Educação

Estudantes do antigo Cintra do Rio Anil ainda não iniciaram o ano letivo 2020

Ano letivo estava previsto para se iniciar em fevereiro, mas, segundo a Seduc, começará só na 1ª quinzena de abril, com a reforma do prédio

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Conforme alunos, este foi o segundo adiamento do ano letivo; eles temem prejuízos no aprendizado do conteúdo, quando finalmente as aulas começarem
Conforme alunos, este foi o segundo adiamento do ano letivo; eles temem prejuízos no aprendizado do conteúdo, quando finalmente as aulas começarem (Cintra)

Os alunos do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) Rio Anil, antigo Centro de Ensino Integrado Rio Anil (Cintra) ou Fundação Nice Lobão, ainda não tiveram o ano letivo iniciado neste ano. A Secretaria de Estado da Educação (Seduc), informou, por meio de nota, que o ano letivo nesta unidade de ensino está previsto para se iniciar somente no dia 6 de abril.

Quem passava ontem em frente ao antigo Cintra, observava os portões fechados e a ausência de alunos e professores. Apenas era possível olhar alguns operários no local. No Instagram de alguns discentes ainda havia um comunicado de que as aulas se iniciariam no dia 16 de março deste ano, assinado pela gestão da escola.

Uma das alunas do 2º ano do nível médio, que não quis se identificar, disse que o ano letivo estava previsto para começar no dia 2 de fevereiro, mas foi adiado para o dia 16 do mesmo mês e, no momento, a previsão está para o mês de abril devido a reforma do prédio. As aulas devem ser em tempo integral, ou seja, durante o período da manhã e tarde.

Ela ainda declarou que mais de cinco mil alunos estão sendo prejudicados e, logo que se iniciarem as aulas, a metodologia será prejudicada. “Quando as aulas se iniciarem, com certeza, os professores vão correr com o conteúdo e devem passar trabalho em cima de trabalho, mas, aulas expositivas não teremos. Isso prejudica o nosso aprendizado”, reclamou a aluna.

O outro aluno, não identificado, disse que vai fazer terceiro ano e prestar vestibular no fim do ano e a sua rotina de estudo já está prejudicada devido o atraso do início do ano letivo. “Os meus concorrentes já começaram a estudar na escola e estou estudando por conta própria para não ficar mais prejudicado”, declarou o estudante.

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou ontem que não houve suspensão das aulas e que o ano letivo nessa unidade de ensino está previsto para iniciar no dia 6 de abril deste ano, em decorrência das obras de melhoria e adequação realizadas no prédio escolar. A Seduc ainda frisou que o calendário das aulas já foi organizado de forma a garantir a carga horária estabelecida para este ano letivo.

IEMA
Pais e responsáveis de alunos do antigo Cintra, no Anil, foram contra a decisão do Governo do Maranhão, publicada em 22 de fevereiro do ano passado, por meio de uma Medida Provisória (MP), que determinou a substituição da instituição vinculada à Fundação Nice Lobão para Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema), que não contempla o ensino fundamental, o que prejudicaria centenas de alunos da escola.

Na ocasião, os alunos ou país não participaram de nenhuma reunião ou outro tipo de contato utilizado para informar sobre as determinações pertinentes ao centro de ensino, e somente obtiveram acesso à decisão por acompanhar o Diário Oficial do Estado, onde foi publicada a MP nº 291. Segundo o texto, constante no artigo 23, a partir daquela data (22 de fevereiro de 2019), “a Fundação Nice Lobão, entidade sem fins lucrativos dotada de personalidade jurídica de direito público e integrante da Administração Pública Estadual Indireta, fica transformada em unidade do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - Iema”.

O Cintra do Rio Anil, criado no ano de 1993, é considerado a maior escola da rede estadual de ensino. Mantida pela Fundação Nice Lobão, de caráter público, vinculada ao Governo do Estado, atendia cerca de 8.738 alunos entre o Ensino Fundamental e Médio, além de oferecer cursos profissionalizantes. Localizado no Anil, sua estrutura predial caracteriza uma antiga fábrica de tecidos reestruturada para o funcionamento da escola. Constitui, ainda, parte do acervo ludovicense considerado Patrimônio Cultural e Arquitetônico da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

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