Editorial

Usar camisinha e ficar protegido

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

A prevenção é importante em qualquer momento da vida. O uso do preservativo, conhecido popularmente como camisinha, é um dos mais eficientes métodos de prevenção a doenças, especialmente as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), ou mesmo uma gravidez indesejada ou não planejada.

Mas não é o que pensa a juventude brasileira. Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), publicada pelo Ministério da Saúde em 2016, revela que 36% dos jovens brasileiros, com idade entre 15 e 24 anos, não usam camisinha durante as relações sexuais.

Enquanto o número de pessoas infectadas pelo HIV no Brasil aumentou em 21% nos últimos 10 anos, a percentagem de aumento de casos da doença, no mesmo período, entre jovens com idade de 15 a 24 anos, foi de 85%.

No momento em que o uso da camisinha deixou de ser uma prática constante entre os jovens, se abre uma porta para o aumento de casos das Infecções Sexualmente Transmissíveis, tais como sífilis, infecção pelo HTLV herpes genital, cancro mole (cancroide), gonorreia e infecção por clamídia, tricomoníase, hepatites virais, HIV/Aids, entre outras.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias, um milhão de novos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis são contabilizados no mundo. Muitas delas silenciosas, que podem ficar meses, ou até anos, sem apresentarem sinais e sintomas.

As ISTs são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as ISTs também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.

Portanto, as pessoas devem se conscientizar que ter uma relação sexual desprotegida pode resultar em se contrair uma IST. Não importa a idade, estado civil, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião, todos estão propensos a ser infectados.

Agora, então, no período carnavalesco, quando as pessoas estão mais propensas a se descuidar, principalmente após ingerir bebida alcoólica, o uso da camisinha entre os parceiros é primordial. De certo que o período é de alegria, de cair na folia, mas não se pode brincar com coisa séria.

No momento em que o folião e também o não folião, não busca se proteger com a camisinha, assume o risco de contrair uma série de doenças graves. Deve-se observar que liberdade não deve ser confundida com promiscuidade. E mais ainda, não se pode ter a mentalidade de achar que “essas coisas não acontecem comigo”, pois qualquer pessoa está sujeita a se contaminar.

O Ministério da Saúde já começou a distribuir 128,6 milhões de preservativos. Até o início do Carnaval todos os estados do país estarão abastecidos. São 125,1 milhões de camisinhas masculinas e 3,4 milhões femininas, além de 8,9 milhões de unidades de gel lubrificante.

Assim, o folião já pode ir até uma unidade de saúde mais próxima de casa para receber o preservativo e brincar protegido.

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