Emboscada

SHPP investiga execução de sargento da PM, em tocaia no Miritiua

A polícia conseguiu prender dois acusados de envolvimento no crime, mas o autor do disparo não havia sido localizado; outros dois assassinatos ocorreram na Quarta-Feira de Cinzas

Daniel Matos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Policiais militares diante do corpo do sargento no local da execução
Policiais militares diante do corpo do sargento no local da execução (sargento emboscada)

A cúpula da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP) informou que o sargento Washington Ferreira Nogueira, de 52 anos, lotado no 8º Batalhão da Polícia Militar, foi executado com um tiro na nuca na manhã da Quarta-feira de Cinzas, 26, na Região do Miritiua, em São José de Ribamar. Até o final da tarde de ontem, dois acusados haviam sido presos. As incursões policiais continuam na Grande Ilha, com o objetivo de prender o autor do tiro.

O delegado Lúcio Rogério, superintendente da SHPP, declarou, em entrevista à Rádio Mirante AM, que dois suspeitos do assassinato foram presos por uma guarnição da Polícia Militar nas imediações do local onde ocorreu o crime e levados para a sede da superintendência, na Avenida Beira-Mar. Os detidos prestaram esclarecimentos sobre o caso.

Lúcio Rogério ainda informou que em poder dos acusados os militares apreenderam uma bicicleta e uma camisa verde, que teria sido utilizada pelo autor do tiro, que ainda não tinha sido preso. “Os detidos são acusados de terem dado o apoio logístico durante a empreitada criminosa. Ambos usam tornozeleiras eletrônicas, mas, os aparelhos estavam descarregados”, contou o delegado.

Crime

O delegado disse que o militar foi vítima de uma tocaia e, provavelmente, a sua rotina era de conhecimento do acusado. O policial tinha o costume de ir a pé até o local de trabalho, no Araçagi, tendo como percurso a Avenida General Arthur Carvalho até a Avenida São Luís Rei de França.

Nesse trajeto, o acusado chegou a passar de bicicleta pela vítima e, ao retornar, acabou efetuando o tiro na nuca. A vítima morreu ainda no local. “O militar foi baleado quando estava de costas, não teve nenhuma forma de defesa. Em seguida, o suspeito fugiu de bicicleta”, explicou Lúcio Rogério.

A polícia foi comunicada e isolou a área até a chegada dos peritos do Instituto de Criminalística (Icrim). O corpo do militar foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, para ser autopsiado e, na tarde de ontem, foi liberado para os familiares.

Mais assassinatos

Também em São José de Ribamar, ocorreram, ontem, outros dois assassinatos. Um dos crimes aconteceu na Avenida Um do Alto do Turu e teve como vítima Francisco José Nascimento Oliveira, de 29 anos. Segundo a polícia, dois homens participaram do crime e estavam encapuzados. Francisco levou três tiros, um deles na nuca.

A vítima morreu ainda no local e os acusados fugiram em uma motocicleta. A polícia ainda informou que há duas semanas ele tinha sido vítima de uma tentativa de homicídio na mesma localidade. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

No Parque Vitória, João Vitor dos Anjos Freitas, de 24 anos, foi baleado quando estava na porta de sua residência. De acordo com a polícia, o disparo foi efetuado por homem que estava em uma motocicleta preta, na companhia de outro. A dupla fugiu no veículo, que estava sem placa. A vítima foi levada por populares para o Hospital Municipal Clementino Moura, Socorrão II, na Cidade Operária, onde morreu antes de ser submetido a procedimento cirúrgico.

Outro caso

O cabo da Polícia Militar do Pará e morador da cidade de Imperatriz, Weberton Moura Araújo, de 32 anos, foi morto durante um ataque a uma viatura da polícia, no último dia 25, na cidade paraense de Ulianópolis. O sargento José Ribamar Araújo Frazão, de 44 anos, também foi baleado no ombro e ontem continuava internado no hospital do município. Segundo a polícia, ele não corre risco de morte.

Os policiais estavam na viatura realizando uma ronda próximo à delegacia do município quando foram surpreendidos pelos criminosos. Eles atiraram na viatura da polícia e os militares foram baleados. O cabo morreu no local, enquanto o sargento foi levado para o hospital. Logo após, a equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) localizou os suspeitos e houve troca de tiros.

Sete suspeitos desse crime foram presos. A polícia informou que cinco dos acusados morreram em troca de tiros e que entre os presos está uma mulher. Um total de cinco armas foram apreendidas em poder dos criminosos. A investigação está a cargo da Divisão de Homicídios de Agentes Públicos (DHAP), da Polícia Civil do Pará.

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