Repercussão

Autoridades nacionais também criticaram presidente da República

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ex-presidente e políticos de diversos partidos além da CNBB se manifestaram sobre vídeos do presidente da República convocando protesto contra o STF e Congresso

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Ministro Celso de Melo também criticou o presidente Jair Bolsonaro
Ministro Celso de Melo também criticou o presidente Jair Bolsonaro (ministro Celso de Melo, do STF)

Brasília

Autoridades nacionais também se manifestaram em relação aos vídeos compartilhados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, nos quais ele convoca a população para ato político contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

O ato provocou reação do decano do Supremo, ministro Celso de Mello. Em nota, ele disse que "essa gravíssima conclamação, se realmente confirmada, revela a face sombria de um presidente da República que desconhece o valor da ordem constitucional, que ignora o sentido fundamental da separação de Poderes, que demonstra uma visão indigna de quem não está à altura do altíssimo cargo que exerce e cujo ato de inequívoca hostilidade aos demais poderes da República traduz gesto de ominoso desapreço e de inaceitável degradação do princípio democrático!!! O presidente da República, qualquer que ele seja, embora possa muito, não pode tudo, pois lhe é vedado, sob pena de incidir em crime de responsabilidade, transgredir a supremacia político-jurídica da Constituição e das leis da República!"

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também criticou Bolsonaro numa rede social. "A ser verdade, como parece, que o próprio PR (presidente da República) tuitou convocando uma manifestação contra o Congresso (a democracia) estamos com uma crise institucional de consequências gravíssimas. Calar seria concordar. Melhor gritar enquanto de tem voz, mesmo no Carnaval, com poucos ouvindo".

Políticos de diversos partidos, como Rede, PT, PSL, PCdoB, PSOL, Cidadania, PDT e MDB, também criticaram Bolsonaro. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou em rede social que “criar tensão institucional não ajuda o País a evoluir. Somos nós, autoridades, que temos de dar o exemplo de respeito às instituições e à ordem constitucional. O Brasil precisa de paz e responsabilidade para progredir. Só a democracia é capaz de absorver sem violência as diferenças da sociedade e unir a Nação pelo diálogo. Acima de tudo e de todos está o respeito às instituições democráticas”.

O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, se manifestou em um evento.
"Existe a corresponsabilidade de cada cidadão e existe a responsabilidade daqueles que pelo voto foram investidos. E dentro disso a democracia é condição indispensável para a preservação da vida em todas suas instâncias. A igreja estará apoiando as iniciativas que preservem a democracia. Qualquer outra, precisaremos ouvir, conhecer e até quem sabe, interpelar".

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.