Coronavírus

Coronavírus: OMS eleva risco de "alto" para "muito alto"

Enquanto o surto recua na China, ganha ritmo em outras partes; México, Nigéria, Estônia, Dinamarca, Holanda e Lituânia registraram seus primeiros casos, todos relacionados a viagens para a Itália, o país europeu mais afetado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Homens com máscara de proteção jogam cartas em praça em San Fiorano, na Itália, que é o país europeu mais afetado pelo Coronavírus
Homens com máscara de proteção jogam cartas em praça em San Fiorano, na Itália, que é o país europeu mais afetado pelo Coronavírus (Coronavírus)

GENEBRA - A rápida proliferação do coronavírus aumentou o temor de uma pandemia nesta sexta-feira, depois que seis países relataram seus primeiros casos da doença, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o alerta de risco de disseminação e impacto global para “muito alto”.
As ações de todo o mundo voltaram a despencar, encerrando sua pior semana desde a crise financeira mundial de 2008 e elevando o estrago global a 6 trilhões de dólares.
A esperança de que a epidemia surgida na China no final do ano passado terminaria em meses, e de que a atividade econômica voltaria ao normal rapidamente, foi destroçada.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que sua organização não está subestimando o risco.
“É por isso que dissemos hoje que o risco global é muito alto”, disse ele a repórteres em Genebra. “Nós o elevamos de ‘alto’ para ‘muito alto’”.
O porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, disse que a possibilidade de o coronavírus chegar a muitos ou todos os países “é algo que estamos analisando e sobre o qual estamos alertando há algum tempo”.
A Suíça cerrou as fileiras das nações que estão proibindo grandes eventos para tentar conter a epidemia, cancelando o Salão do Automóvel de Genebra - um dos encontros mais importantes da indústria, que aconteceria na semana que vem.
Tedros disse que a China continental relatou 329 casos novos nas últimas 24 horas, o que representa o menor número em mais de um mês, mas elevou a cifra total para mais de 78.800 casos e quase 2.800 mortes.
As três maiores empresas aéreas chinesas reativaram alguns voos internacionais, e a Semana de Moda de Xangai, inicialmente adiada, acontecerá tal como prevista, mas na internet.
O Brasil foi o primeiro país latino-americano a registrar o vírus, e o México se tornou o segundo. Agora os países que não a China representam cerca de três quartos das novas infecções.

Comunhão
De Jerusalém, as autoridades católicas instruíram seus padres a darem comunhão só com a mão, ao invés de colocar hóstias nas línguas dos fiéis, e a esvaziarem as pias de água benta como precauções contra a disseminação do coronavírus.
O Patriarcado Latino de Jerusalém anunciou as medidas na quinta-feira, pouco após o início da Quaresma, o período de 40 dias que culmina na Páscoa. Milhões de peregrinos frequentam Jerusalém e outras cidades sagradas, como Nazaré e Belém, todos os anos.
O arcebispo Pierbattista Pizzaballa, o administrador apostólico do Vaticano, disse em um comunicado que a Terra Santa tem uma “situação única” por causa de seus muitos visitantes.
As diretrizes incluem “receber a comunhão só com a mão” e evitar “que o fiel receba a comunhão do cálice”.
Na cerimônia da comunhão, os fiéis recebem a hóstia e muitas vezes bebem um gole de vinho, ou mergulham a hóstia no vinho do cálice antes de engoli-la.
Os católicos acreditam que a hóstia e o vinho se tornam o corpo e o sangue de Jesus Cristo depois de serem consagrados por um padre.
O comunicado de Pizzaballa também ofereceu a “sugestão preventiva” de esvaziar as pias de água benta - normalmente feitas de metal ou pedra e muitas vezes instaladas na entrada de uma igreja.

Contaminação no Japão
Em Hokkaido, no norte do Japão, as autoridades suspeitam que algumas pessoas contraíram o novo coronavírus numa feira comercial realizada na província duas semanas atrás.
Na quinta-feira, autoridades informaram que um homem na faixa dos 70 anos tem o vírus e está em estado grave. Ele foi à feira de utilidades domésticas realizada em Kitami, uma cidade na costa do mar de Okhotsk. Eles informaram que cinco outras pessoas que estão com o vírus também estiveram na feira comercial.
Os funcionários suspeitam que o contágio simultâneo pode ter ocorrido no evento, envolvendo um grupo de pessoas maior do que famílias ou colegas de trabalho.
Acredita-se que cerca de 700 pessoas participaram da feira comercial durante três dias, a partir do dia 13 de fevereiro, incluindo o tempo gasto nas preparações. (Informações são da Agência Brasil)l

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