, uma emergência nacional. Temos que limitar que o vírus se espalhe e prevenir que os nossos hospitais fiquem sem resposta".

"Assumimos total responsabilidade política por esta decisão. Estamos convencidos de que essa emergência será superada", garantiu Conte.

Infectados

O número de pessoas infectadas em todo o mundo pelo novo coronavirus aumentou para 101.988, dos quais morreram 3.491, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France Press, com dados atualizados sábado, 7.

Citando fontes oficiais, a AFP diz que, no total, foram registadas 1.146 novas contaminações e 35 mortes desde o último balanço, realizado na sexta-feira. Até ao momento, há registo de casos em 94 países, incluindo Portugal. De acordo com os últimos dados da Direção-Geral da Saúde, Portugal tem 13 casos confirmados de Covid-19, a doença provocada pelo coronavírus.

Com base no número mundial de infectados, a taxa de letalidade é de 3,4%, sendo que até o momento a maioria já recuperou.

O balanço da AFP mostra que a China, à exceção dos territórios de Hong Kong e Macau, conta com 80.651 casos, dos quais 3.070 morreram.

A agência de notícias diz que entre o final da tarde de sexta-feira e a manhã de sábado, surgiram 99 novas contaminações e 28 mortos na China. No resto do mundo, registaram-se 1.047 novos casos desde as 17h de sexta-feira.

Depois da China, os países mais afetados são a Coreia do Sul (6.767 casos, dos quais 483 são novos), Irã (4.747 casos, com 124 mortes), Itália (4.636 casos, 197 mortes) e Alemanha (684 casos, sem registo de casos mortais).

O balanço da AFP foi elaborado com dados recolhidos junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde.

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