Coronavírus

China adota novas medidas para lidar com coronavírus

Total de mortos na China continental sobe para 1.113; segundo o governo chinês, foram 97 nas últimas 24 horas

Agência Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

PEQUIM - Autoridades chinesas estão adotando novas medidas para tentar interromper o alastramento do novo coronavírus. O surto já matou 1.113 pessoas e infectou 44.653 na China continental. Já empresas e estabelecimentos comerciais tentam se recuperar após a extensão do feriadão de Ano-Novo Lunar.

Trabalhadores espalham desinfetante ao longo das vias de transporte público, em meio às pessoas que retornam ao trabalho.

Firmas situadas fora da província de Hubei recebem permissão para reabrir, desde que adotem medidas preventivas.

Ao mesmo tempo, duas cidades no sul da China anunciaram novos planos para lidar com o surto, incluindo o possível confisco de propriedades particulares. Não está claro como os terrenos seriam utilizados, mas declarações dão a entender que seriam para esforços de prevenção.

Guangdong, onde as cidades em questão estão localizadas, é uma das províncias com o maior número de infecções confirmadas fora de Hubei.

Fora da China continental, o vírus já infectou 516 pessoas em mais de duas dezenas de países e territórios. Duas pessoas morreram: uma nas Filipinas e outra em Hong Kong.

Aumento

O número de mortos na China continental devido ao novo coronavírus aumentou para 1.113, informou ontem, 12, a Comissão Nacional de Saúde.

Segundo autoridades de saúde de Pequim, o total de mortos nas últimas 24 horas é de 97.

O número total de casos confirmados é de 44.653, dos quais 2.015 foram confirmados nas últimas 24 horas em território continental chinês.

As autoridades acrescentaram ainda que 451.462 pacientes foram acompanhados por terem tido contato próximo com os infectados, dos quais 185.037 ainda estão sob observação.

O balanço ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que, entre 2002 e 2003, matou 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.

O novo vírus, que provocou um morto em Hong Kong e outro nas Filipinas, afeta também o território de Macau (com nove casos) e mais de duas dezenas de países, onde os casos de contágio superam os 350.

A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da saúde dos países da União Europeia para hoje, 13, em Bruxelas, enquanto a Organização Mundial de Saúde enviou uma equipe de especialistas para a China visando acompanhar a evolução dos últimos casos.

Histórico

Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos. Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio que foi chamada de Mers.

A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da Organização Mundial de Saúde (OMS) na China buscava respostas para casos de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida que afetava moradores na cidade de Wuhan. No dia 11 de janeiro foi apontado um mercado de frutos do mar como o local de origem da transmissão. O espaço foi fechado pelo governo chinês.

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