Religião

Governos aceleram preparativos para enfrentar pandemia de coronavírus

O presidente francês, Emmanuel Macron, classificou o surto como uma "uma epidemia e uma crise que está a caminho"; Austrália toma medidas de emergência e Taiwan reage

Vaticano

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

SYDNEY/SEUL - Governos aceleraram nesta quinta-feira as medidas de combate a uma possível pandemia global de coronavírus, depois que o número de novas infecções fora da China superou pela primeira vez os casos novos no país onde o surto começou.

A Austrália iniciou medidas de emergência, enquanto Taiwan elevou seu nível de reação a epidemias ao grau máximo, um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, colocar seu vice-presidente, Mike Pence, a cargo da reação norte-americana à crise de saúde global que se avizinha.

EUA e Coreia do Sul adiaram um exercício militar conjunto para limitar a disseminação do vírus, que já foi registrado muito além da China, onde surgiu no ano passado, aparentemente em um mercado de animais silvestres da cidade de Wuhan.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse que seu país, que tem 23 casos do vírus, trabalha pensando em uma pandemia e que os hospitais foram ordenados a garantir suprimentos médicos suficientes, equipamento de proteção pessoal e mão de obra.

“Existem todos os sinais de que o mundo entrará em breve em uma fase de pandemia do coronavírus”, disse Morrison em uma coletiva de imprensa em Canberra. “Como resultado, acertamos hoje e iniciamos o... plano de reação de emergência ao coronavírus”.

O presidente francês, Emmanuel Macron, classificou o surto como uma “crise, uma epidemia que está a caminho”.

As ações despencaram ainda mais, os preços do petróleo caíram e os títulos do Tesouro dos EUA quebraram recordes, à medida que mais sinais de proliferação global do vírus aumentavam o temor de uma pandemia.

Os mercados globais recuaram durante seis dias seguidos, perdendo mais de 3,6 bilhões de dólares em valor.

O coronavírus já infectou mais de 80 mil pessoas e matou quase 2.800, a maioria na China. Ainda não se sabe muito sobre o vírus, mas está claro que as ramificações do isolamento da segunda maior economia do mundo durante um mês ou mais são vastas.

A proliferação rápida do vírus em locais diferentes - especialmente Itália, Irã e Coreia do Sul - nos últimos dias cumpriu a definição de pandemia e causou alarme, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) não usou a palavra pandemia para descrever o surto.

Não existe cura para o vírus que pode causar pneumonia, e o desenvolvimento de uma vacina pode levar até 18 meses. O Brasil confirmou a primeira infecção da América Latina na quarta-feira.

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