Violência

Justiça mantém preso vigia acusado de matar mulher eletrocutada

Ele foi submetido ontem a uma audiência de custódia quando foi ouvido pelo juiz Milvan Gedeon Gomes que decidiu converter a sua prisão em preventiva

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Local onde Maria de Fátima morreu ao tocar no portão eletrificado
Local onde Maria de Fátima morreu ao tocar no portão eletrificado (mulher)

SÃO LUÍS - O Poder Judiciário manteve a prisão do vigia, nome não revelado, acusado da morte de Maria de Fátima Boas Pinheiro, de 56 anos. Segundo a polícia, a vítima morreu ao levar um choque elétrico na madrugada de segunda-feira, 24, quando foi urinar em frente ao prédio reformado, na área central da capital.
O acusado foi preso em flagrante e ontem participou da audiência de custódia, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau. Ele foi ouvido pelo juiz platonista Milvan Gedeon Gomes e teve a prisão convertida em preventiva. Em seguida, o vigilante retornou ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas onde vai ficar custodiado.
O caso foi investigado pela Superintendência Estadual de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP). De acordo com a polícia, o vigia fez uma ligação elétrica ilegal em um prédio localizado na Rua Parque 15 de Novembro, fora do circuito de Carnaval da Beira-Mar.
Ainda segundo a polícia, esse prédio é da Junta Comercial e está passando por reforma, que é liderada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/MA). O órgão contratou uma empresa privada para as obras.
O vigia trabalha para essa empresa. Ele eletrificou ilegalmente o portão do prédio e também o tapume da obra, que é zinco, material condutor de corrente elétrica. No momento em que foi preso, o acusado apresentava sinais de embriaguez alcoólica. Aos policiais, o abordado admitiu que fez a ligação ilegal.

Tragédia
A morte de Maria de Fátima foi considerada como tragédia. A polícia informou que a vítima se abaixou para urinar em frente ao prédio reformado, quando, ao encostar no portão, foi atingida pelo choque elétrico. Populares que informaram o caso para o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops).
As equipes do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMA) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), depois de acionados, seguiram ao local, mas nada puderam fazer, pois a vítima já estava sem vida.
O corpo, depois de periciado pelo Instituto de Criminalística de São Luís (Icrim/São Luís), foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e ontem ocorreu o sepultamento no cemitério Parque da Saudade, no Vinhais.

Outros casos
Não foi a primeira vez que alguém morreu eletrocutado no Maranhão por conta de ligação elétrica clandestina. No dia 30 de março de 2016, três meninos com 6, 8 e 11 anos morreram vítimas de descarga elétrica, no município de Bacabal, distante 240 km de São Luís.
No mês de agosto de 2018, ocorreu outra situação, na cidade de Araioses, em um criadouro de peixes. No local, morreram dois garotos de 13 anos, que foram eletrocutados na tarde daquele dia, por volta das 15h30. Francisco das Chagas Bandeira da Costa e Luís Felipe Alves de Sousa encostaram na cerca de arame farpado, que estava energizada, sendo que outro garoto sobreviveu ao choque.
Os três garotos, segundo apurado pela Delegacia de Polícia Civil de Araioses, saíram de suas casas, no bairro Nova Conceição, naquela cidade, para coletar castanhas em um cajueiro em outro local. Depois, retornaram para as residências, onde deixaram as castanhas. Porém, voltaram e passaram pelo viveiro de peixes, para apanhar talos de palmeiras, que seriam utilizados para a construção de gaiolas.
Luís Gabriel, que sobreviveu, disse que, ao encostarem na cerca, não pegaram o choque de imediato, sendo que o dono da propriedade teria ligado a energia após ver os adolescentes no local.

Morte na BR
Uma idosa, de 70 anos, morreu em um grave acidente ocorrido no último dia 24, no KM 127 da BR 402, entre as cidades de Santo Amaro e Humberto de Campos, envolvendo uma caminhonete preta. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o veículo levava equipamentos de som em um reboque e perdeu o controle após um dos pneus do reboque ter estourado.
A idosa sacou do veículo e sofreu várias fraturas pelo corpo. Segundo a PRF, ela morreu ainda no local e as outras quatro vítimas foram levadas para o hospital, em Barreirinhas, mas não correm risco de morte.l

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