Dezenas de crianças e adolescentes deixaram de lado as festas de prévia carnavalesca, ocorridas em vários pontos da Grande Ilha, no fim de semana, para participarem das ações desenvolvidas no projeto social “Instituto Meninos de Deus”. O projeto está localizado na sede da 3ª Companhia, do 6º Batalhão da Polícia Militar, no bairro da Cidade Olímpica.

No último sábado, eles estavam uniformizados no Instituto Meninos de Deus. Uma delas era Larieny dos Santos, de 15 anos. Ela é uma das monitoras do projeto, que também é conhecido como Brigada Mirim. A brigadista declarou que, no momento, atua como monitora e no projeto já aprendeu vários conhecimentos que vai levar para toda a sua vida. Um deles é a responsabilidade e o respeito com os pais. “Na brigada, temos normas e devemos obedecer, então, porque não levar isso para dentro da nossa casa”, indagou a adolescente.

Ela ainda disse que no projeto teve a oportunidade de conhecer a palavra de Deus. “Aqui, temos vários ensinamentos, inclusive, lições bíblicas. Hoje, posso dizer que aprendi um pouco da palavra de Jesus e posso repassar esse ensinamento ao meu próximo”, contou a brigadista.

Adriano Pereira, de 15 anos, também brigadista, refletiu que o mundo de hoje está muito violento e que durante o período festivo existe uma grande possibilidade de aumentar ainda mais os casos de morte, sendo mais vantagem os jovens procurarem um local seguro e que possam adquirir conhecimento. “No projeto, eu tenho aula de violão e aprendo a ser mais responsável com as minhas obrigações de filho”, ressaltou Adriano Pereira.

Já Cledson Cardoso declarou que no projeto consegue tirar as dúvidas das aulas da escola. “Caso a minha mãe fosse pagar um reforço escolar para mim seria caro, pois, na brigada, tenho aula de graça e com professores voluntários”, explicou o brigadista.

Instituto

Ivonete Rodrigues, coordenadora do projeto, informou que o presidente do instituto é o sargento da Polícia Militar, Marherbeth Ferreira, e conta com o apoio do serviço voluntário. No momento, possui mais de 200 crianças e adolescentes, sendo que a maioria, reside em uma área em que existe a presença de facções criminosas e pontos de venda de entorpecentes.

Ainda de acordo com Ivonete Rodrigues, o projeto oferece para a comunidade vários serviços gratuitos como reforço escolar, noções de primeiro socorro, lição bíblica como também aulas de violão, dança e futebol de campo.

Ela também disse que no decorrer das atividades é oferecido café da manhã, lanche e até mesmo almoço. “Contamos apenas com o apoio dos pais dos brigadistas e a adoção dos parceiros da comunidade para ser realizado esse trabalho”, afirmou a coordenadora do instituto.

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