Pior renda

Governo admite pior renda per capita e justifica dados

Por meio de nota, o Palácio dos Leões afirmou que houve uma evolução do rendimento domiciliar de 2018 para 2019 e apontou que esse foi o 13º melhor resultado do país em crescimento nominal

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Governo do Maranhão admitiu que estado tem a pior renda per capita do Brasil
Governo do Maranhão admitiu que estado tem a pior renda per capita do Brasil (palafitas)

O Governo Flávio Dino (PCdoB) admitiu, por meio de nota, resultado de relatório na última sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta Maranhão como o estado de menor rendimento domiciliar per capita do país. O rendimento do estado - e que está abaixo do salário mínimo -, é de apenas R$ 635,59.

De acordo com o Palácio dos Leões, houve uma evolução do rendimento domiciliar 2018 para 2019. O Executivo informou que foi o 13º melhor resultado do país em “crescimento nominal”.

“O Governo do Estado pontua que o rendimento domiciliar per capita do Maranhão passou de R$ 605,00, em 2018, para R$ 636,00, em 2019. Esse foi o 13º melhor resultado do Brasil, em termos de crescimento nominal. Em relação ao ano de 2014 (R$ 461,00), o crescimento foi de 37,9%, o 10º maior crescimento do país. Dessa forma, o Maranhão aumenta sua participação na renda do Brasil, que era de 43,8% em 2014 e passou para 44,2% em 2019, de acordo com dados divulgados pelo IBGE”, destaca trecho da nota.

Desigualdade

O Palácio dos Leões afirmou que o baixo desempenho do Maranhão se deve ao “caráter desigual da sua formação econômica e social”. O Governo também afirmou que há investimentos em programas sociais no estado com melhoras na taxa de analfabetismo e de mortalidade infantil.

“Historicamente, o Maranhão ocupa a posição de menor renda domiciliar per capita do país, devido ao caráter desigual da sua formação econômica e social. Para enfrentar esta realidade - numa conjuntura de crise econômica Federal - o Governo do Estado amplia sistematicamente seus investimentos, e, em 2019, o Maranhão foi o 5º estado do Brasil com maior taxa de investimento (6,3%), tendo como prioridade os programas sociais, os quais somam cerca R$ 7,2 bilhões e alcançam os 217 municípios. Como impacto desses investimentos, o estado vem melhorando seus indicadores sociais e alcançando recordes históricos, a exemplo do IDEB, taxa de analfabetismo, taxa de mortalidade infantil, abastecimento de água, esgotamento sanitário, crimes letais, dentre outros, finaliza na íntegra a nota.

Relatório

O relatório do IBGE divulgado na sexta-feira mostra que a renda per capita do Maranhão está muito abaixo da média nacional, que é de R$ 1.469,00. A maior renda no levantamento é do Distrito Federal: R$ 2.685,76. O montante é quatro vezes maior a do estado comandado pelo comunismo.

O relatório com valores detalhados dos rendimentos domiciliares per capita é referente a 2019, para o Brasil e para as unidades da federação. Os dados são calculados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e enviados ao Tribunal de Contas da União (TCU).

A divulgação atende ao que está determinado na Lei Complementar 143/2013, que estabelece os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE).

Cálculo

De acordo com o IBGE, o rendimento domiciliar é calculado como a razão entre o total dos rendimentos domiciliares (em termos nominais) e o total dos moradores.

São considerados os rendimentos de trabalho e de outras fontes de todos os moradores, inclusive os classificados como pensionistas, empregados domésticos e parentes dos empregados domésticos.
Os valores foram obtidos a partir dos rendimentos brutos efetivamente recebidos no mês de referência da pesquisa, acumulando as informações das primeiras entrevistas dos quatro trimestres da PNAD Contínua de 2018.

A metodologia mostrou que o desempenho do estado é o pior do país no quesito.

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