Vida Educação

A mulher na educação: transformações e horizontes

No passado, os ensinamentos a mulheres eram voltados para as tarefas domésticas e o comportamento em sociedade; mais adiante puderam se profissionalizar como professoras primárias; hoje, elas exercem as atividades que quiserem

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Meninas estudavam assuntos voltados às tarefas domésticas e comportamento
Meninas estudavam assuntos voltados às tarefas domésticas e comportamento


São quase 35 mil homens a mais lecionando nos cursos de graduação, o que é compatível com a maior presença deles nos cursos de doutorado. Aos poucos essa situação vai se revertendo, já que elas tomaram a dianteira nos mestrados.

Mas, não é só ensinando diretamente que elas deixam sua marca na educação. Podemos encontrá-las na diretoria, na coordenação, na secretaria e até verificando os nutrientes da merenda. Essa variabilidade e a vocação para a liderança combinam com a maior presença delas também no curso de Administração (56,5%).

A mulher nas tecnologias educacionais
Cada vez mais a pedagogia e a computação têm feito as pazes, com os recursos tecnológicos se convertendo em ferramentas cruciais para o processo de ensino-aprendizagem. O ClipEscola é um grande exemplo desse casamento perfeito entre a funcionalidade dos softwares, exatos e objetivos, e a fluidez da comunicação, com seu valor humano.

SAIBA MAIS

ATUAÇÃO PROFISSIONAL: DESIGUALDADES, LUTAS E CONQUISTAS

Apesar das pesquisas revelarem a capacitação das mulheres nas instituições de ensino, estas ainda enfrentam discriminações no mercado de trabalho. A discriminação na área profissional se da por diversas formas, e muitas delas são evidenciadas nas remunerações díspares entre mesmas funções, ou até mesmo nos baixos índices de ocupações por mulheres em alguns cargos específicos.
Fazendo um recorte epistemológico, é possível fazer um estudo sobre as diferenças de gênero na atuação da área jurídica. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2014, realizada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que as mulheres são maioria nos cursos de Direito, representando 53,88% das vagas ocupadas nesta graduação. Muito embora, no mercado de trabalho as mulheres tem enfrentado tratamentos discriminatórios.
Myrthes Gomes de Campos concluiu o bacharelado em Direito em 1898, mas, por conta do preconceito, foi só em 1906 que conseguiu legitimar-se profissionalmente, quando ingressou no quadro de sócios efetivos do Instituto dos Advogados do Brasil, condição necessária para o exercício profissional da advocacia.
Mythes enfrentou diversos preconceitos para exercer seu ofício, mas abriu portas para o público feminino na advocacia, Myrthes Gomes de Campos chamou atenção da imprensa brasileira ao defender no Tribunal do Júri um homem acusado por homicídio praticado a golpes de navalha contra a vítima. Desde então, a participação das mulheres como operadoras do Direito cresceu,passando de 0% durante a primeira década do século 20 para 2,3%, nos anos de 1960, e 11%, nos anos 90, chegando a 30%, no fim da primeira década deste século, de acordo com estatísticas do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Judiciais.
Os últimos registros da Ordem dos Advogados do Brasil contabilizam um número total de 1.142.326 de advogados (isso até o dia 5 de março de 2018). Desse total, 545.765 são mulheres, correspondendo a um percentual de 48% do quadro. Tomando como base os dados e a evolução da participação feminina no Direito, a estimativa é que, até o ano de 2020, o número de advogadas mulheres seja superior ao de homens advogados. Pois, a advocacia tem sido o espaço em que o número de mulheres atuantes mais se aproxima do de homens, ainda que este tenha maior domínio de mercado. A hegemonia masculina não se dá apenas na advocacia, mas em diversas carreiras, como se verá a seguir. Apesar de que hoje as mulheres representam uma maioria no funcionalismo público, correspondendo ao percentual de 55% do quadro de servidores (federal, estadual e municipal)[14], dados de um estudo da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) mostram que as mulheres ainda são minoria na elite do serviço público. No Poder Executivo, mulheres representam 46% do total. No Judiciário, 9%. E no Legislativo, 2%, apenas.

Fonte: brasiljuridico.com

CURIOSIDADE

Entre os cursos mais procurados pelas mulheres está o de Pedagogia, no qual representam 93,7% dos estudantes. Já em Terapia Ocupacional, elas somam 80%. Em Sistemas de Informação, no entanto, elas representam apenas 16,4% dos discentes. Se tratando do corpo docente, as mulheres representam mais de 80% do total de profissionais de educação do país, sendo que nas universidades já são 50,3% do total de professores. Na educação básica, a diferença é gritante a favor das mulheres – que formam um universo de 1,6 milhão de professoras num total de 2 milhões de docentes. Na educação infantil, exercem a função 429,8 mil mulheres e 13,5 mil homens. Os dados são do Censo da Educação 2012. Segundo o MEC, a taxa de crescimento delas dentro do mercado chega a ser 5% maior que a dos homens e, em breve, as mulheres serão a maioria no corpo docente dos cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.