Estado Maior

Contingenciamento

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

O governador Flávio Dino (PCdoB) estuda o contingenciamento do Orçamento do Estado em 2020 em cerca de 30%. Foi o que revelou o próprio comunista em entrevista à Revista Veja publicada ontem e que atestou o aumento gigantesco do desemprego e da miséria no Maranhão.

De acordo com a Veja, a medida é uma das prioridades de Flávio Dino para que, com o bloqueio de 30% do orçamento de R$ 19,9 bilhões, o estado consiga retomar o selo de bom pagador do Tesouro Nacional e voltar a ter acesso a crédito da União.

Caso o comunista efetive a ideia, esta será a segunda vez que ele contingenciará o orçamento estadual. No exercício financeiro de 2016, o governador efetuou um corte de R$ 100 milhões em contratos do governo com terceirizadas e prestadoras de serviços – ficaram de fora apenas Educação e Segurança Pública – e bloqueou 30% do orçamento do custeio da máquina.

Naquela ocasião, ao anunciar as medidas, Dino relatou baixa de receitas oriundas de transferências federais, a exemplo do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

Mas, vale ressaltar, Dino é o responsável direto pelo inchaço da máquina pública, pelo aumento da dívida do estado junto ao Tesouro, pelo aumento de gastos com publicidade e pelo rombo na Previdência Estadual.

O contingenciamento que novamente aparece como “solução” é um arremedo que pouca efetividade terá a longo prazo.

Miserável

Depois de o Valor Econômico ter destacado o aumento da extrema pobreza no Maranhão, sob a gestão Flávio Dino, foi a vez da Revista Veja estampar o marcador comunista no estado.

Quem revelou o aumento da miséria no Maranhão foi o IBGE, em levantamento divulgado em 2018.

O Tendências Consultoria também apresentou o mesmo dado. E restou a Dino admitir o cenário.

Consórcio

O Palácio dos Leões prepara um verdadeiro consórcio para a disputa das eleições municipais em São Luís contra os candidatos de oposição.

Para derrotar Eduardo Braide, que até então lidera as pesquisas de intenções de votos registradas na Justiça Eleitoral, o grupo de Dino prepara pelo menos seis pré-candidaturas.

Além de Rubens Júnior, atuam na disputa pelo grupo dinista Duarte Júnior; Neto Evangelista; Yglésio Moises; Bira do Pindaré e Carlos Madeira.

Vai aumentar?

O consórcio do Palácio dos Leões ainda pode aumentar. Isso porque, além dos seis pré-candidatos, pelo menos outras três legendas podem entrar na disputa.

Tratam-se de PT, PTB e Cidadania. O primeiro aguarda a sinalização do próprio Flávio Dino quanto à composição municipal.

PTB sugeriu Pedro Lucas Fernandes, que ainda não se deu por convencido para entrar no debate. E o Cidadania é articulado por Eliziane Gama, que também busca espaços no cenário.

Menos o PCdoB

O presidente estadual do PSD, deputado Edilázio Júnior, afirmou ontem, em entrevista ao jornalista Roberto Fernandes, da Mirante AM, que a sigla atuará com protagonismo nas eleições de São Luís.

Edilázio afirmou que, exceto o PCdoB e Bira do Pindaré, o PSD está aberto a manter conversas com pré-candidatos para a construção de um projeto para o pleito de outubro.

“Nós temos excelentes conversas com todos os partidos. Eu só tenho porta fechada para o PCdoB e para o deputado Bira do Pindaré, por questões ideológicas. Com os demais eu tenho conversado”, disse.

Ele, não

Quem também descarta o PCdoB, numa construção de uma possível frente de esquerda, em São Luís, é o dirigente municipal do PSOL, Franklin Douglas.

Ele lembrou que o partido votou favorável ao Acordo de Salvaguardas Tecnológicas entre Brasil e Estados Unidos para uso do Centro de Lançamento de Alcântara e das alianças de Dino para chegar ao poder.

Franklin Douglas afirmou que o PCdoB não representa a esquerda no Maranhão.

De Olho

R$ 806.135,40 foi o valor gasto com a reforma da escola estadual Centro de Ensino General Artur Carvalho

Só a luta

Quem ainda não se movimentou para a disputa das eleições municipais é partido de ultraesquerda PSTU.

A legenda enfrentou recentemente uma grave crise interna, com a saída de filiados históricos e o enfraquecimento das direções municipal e estadual.

O PSTU é outro que enfrenta duras críticas por parte da direção do PSOL. Em recente entrevista, Franklin Douglas afirmou que a sigla não dialoga com a sociedade.

E Mais

- Edivaldo Holanda Júnior não conseguiu se posicionar como protagonista entre os pré-candidatos do grupo que disputam a sucessão municipal.

- A direção do PT ainda não definiu como se posicionará na eleição municipal de São Luís; uma ala defende candidatura própria, outra quer apoio ao candidato de Dino.

- O vereador Astro de Ogum parece estar “decidido” a ingressar nas fileiras do PCdoB para as eleições municipais.

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