O ex-técnico Leandro Campos disse com exclusividade a O Estado que a decisão da diretoria do Moto Club de demiti-lo foi considerada precipitada. Ele deu detalhes acerca da sua saída, afirmou que o elenco precisava de reforços e atestou que a diretoria cumpriu com todas as obrigações financeiras da rescisão de contrato.

Questionando sobre quando soube da demissão, Leandro Campos disse que o comunicado oficial foi feito no domingo, 9, um dia após a partida entre Moto Club e São José, quando o rubro-negro empatou com o então lanterna do campeonato por 0 a 0. “Soube somente no domingo. As causas, até o momento, eu ainda não sei”, disse.

Leandro Campos disse ainda que seu contrato iria até o final do atual Campeonato Maranhense e que, após a competição, ele e a diretoria se reuniram para uma possível extensão de contrato. “O contrato era até o Maranhense. Em relação à Série D, ficou acertado que depois conversaríamos”, afirmou.

O profissional afastou as especulações de que sua saída estaria relacionada à possível insatisfação quanto à demora na inscrição de atletas. Leandro Campos não utilizou, por exemplo, o atacante Luan, contratado pelo Moto para esta temporada após passagem pelo futebol japonês. “Não, não foi por causa disso”, afirmou.

O ex-técnico disse que ficou surpreso com sua saída. “Não questionei nenhum membro da diretoria para saber as causas. Simplesmente aceitei. Acho que foi precipitada a decisão”, afirmou. Leandro Campos, ao ser questionado sobre o seu trabalho, disse que era necessário corrigir o sistema ofensivo. “O Moto Clube precisa somente de atacantes. Infelizmente não tínhamos definidores. O jogo contra São José mostrou isso nitidamente”, afirmou.

Na partida contra o time balneário, Leandro Campos escalou, no trio de ataque, os jogadores Júnior Batata, Dudu e Jeorge Hamilton. Destes, dois foram dispensados (Júnior Batata e Dudu) juntamente com o técnico.

Apesar da surpresa e insatisfação com a demissão, o ex-técnico do Moto fez questão de dizer que não guarda qualquer rancor da direção. “Não guardo mágoas pela decisão da diretoria. Vida que segue”, finalizou.

No domingo, 9, ao justificar por meio de nota a demissão de Leandro Campos, a diretoria motense disse que, apesar dos resultados (o time ainda está invicto na atual temporada), foi analisado que “o modelo de jogo e forma de trabalho não eram compatíveis com as necessidades do clube na atualidade”.

A direção informou ainda que a comissão técnica se dedicou bastante ao clube. Sobre o posicionamento de Leandro Campos acerca da demissão, até o fechamento desta edição, a diretoria do Moto não emitiu parecer.

Até o momento, a diretoria mantém a postura de apoiar o auxiliar técnico fixo do rubro-negro, Dejair Ferreira. Ele comandou os treinos da semana e passa a esboçar o time que enfrentará, no próximo dia 20 (quinta-feira), o Cordino pelo Campeonato Maranhense.

NOTA DO MOTO CLUB DIVULGADA NO DIA 9

A diretoria vem por meio desta nota oficial informar que o técnico Leandro Campos não seguirá mais no comando do Moto Club para a temporada 2020. Apesar dos resultados, a diretoria motense analisou e entendeu que o modelo de jogo e forma de trabalho não são compatíveis com o que o Moto Club precisa na atualidade.

O Moto Club agradece o trabalho e a dedicação prestada até aqui, mas tanto o clube quanto o técnico seguirão caminhos diferentes. A diretoria também decidiu que alguns jogadores não farão mais parte do elenco para o restante da temporada, são eles: Jr Batata, Romário Guedes, Daniel Abalém e Dudu Beberibe.

É de se ressaltar que todos os profissionais citados se dedicaram bastante ao Moto Club.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.