Folia

700 mil pessoas passaram nos circuitos durante o Carnaval em SL

Em cinco dias de folia, foi movimentado um valor aproximado de R$ 35 milhões somente em São Luís, segundo a Secap; Operação "Lei Seca" ocorreu em diversos pontos da Ilha

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Circuitos de Carnaval ficaram lotados durante a folia, totalizando 700 mil pessoas em cinco dias
Circuitos de Carnaval ficaram lotados durante a folia, totalizando 700 mil pessoas em cinco dias (Carnaval)

Em cinco dias de folia, 700 mil pessoas passaram pelos circuitos Beira-Mar, Passarela do Samba, Madre Deus e Rio Bacanga, em São Luís, durante o Carnaval. Na última noite de festa, que aconteceu na terça-feira, 25, esse número foi de 190 mil. No período, houve a movimentação econômica de R$ 35 milhões, somente em São Luís, de acordo com informações da Secretaria de Comunicação Social e Assuntos Políticos (Secap).

Em entrevista à imprensa concedida no Palácio dos Leões, sede do Governo do Estado, o secretário Rodrigo Lago, da Secap, frisou que, a quantidade de foliões ultrapassou a de 2019, cujo público foi de 500 mil. Em cinco dias de festa, 2.500 pessoas trabalharam diretamente nos circuitos, como salientou. Outro informação passada por ele foi que 82,5% da rede hoteleira na capital maranhense ficou ocupada, o que representou uma taxa superior a 9% com relação ao mesmo período do ano passado.

Além disso, mais de 90% da programação nos circuitos foi composta por artistas maranhenses, distribuída em 400 apresentações. “Também não houve ocorrência grave com vítimas nesses locais, devido à presença maciça da polícia”, declarou o secretário Rodrigo Lago.

Crimes violentos
O delegado Jefferson Portela, titular da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP/MA), disse que não houve nenhuma ocorrência de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) nos quatro circuitos. No entanto, aconteceu uma morte nas proximidades do Circuito Beira-Mar, fato ocorrido na madrugada de segunda-feira, 24. A vítima foi identificada como Maria de Fátima Boaes Pinheiro, de 56 anos. Ela não resistiu quando urinava e levou um choque elétrico. Devido ao óbito, um vigia, que não teve o nome revelado, foi preso em flagrante.

De acordo com informações do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), o vigia fez uma ligação elétrica ilegal em um prédio localizado na Rua Parque 15 de Novembro, fora do circuito de Carnaval da Beira-Mar. A edificação, da Junta Comercial, está passando por uma reforma, que é liderada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MA). O órgão contratou uma empresa privada para as obras.

Conforme o Ciops, o vigia trabalha para essa empresa. Ele eletrificou ilegalmente o portão do prédio e também o tapume da obra, que são de zinco, material condutor de corrente elétrica. No momento em que foi preso, o suspeito apresentava sinais de embriaguez alcoólica. Aos policiais, o abordado admitiu que fez a ligação ilegal. O caso está sendo apurado pela Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP).

A vítima não resistiu depois que se abaixou para urinar em frente ao prédio reformado, quando, ao encostar no portão, foi atingida pelo choque elétrico, segundo o Ciops. Equipes do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMA) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), depois de acionados, seguiram ao local, mas nada puderam fazer, pois a mulher já estava morta.

Outras ocorrências
O secretário Jefferson Portela não informou o balanço de furtos e roubos nos circuitos, embora foliões tenham feito reclamações de que houve esses crimes, especialmente, no Circuito Rio Bacanga, o mais novo dentre os demais, devido à iluminação precária, que dificultou a observação dos policiais militares que faziam as rondas. O delegado disse que policiais civis estavam infiltrados no meio da multidão, para detectar a presença de bandidos já cadastrados nos sistemas.

“Esses policiais estavam prontos para agir, com abordagem e indagação, a fim de evitar problemas para quem estava lá para se divertir”, declarou o secretário. Jefferson Portela destacou que foram realizadas buscas veiculares, revistas pessoais e barreiras policiais, com o intuito de garantir a segurança das pessoas.

Lei Seca
Durante o Carnaval, também foi realizada a “Operação Lei Seca”, que ocorreu em diversos pontos da região metropolitana de São Luís. Em cinco dias de ações, foram realizadas 932 abordagens a veículos na capital maranhense, de acordo com informações do Departamento Estadual de Trânsito no Maranhão (Detran/MA). Além disso, segundo o órgão, foram lavrados 43 autos por condução sob influência de álcool. A legislação ficou conhecida pela redução da tolerância no nível de álcool no sangue de quem dirige.

O Detran/MA, que realizou a operação juntamente com o Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPRv), informou que as fiscalizações ocorreram no período de 21 a 25 de fevereiro. Na ocasião, as equipes realizaram as blitzen nas principais avenidas da capital maranhense. O objetivo era reduzir o número de acidentes causados por condutores sob efeito de álcool. No decorrer das abordagens, foram revistados 932 veículos em São Luís.

Além das abordagens e dos autos lavrados, as equipes fizeram 829 testes de etilômetro, com 103 recusas. De acordo com Rositânia de Farias, coordenadora de Educação para o Trânsito do Detran/MA e vice-presidente do Fórum Nacional da Lei Seca, o foco foi diminuir os acidentes e mortes no período carnavalesco, quando o fluxo de veículos é maior. Durante as festas, também aumenta o consumo de bebidas alcoólicas.

Números

700 mil pessoas passaram pelos pelos circuitos durante o Carnaval
2.500 pessoas trabalharam diretamente nos circuitos, em cinco dias de festa
90% da programação foi composta por artistas maranhenses, distribuída em 400 apresentações

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