Estado Maior

Dois pesos...

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

O ano era 2015 e nas redes sociais os deputados e senadores que formavam o Congresso Nacional na época eram classificados de “golpistas”. Várias manifestações foram convocadas para protestar contra as decisões dos parlamentares. Nesse processo todo, o Supremo Tribunal Federal (STF) era alvo também das manifestações.

As redes sociais eram o palco para todo o debate, que durou antes, durante e depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff e também no momento da decisão sobre a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

E em todo esse cenário de crise, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), atuou a favor de Dilma e Lula. Ele não teve a preocupação de colocar a população contra o Congresso Nacional ou de, por numerosas, vezes contestar e desrespeitar a Justiça, afirmando que atos contra a Constituição foram cometidos por ministros, desembargadores, deputados e senadores.

Mas este Flávio Dino de 2015 é bem diferente do atual. Agora, o governador maranhense critica as críticas feitas ao Congresso. Critica quem faz e ainda acusa de crime o presidente da República, Jair Bolsonaro, por divulgação de vídeos convocando manifestação popular contra senadores e deputados.

Polêmica à parte, por mais um ato pouco pensado do presidente, o que fica claro é que com o governador maranhense – que tem o projeto pessoal e político de disputar o Palácio do Planalto – as avaliações sempre terão dois pesos e duas medidas.

… Duas medidas

Flávio Dino não agiu somente nas redes sociais contra o impeachment da então presidente Dilma Rousseff.

O comunista usou o ex-deputado federal Waldir Maranhão – à época vice-presidente da Câmara dos Deputados – para assinar um ato que anulava a sessão que permitiu o processo de impedimento da presidente petista.

Na prisão do ex-presidente Lula, por mais de uma vez, o governador maranhense fez acusações contra o então juiz Sérgio Moro.

Repúdio

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), também manifestou repúdio a um vídeo compartilhado por Bolsonaro de convocação de apoiadores para ato do dia 15 de março.

Ele afirmou que o apoio do presidente às manifestações - que defendem o fechamento do Congresso e do STF -, “é uma clara afronta ao Estado Democrático de Direito”.

“É imperioso que as forças políticas responsáveis e a sociedade se mobilizem e tomem providências”, disse.

Apelo

Othelino também fez um apelo ao presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia (DEM), e do Senado da República, senador Davi Alcolumbre (DEM), por providências contra Bolsonaro.

“O Congresso Nacional, sob as lideranças equilibradas dos presidentes Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, deve impor ao Bolsonaro os limites e as sanções previstas na Constituição Federal”, disse.

Para ele, o presidente atingiu a democracia com o apoio ao movimento.

Deboche

O deputado estadual Yglésio Moises, pré-candidato a prefeito de São Luís, tem se notabilizado na pré-campanha pelo uso da ironia, do deboche e da comédia para contrapor adversários.

E toda vez que faz referência ao adversário dentro do próprio grupo, deputado Duarte Júnior, Yglésio usa a expressão “copiador”, numa referência às denúncias contra o parlamentar de plágio em projetos de lei.

No início da semana, ele compartilhou a informação da morte do criador do (Ctrl C + Ctrl V) Larry Tesler, e aproveitou para provocar o colega: “Vai deixar muita gente órfã por aqui... RIP”.

Sem pânico

O coordenador da bancada maranhense no Congresso Nacional, Juscelino Filho (DEM), usou as redes sociais para afirmar que não “há motivos”, segundo ele, para pânico, com a confirmação do primeiro caso no país do coronavírus.

De acordo com o parlamentar, é necessário que a população reforce as chamadas “medidas preventivas”.

Segundo o deputado federal, o sistema de saúde brasileiro está preparado para deixar a população segura.

De olho

R$ 291,2 milhões é o valor que o Governo do Estado já gastou, em 2020, com a folha de pagamento de pessoal.

Sem conversa

À coluna, o presidente estadual do PRTB, Wellington Luis de Albuquerque, negou qualquer conversa com o deputado estadual Wellington do Curso para filiação do parlamentar no partido.

De acordo com o dirigente do PRTB, houve uma “conversa” com o parlamentar há um mês sobre assuntos gerais.

Ainda segundo com Wellington Luis, na conversa, o deputado tucano disse que estava conversando e aguardando posicionamentos do Aliança pelo Brasil.

E mais

- Enquanto isso, Wellington do Curso ainda sonha com uma pré-candidatura pelo PSDB cada vez mais distante.

- Dirigentes emedebistas ainda aguardam manifestação da ex-governadora Roseana Sarney sobre pré-candidatura.

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