Gás Naturtal Liquefeito

Cabotagem de GNL no Maranhão deverá começar em outubro

Empresa Golar Power Latam terá navio com capacidade equivalente a 4,5 milhões de m³ de gás natural operando no Porto de Itaqui

Carlos Vasconcellos/Do site Brasil Energia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Vice-presidente da Golar Power Latam, Marcelo Rodrigues, fala de como será a operação de GLN no Maranhão
Vice-presidente da Golar Power Latam, Marcelo Rodrigues, fala de como será a operação de GLN no Maranhão (golar)

A operação de cabotagem da Golar Power no Porto de Itaqui, no Maranhão, deve começar em outubro deste ano. A empresa já encomendou um navio com capacidade para 7,5 mil m³ de GNL, o equivalente a uma carga de 4,5 milhões de m³ de gás natural em estado gasoso. O gás será transportado desde Sergipe, onde a Golar possui uma unidade de regaseificação para atender a UTE de Porto Sergipe, em Barra dos Coqueiros.

A operação maranhense inaugura a estratégia de distribuição da Golar via navegação de cabotagem. Inicialmente, a empresa pode oferecer até 14 milhões de m³/dia no mercado, excedentes do Terminal de GNL de Sergipe.

O vice-presidente da Golar Power Latam, Marcelo Rodrigues, conversou com Brasil Energia, sobre a operação de distribuição de GNL no Maranhão e sobre a estratégia da companhia no Brasil. “Acredito que o GNL seja a molécula da transição energética, não apenas no Brasil, mas no mundo”, afirma o executivo. Veja abaixo os principais trechos da entrevista do executivo.

Como será distribuído o gás no Maranhão?

Temos uma parceria com o governo do estado e com a Gasmar, que pretendem investir em gasodutos. Inicialmente, vamos descarregar o GNL em Itaqui, para transportar o produto por caminhão até unidades gaseificadoras de pequeno porte e postos de GNV.

Há possibilidade de ampliar a operação em Itaqui no futuro?

Sim. Obviamente, isso dependeria do aumento da demanda, que poderia estar ancorada em algum projeto de geração térmica a gás, como acontece com nosso terminal em Sergipe, e com o projeto de Barcarena (onde a empresa vai instalar uma FSRU para atender a UTE Nova Barcarena) e em Santa Catarina, onde já há um projeto licenciado para uma usina, que seria associada ao Terminal de Barbitonga.

Há interesse da Golar no arrendamento dos terminais de GNL da Petrobras?

Os terminais podem interessar, dependendo da localização. Temos navios regaseificadores e poderíamos ancorar nesses portos, mas tudo dependeria das condições do negócio, especialmente no aspecto regulatório, no acesso à malha de gasodutos e na capacidade disponível. Estamos de olho na evolução do mercado.

O fornecimento do Terminal de Sergipe foi contratado com a Exxon. Quem será o fornecedor em Barcarena?

Ainda não. Temos de fechar todas as pontas do projeto primeiro.

Como avalia o ritmo de abertura do mercado brasileiro de gás natural?

Acho que está em linha com o que se esperava. Não dá para fazer mudanças tão profundas em poucos meses. Esperamos que alguns entraves sejam resolvidos até o final de 2020, com uma regulação mais bem definida e melhores condições de negócio, a partir daí, o mercado se desenvolve.

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