Coronavírus

Coreia do Sul, Irã, Itália e Japão são maior preocupação agora, diz OMS

Nove vezes mais casos de coronavírus registrados fora da China, do que no país epicentro do vírus; autoridades chinesas fecham hospital e comemora queda de casos novos

Reuters

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Mulher de máscara passa por agentes de saúde desinfectando mercado
Mulher de máscara passa por agentes de saúde desinfectando mercado (Coronavírus)

GENEBRA - As epidemias de coronavírus na Coreia do Sul, Itália, Irã e Japão são a maior preocupação da Organização Mundial de Saúde (OMS) neste momento, afirmou nesta segunda-feira o diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Nas últimas 24 horas, houve quase nove vezes mais casos de coronavírus registrados fora da China do que no país que foi a origem do surto, mas a doença pode ser contida com as medidas corretas, disse ele.

O Equador confirmou novos cinco casos de coronavírus em pacientes que tiveram contato direto com uma idosa que trouxe o vírus para o país andino ao retornar da Espanha, disse a ministra da saúde, Catalina Andramuño, no domingo.

A mulher, uma cidadã equatoriana que reside na Espanha, chegou ao Equador em um voo direto de Madri no dia 14 de fevereiro, sem apresentar sintomas, mas logo começou a se sentir mal e foi internada em um dos hospitais públicos que o governo equipou para lidar com a situação do novo vírus.

Hospital fechado

Já a cidade chinesa no centro da epidemia de coronavírus fechou o primeiro de 16 hospitais construídos às pressas para tratar pessoas infectadas, depois de dar alta aos últimos pacientes recuperados, noticiou a emissora estatal CCTV nesta segunda-feira.

A notícia do fechamento coincidiu com uma redução acentuada de casos novos na província de Hubei e em sua capital, Wuhan, mas a China continua em alerta para as pessoas que voltam contaminadas de outros países onde a doença se disseminou.

“A tendência de aumento rápido de casos do vírus em Wuhan foi controlada”, disse Mi Feng, porta-voz da Comissão Nacional de Saúde da China. “Os surtos em Hubei nos arredores de Wuhan estão contidos, e províncias nos arredores de Hubei estão mostrando uma tendência positiva”.

O vírus emergiu em Wuhan no final do ano passado, e desde então já infectou mais de 86.500 pessoas, a maioria na China e a maior parte em Hubei.

Fora da China, ela se espalhou rapidamente nos últimos dias e hoje está em 53 países, somando mais de 6.500 casos e mais de 100 mortes. No total, a doença já matou quase 3 mil pessoas.

No domingo, Hubei relatou 196 infecções novas, a primeira vez desde janeiro que relata menos que 200 em um dia, informou a Comissão Nacional de Saúde nesta segunda-feira.

Após o que alguns críticos disseram ter sido uma reação inicial hesitante ao novo vírus, a China adotou restrições abrangentes para tentar contê-lo, o que incluiu suspensões generalizadas nos transportes e a prorrogação do feriado do Ano Novo Lunar em toda a nação.

Mi disse que as autoridades farão uma transição de medidas de “contenção total para contenção específica”, com foco na contenção dentro de comunidades e tratamento médico.

O chefe do Partido Comunista de Wuhan, Chen Yixin, louvou os esforços governamentais de prevenção contra o vírus e disse acreditar que o número de casos novos diminuirá para menos de 100 por dia, disse a Comissão Central de Assuntos Políticos e Legais do Partido Comunista.

“A situação do surto está sob forte controle”, disse Chen a respeito da situação na cidade.

A China continental teve um total de 202 casos novos confirmados no domingo, a menor cifra desde 22 de janeiro. Com exceção de seis, todos ocorreram em Hubei.

O saldo de mortes na China continental chegou a 2.912 na noite de domingo, um aumento de 42 em relação ao dia anterior. Hubei contabilizou todas as 42 mortes novas, sendo 32 em Wuhan.

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