Uma ala do Supremo Tribunal Federal (STF), mais crítica à Operação Lava Jato, pretende usar a delação do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) para rever o atual entendimento da Corte que permite que delegados de polícia fechem acordos de colaboração premiada. A delação firmada entre Cabral e a Polícia Federal é contestada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que entrou nesta semana com um recurso no Supremo contra a homologação do acordo.
A corrida por busca de aliados pra coligação nas eleições deste ano em São Luís estão sendo intensificadas. O PSL, partido que terá maior tempo de televisão e rádio na campanha vem sendo procurado pelos pré-candidatos a prefeito da capital. O último a sentar para conversar com o presidente estadual da sigla, vereador Chico Carvalho, foi Duarte Júnior do Republicano, que por meio do vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, tenta fechar uma aliança com a legenda.
Antes de Brandão, estiveram com Carvalho o ex-deputado Rubens Pereira, pai do pré-candidato Rubens Júnior (PCdoB). Antes, ainda quando o presidente Jair Bolsonaro era do PSL, o partido vinha conversando com Eduardo Braide (Podemos).
O deputado Neto Evangelista (DEM) também esteve com Chico Carvalho para tratar sobre uma possível aliança. Sem uma decisão imediata, Evangelista – acompanhado de Juscelino Filho e Weverton Rocha – tentou fechar aliança com o PSL via direção nacional, mas não conseguiu.
Na última quinta-feira, 20, Chico Carvalho recebeu o deputado estadual e pré-candidato do PV, Adriano Sarney, para iniciar o diálogo sobre uma possível aliança. O PSL encerrou a semana reunindo ainda com Carlos Brandão que levou seu pré-candidato, Duarte Júnior, para buscar apoio do partido.
Sobre as conversas com os pré-candidatos, Chico Carvalho tem tido que não há qualquer acordo fechado para as eleições de 2020 em São Luís. Segundo ele, somente após uma reunião da direção estadual é que a escolha deverá ser feita.
Este foi o aval que o presidente nacional do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), deu a Chico Carvalho na última reunião da legenda, em Brasília.
“Não estamos fechando aliança com qualquer dos pré-candidatos. Estamos conversando porque é assim que se faz política. Mas de qualquer forma, a decisão sobre composição ou candidatura própria será feita pela direção estadual do PSL”, afirmou Chico Carvalho.
Candidatura própria
O PSL, antes da crise interna que levou a desfiliação do presidente da República, Jair Bolsonaro, trabalhava para que todas as capitais do Brasil tivesse candidatura própria. Em São Luís, o partido chegou a ter três pré-candidatos: o coronel José Monteiro, o apóstolo Sílvio Antônio e o ex-prefeito de São Luís, Tadeu Palácio.
O primeiro chegou a fazer por conta própria o lançamento de sua pré-candidatura, no entanto, deixou a sigla após a saída de Bolsonaro. Já Tadeu Palácio, nunca se posicionou sobre se aceitar ser ou não candidato a prefeito pelo partido.
Com isso, o presidente estadual da legenda iniciou uma série de diálogos com outros pré-candidatos.
Mais alianças
Não é somente o PSL que vem sendo procurado para fechar coligações na disputa pelo Palácio de La Ravàdiere. O PCdoB de Rubens Júnior sentou para conversar com o PP, do deputado André Fufuca. Antes, o comunista sentou também como o PT.
Em qualquer das ocasiões, Rubens Júnior conseguiu fechar acordo para sua pré-candidatura.
O DEM de Neto Evangelista caminha para formar chapa com o PDT do senador Weverton Rocha. As conversas estão adiantadas e os pedetistas devem indicar o vice na chapa do democrata.
O Podemos de Eduardo Braide conseguiu anunciar o apoio do PSD e PMN a sua pré-candidatura. O pré-candidato ainda mantém conversas com PSL e também com o PSDB, do senador Roberto Rocha.
Nos bastidores, as conversas são de que Rocha quer indicar o vice de Braide, espaço que vem sendo conversado com lideranças da igreja Assembleia de Deus, por meio do deputado federal, Pastor Gildenemyr (PL).
O apoio que Eduardo Braide deverá não ter mais é do PL, que vinha desde o ano passado dado como certo na chapa do pré-candidato do Podemos. No entanto, pela demora na decisão de abrir o espaço de vice para o PL, o presidente estadual do partido Josimar de Maranhãozinho decidiu então lançar a esposa, a deputada estadual Detinha, que logo recebeu o apoio do Avante e Patriota. O primeiro partido é de Maranhãozinho já que ele indicou a presidente. A segunda legenda é do deputado federal Marreca Filho, aliado fiel de Josimar.
Propaganda: tempo de televisão é atrativo de partidos
Desde o início deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já definiu os percentuais de tempo de propaganda gratuita no rádio e TV a que cada partido terá direito no ano que vem. A distribuição leva em conta o resultado das últimas eleições gerais, em 2018.
O critério é o mesmo que define o acesso aos recursos do Fundo Partidário, e determina que os protagonistas do segundo turno da eleição do ano passado, PSL e PT, ficam com as maiores parcelas: o PSL terá 12,81% do tempo, e o PT, 11,32%.
Seguem-se o PSDB, com 6,6%, PSD, 6,43%; PP, 6,12%; PSB, 6,02%; MDB, 6,08%; PR, 5,84%; PRB, 5,58%; DEM, 5,12%; PDT, 5,08%; PSOL, 3,11%; NOVO, 3,07%; PODE, 2,51%; PROS, 2,28%; PTB, 2,26%; SD, 2,18%; Avante, 2,06%; PPS, 1,78%; PSC, 1,97%; e PV 1,78%.
Com isso e também com a saída de Bolsonaro do PSL, o partido se tornou um dos mais cobiçados entre os pré-candidatos.
Cogitado
Além do PSL, o PT também é buscado. No entanto, alas da legenda estão trabalhando para que o PT tenha candidatura própria. Outra possibilidade é a composição com o PSOL de Franklin Douglas e o PSB de Bira do Pindaré.
O partido do ex-presidente Lula, em São Luís, já tem agenda da direção municipal para tratar sobre o pleito deste ano. Na primeira semana do mês de março, os petistas de São Luís começarão o debate sobre as eleições municipais.
Para candidatura própria, o PT tem os deputados Zé Carlos e Zé Inácio, o vereador da capital, Honorato Fernandes e o presidente da Agência Estadual de Mobilidade Urbana (MOB), Lawrence Melo.
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