Condenação

Bardal perde cargo de delegado e ainda é condenado pela Justiça

O ex-delegado é acusado de integrar um bando de contrabandista, e de praticar crime de extorsão, prevaricação e apropriação indevida

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Ex-delegado Tiago Bardal que perdeu o cargo e foi condenado
Ex-delegado Tiago Bardal que perdeu o cargo e foi condenado (Bardal)

SÃO LUÍS - O ex-superintendente de Investigações Criminais (Seic), Tiago Bardal, perdeu o cargo de delegado da Polícia Civil do Maranhão determinado pelo juiz da 3ª Vara Criminal de São Luís, Francisco Ferreira de Lima. Ele ainda foi condenado a dois anos de reclusão e três meses de detenção por crimes de apropriação indevida e prevaricação.

Bardal foi preso primeiramente em fevereiro de 2018, suspeito de integrar um bando internacional de contrabandistas. Após três meses foi posto em liberdade, mas voltou a ser detido em novembro do ano passado acusado de extorquir dinheiro de assaltantes de bancos no Maranhão e em outros estados.

O Poder Judiciário converteu a pena privativa de liberdade de Bardal em restritiva de direitos e obedecendo aos requisitos legais do artigo 44 do Código Penal. “Considerando que o réu respondeu ao processo em liberdade, deixo de decretar a sua prisão preventiva, uma vez que o mesmo não criou embaraço à instrução processual, além de ter recebido pena diminuta”, frisa o documento.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, no dia 1º de março de 2018, uma delegada de Polícia Civil, que assumiu o cargo de superintendente da Seic, teria encontrado documentos que indicavam prática delitiva cometida por Bardal. O delegado-geral da Polícia Civil verificou um procedimento policial originado da prisão em flagrante de Egildo Silva Campos, o Diabo Louro, ocorrida em 21 de dezembro de 2016, em Viana, acusado de contrabando. Em poder dele, a polícia aprendeu um total de 43 caixas de cigarros, avaliadas em R$ 273 mil.

O Ministério Público frisa, ainda, que nada foi encontrado na Seic, que pudesse indicar que o procedimento tivesse sido concluído ou encaminhado a outra autoridade policial para prosseguimento, além de não ter sido encontrada a mercadoria apreendida. Ouvido pela polícia, o delegado regional de Viana confirmou que, em meados de dezembro de 2016, recebeu um telefonema de Bardal.

No telefonema, Bardal informou que havia sido feita a condução, pela Polícia Militar, para a Delegacia Regional de Viana, de um indivíduo, Diabo Louro, para não tomar qualquer providência, pois poderia prejudicar a investigação de outro caso mais complexo, supostamente presidido pelo acusado, denominado Ação Controlada.

Perda

Bardal já tinha sido expulso da Polícia Civil, no mês de abril do ano passado, pelo Conselho da Polícia Civil, órgão da Secretaria de Segurança Pública. Em março de 2018, ele foi exonerado da função de superintendente da Seic e preso. O secretário de Segurança Pública, delegado Jefferson Portela, informou que Bardal perdeu o cargo devido a acusação de fazer parte de um bando internacional de contrabandistas. Em fevereiro de 2018, a polícia fez uma operação em um porto clandestino no povoado Quebra Pote, zona rural da capital, prendeu criminosos e apreendeu uma carga ilegal de armas, bebidas alcoólicas e cigarros.

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