Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

O que está faltando

Os alunos do ensino médio devem estudar língua portuguesa, matemática, química, física, história, sociologia. Porém, enquanto não houver intensificação do ensino profissionalizante, a queda no índice de desemprego se dará muito lentamente. Sobretudo numa época em que a pretendida expansão econômica choca-se com o efeito das tecnologias eliminadoras de vagas de trabalho.

ELEGANTE e sempre antenado com as tendências da moda, o jovem Rafael Salomoni Maciel fugiu da folia e foi visitar a Itália e Portugal, com uma viagem de sonhos
ELEGANTE e sempre antenado com as tendências da moda, o jovem Rafael Salomoni Maciel fugiu da folia e foi visitar a Itália e Portugal, com uma viagem de sonhos

Efeitos do coronavírus
Neste momento, 28 navios deveriam estar vindo da China barrotados de mercadorias para serem entregues nos portos brasileiros, segundo monitoramento da consultoria em logística e comércio exterior Solve Shipping.
Nove deles nem sequer zarparam. Os 19 que cruzam os oceanos trazem um volume muito menor de cargas.
O responsável pela lacuna é o coronavírus. Após frear viagens de negócios entre Brasil e China, o vírus começa a comprometer a logística de abastecimento de cadeias de suprimentos entre os dois países.
A projeção é que a retração na entrega de insumos industriais e produtos acabados, hoje percebida apenas por indústrias e empresas de logística, vai chegar ao consumidor final nas próximas semanas.

Setores mais afetados
Veja como diferentes setores da economia podem ser afetados no Brasil: o comércio, por exemplo, pode sofrer com falta de produtos nas próximas semanas, se cargas vindas da China não chegarem ao Brasil.
No caso de vestuários, os importados são cerca de 25% do mercado nacional, grande parte vinda da China. Como empresas compram com meses de antecedência, o impacto vai depender dos estoques.
Restaurantes e shoppings podem ter queda no movimento. Supermercados, por outro lado, podem ter aumento, como visto na China, segundo levantamento da empresa de pesquisa Kantar que mostra mais procura por comidas, bebidas não alcoólicas e produtos de higiene – mas houve queda nas compras de roupas e cosméticos.

Viagens e turismo
Setor que amargou as maiores perdas na Bolsa na semana passada, é um dos mais expostos ao impacto da crise gerada pelo coronavírus. O banco UBS, porém, espera recuperação rápida do tráfego.
O turismo de lazer ainda não foi afetado e só deve ter o quadro alterado se houver orientação oficial para que brasileiros não viajem, dizem entidades. O Carnaval era a última data da alta temporada.
– Um comportamento que pode surgir no consumidor é o de realizar viagens curtas de carro a lugares sem aglomeração. Aluguel de carros, pequenos hotéis e casas para temporada podem ser beneficiados – dizem os operadores de turismo.

Turismo de negócios
O turismo de negócios tem gerado impacto em hotéis e companhias aéreas, já que empresas estão cancelando viagens. Empresas aéreas, táxis, aplicativos de transporte e seguro-viagem devem sentir impacto na primeira semana de março, estimam técnicos da Fecomércio.
O cancelamento da ITB, conferência de turismo na Alemanha que esperava reunir 100 mil estrangeiros, é visto como o principal fator de impacto ao setor, já que garantia o fechamento de negócios para o resto do ano no Brasil.

TRIVIAL VARIADO

A cada começo de campanha eleitoral, cabe cobrar do poder público que assuma o papel de árbitro e de equilibrador dos interesses da sociedade.

Explico: os contribuintes de impostos não aguentam mais a condição de vassalos de um sistema que sustentam, não recebendo em troca os serviços na plenitude.

Quando quatro apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se encontram para conversar, surgem cinco opiniões sobre a forma e a intensidade da manifestação programada para o dia 15 em todo o país.

No assunto: o ponto de partida é o repúdio ao que consideram obstáculos de outros poderes ao governo federal.

Há o costume de dizer que o ano só começa depois do Carnaval. Em 2020 está sendo diferente. Surgiram componentes perturbadores que fizeram despertar mais cedo: o dólar subindo, a Bolsa de Valores caindo e a crise na segurança pública do Ceará ameaçando se alastrar e liquidar com o equilíbrio fiscal.

Grupo de deputados federais vai propor à mesa diretora da Câmara a criação de um curso de mediação de conflitos, aberto a políticos e gestores públicos.

Durante as aulas de preparação para candidatos de primeira viagem, os partidos políticos precisam insistir: no mundo civilizado, a Política ainda é o espaço para discussão dos assuntos da cidadania e de interesse da coletividade. Mais: que não seja um jogo de cartas marcadas.

Na distribuição do Fundo Eleitoral, em 2018, uns poucos comeram a polpa e a maioria fica com a casca ou o caroço. Haverá nova ofensiva para terminar com a panelinha nos partidos.

Consultas às assessorias de pré-candidatos de cidades médias e grandes do Estado mostram que os discursos vão se basear no esforço reformista e na prática da austeridade. Com os cofres vazios, não há muito mais a fazer.

DE RELANCE

O sumiço das máscaras
Máscaras de proteção começam a sumir das prateleiras em São Luís. Estão escassas em farmácias da região central da cidade. Leitor conta que percorreu no fim de semana estabelecimentos nas áreas com maior concentração de farmácias na Capital. Onde ainda havia o produto, não foi identificada alteração significativa nos preços. A maioria dos locais aponta dificuldade em conseguir comprar novos carregamentos. A corrida por álcool em gel também impactou no estoque das lojas. Entre quarta-feira e o fim da manhã de ontem, os frascos disponíveis nas lojas dos chamados bairros nobres de São Luís foram vendidos.

Uso de álcool gel
Um dos itens mais utilizados para a higienização das mãos na prevenção do coronavírus, o álcool gel está cercado por dúvidas, como sua real eficiência, a quantidade ideal de aplicações e se há risco de efeito reverso em casos de uso excessivo. Informações falsas sobre o produto têm circulado nas redes sociais, alimentando a desinformação.

Falam os especialistas
Especialistas da área de saúde destacam que não existe número máximo de aplicações para combater o contágio pelo coronavírus e outros semelhantes. O único revés que pode ser percebido com o uso em excesso é o ressecamento das mãos, que podem sofrer fissuras, criando abrigo para bactérias que causam infecções secundárias. – Se a pessoa perceber isso, basta usar um hidratante – orientam. E o usuário deve evitar lavagem ou secagem das mãos após a aplicação do produto.

Moda praia 1930
No final dos chamados “anos loucos”, ou seja, no fim da década de 1920, a Revista do Globo trazia recomendações e sugestões para a moda praia. É o caso das edições de dezembro de 1929 e janeiro de 1930. A publicação advertia: “Para a vida vegetativa das praias, repartida entre os banhos de mar e sol, o repouso sobre a areia e os piqueniques improvisados, é preciso uma moda especial, determinada não somente pelo desejo de comodidade mas também pelas exigências da vida social (...). É preciso que a senhora que vai e vem de sua residência disponha de trajes de dupla designação que lhe permitam adaptar-se em todas as inevitáveis convenções da vida balnearia. O traje de banho propriamente dito deve ser, portanto, completamente dissimulado pelo abrigo, que se pode vestir e despir com inteira facilidade”.

Moda praia… 2
Em outro trecho, a revista registrava: “Agora, o capricho da moda gira em torno de duas combinações mestras: ouro e preto ou ouro e roxo; o ouro reservado para os ornamentos, preto ou roxo como tom fundamental. O motivo dominante como estilização é a serpente. Essa velha companheira de Eva invadiu os grandes magazines sob todas as transfigurações imagináveis (...). Como modelo feminino, a ideia é feliz: a graça sobejante da mulher moderna, esguia, ganha relevo envolta na pele escamosa do vestido... nem admira... a serpente foi a inventora da moda”.

Velhas novidades
Quase ninguém mais fala no assunto, mas milhares de soldados brasileiros estiveram por lá “para garantir a paz e a estabilidade”. A última semana foi de protestos e de ruas bloqueadas por barricadas em Porto Príncipe, capital do Haiti. Os manifestantes pedem a renúncia do presidente. Um quadro que se repete há décadas, com personagens diferentes.

Bolsonaro e o PSL
Em sua passagem pelo PSL, o presidente Bolsonaro não ajudou muito na hora de conquistar novos filiados. O partido tinha pouco mais de 222 mil em janeiro de 2018. Já em abril, um mês após Bolsonaro entrar para a sigla, o número passou para 241.513. O curioso é que a legenda de Luciano Bivar teve um salto de filiados em setembro de 2019 - justamente quando os atritos com o presidente da República começaram a ganhar força - chegando a 354.387. Nem a saída de Bolsonaro causou impacto mais forte no PSL. Em janeiro deste ano, o número de filiados estava em 346.648.

Bolsonaro e o PSL 2
O Aliança pelo Brasil já trabalha com plano B para as eleições municipais, para o caso de não conseguir o registro a tempo junto ao TSE. Integrantes da futura sigla estão conversando com partidos para receber candidatos que queiram concorrer neste ano e que possam migrar para o aliança, quando sair o registro.

Para escrever na pedra:
“Ver muito lucidamente prejudica o sentir demasiado. E os gregos viam muito lucidamente, por isso pouco sentiam. Daí a sua perfeita execução da obra de arte”. De Fernando Pessoa, poeta português.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.