Alyson Lobato, bailarino

Paixão incondicional pela dança e movimento do corpo

Maranhense deixou São Luís em busca do sonho e, hoje, integra o Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Evandro Junior / O Estado MA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Alyson Lobato em cena de espetáculos já apresentados
Alyson Lobato em cena de espetáculos já apresentados

Ele começou a carreira em 2006, depois de entrar para um grupo pequeno de jazz em São Luís, mas que não dispunha de apoio necessário para dar prosseguimento ao trabalho. Depois, o bailarino maranhense Alyson Trindade Lobato, 25 anos, foi matriculado em um projeto social de iniciativa do Balé Olinda Saul, que atua há mais de 30 anos no Maranhão. Daí em diante, se apaixonou por essa arte e nunca mais parou.

“No início, foi complicado compreender os nomes dos passos e até mesmo começar a criar uma consciência corporal de que o balé necessita. Mas, tive professores dedicados que me ajudaram muito no meu desenvolvimento dentro de sala de aula”, conta Alyson Lobato, que hoje integra o Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, como bailarino contratado, depois de muito esforço e dedicação.

O maranhense também faz parte do corpo de baile da comissão de frente da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, sob a direção do coreógrafo Jorge Teixeira. Ele passou meses ensaiando para fazer bonito na avenida e brilhou ao lado dos outros bailarinos. A agremiação foi uma das escolas mais aplaudidas e homenageou a cantora Elza Soares.

“Ensaiamos bastante para fazer bonito e defender a bandeira da nossa escola no sambódromo. Valeu a pena, pois foi um desfile muito bonito e contagiante”, diz.

Alyson Trindade Lobato deixou o Maranhão em 2013, no intuito de dar continuidade aos estudos e se profissionalizar na área. “Vim para o Rio de Janeiro fazer um curso na Cia. Brasileira de Balé, dirigida por Jorge Teixeira, que me convidou a fazer parte da companhia para estudar e trabalhar com eles. Foi um grande aprendizado e me tornei um bailarino profissional. Em 2017, fiz a audição para contratação do Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde venho trabalhando nas montagens e temporadas de apresentações, além de outras coisas”, diz.

Sonho
A rotina do bailarino é intensa no Rio. Ele permanece no teatro das 10h às 16h, dividido entre aulas e ensaios. Mas também dança como bailarino convidado do Ballet Escola Maria Olenewa. “Meu sonho é ser cada vez mais reconhecido pelo meu trabalho, ao qual me dedico bastante. Atualmente, a arte no Brasil está sofrendo muito com questões de verba e até o tratamento dados aos artistas é prejudicado”, ressalta.

No início, foi complicado compreender os nomes dos passos e até mesmo começar a criar uma consciência corporal de que o balé necessita. Mas, tive professores dedicados que me ajudaram muito no meu desenvolvimento dentro de sala de aula”

O bailarino afirma que no Rio de Janeiro não é tão diferente dos outros estados no que diz respeito à valorização do trabalho artístico, em diversas áreas, inclusive na área da dança. “No momento, um dos meus sonhos é que essa fase de turbulências que experimenta a cultura brasileira passe. Ainda tenho muita coisa para fazer e realizar. Entre outras coisas, quero fazer uma audição para me tornar bailarino efetivo do Theatro Municipal do Rio de Janeiro”, afirma.

No currículo, o bailarino maranhense acumula diversas experiências, pois já figurou em várias obras, a maioria no papel principal. Entre os espetáculos, “O Quebra Nozes”, “Noite de Walpurgs”, “Dom Quixote”, “A Flauta Mágica”, “Coppélia”, “O Lago dos Cisnes” e “Giselle” (fazendo o papel principal pela primeira vez, ao lado do Corpo de Baile do Theatro Municipal), entre outros balés e suítes.

Vim para o Rio de Janeiro fazer um curso na Cia. Brasileira de Balé, dirigida por Jorge Teixeira, que me convidou a fazer parte da companhia para estudar e trabalhar com eles. Em 2017, fiz a audição para contratação do Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde venho trabalhando nas montagens e temporadas de apresentações, além de outras coisas”
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