Feminicídio

Justiça manteve a prisão de acusado de matar a namorada em hotel

O criminoso foi submetido a audiência de custódia, no fórum do Calhau, e vai continuar preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Allef Gonçalves Araújo teve prisão mantida pela Justiça
Allef Gonçalves Araújo teve prisão mantida pela Justiça (Allef)

SÃO LUÍS - O Poder Judiciário manteve a prisão do paulista de Guarulhos, Allef Gonçalves Araújo, de 24 anos, acusado de ter assassinado a maranhense Jessimara Cristian Marques Pacheco, de 24 anos. Segundo a polícia, a jovem foi encontrada morta com sinais de estrangulamento, no último dia 7, no banheiro de um hotel, localizado no bairro do São Cristóvão.

O criminoso foi submetido na manhã de segunda-feira, 17, a audiência de custódia, ocorrida no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau. A juíza da Central de Inquérito, Joelma Sousa, manteve a prisão do acusado e deve permanecer no Complexo Penitenciário de Pedrinhas à disposição da Justiça.

Alleff Gonçalves foi preso na noite de quinta-feira, 13, em um shopping, localizado na capital, em cumprimento de ordem judicial pela equipe Departamento de Feminicídio, coordenado pela delegada Viviane Fontenelle. Ele declarou, em depoimento, que não tinha a intenção de assassinar a namorada, Jessimara Marques, mas, queria deixá-la desacorda, porque não o deixava cometer suicídio.

Namoro

A delegada informou que Allef residia na cidade paulista de Guarulhos e que conheceu a maranhense por meio de um jogo da internet, denominado Perfect World, há quatro anos. Eles, então, começaram a manter uma relação amorosa utilizando a rede social e mensagens de aplicativo.

No dia 10 de janeiro deste ano, Allef veio para São Luís, sem informar a seus parentes. A família até mesmo chegou a registrar um boletim de ocorrência na delegacia da Polícia Civil de São Paulo, alegando o desaparecimento do jovem. Em São Luís, o casal ficou hospedado em três hotéis, em bairros diferentes.

Ainda segundo o delegado, em um deles, Allef chegou a ligar para o pai da vítima, alegando que Jessimara Marques precisava de ajuda, mas era apenas uma forma de atrair os familiares dela para pagar as despesas do hotel.

No dia do crime, ele foi até a gerente do hotel, no São Cristóvão, e queria deixar a chave do quarto, mas avisou que Jessimara ficaria trancada. No período da tarde, os funcionários acabaram encontrando a maranhense morta com sinais de violência e acionaram primeiramente os policiais militares.

Aceitação

O Poder Judiciário também aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público alegando que o soldado da Polícia Militar, Carlos Eduardo Nunes Pereira, de 30 anos, é o principal acusado de ter assassinado a tiros a ex-companheira, Bruna Lícia Fonseca Pereira, de 23 anos, e o suposto amante dela, José William dos Santos Silva, de 24 anos. O crime ocorreu no dia 25 do mês passado, no apartamento de Bruna Lícia, no Vicente Fialho.

O militar foi acusado de feminicídio e homicídio doloso. O processo foi distribuído por meio de sorteio e caiu na 4ª Vara do Tribunal do Júri, que tem como juiz titular José Ribamar Gourlat Heley Júnior. O magistrado também deferiu o pedido da Polícia Militar autorizando o soldado Carlos Eduardo de participar de todos os procedimentos necessários a apuração do processo administrativo instaurado pelo comando da polícia.

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