Cinco pessoas foram assassinadas por arma de fogo em um intervalo de menos de sete dias na Grande Ilha e, segundo a polícia, a maioria dos casos teve a participação de integrante de facção criminosa. Um dos últimos casos ocorreu durante a manhã de sexta-feira, 7, nas proximidades da Prefeitura da cidade de Raposa e do quartel da Polícia Militar, e teve como vítima Benilson Nascimento dos Santos, de 34 anos.
O crime ocorreu em plena luz do dia e uma das vias da cidade onde há um fluxo de veículos e transeuntes. A polícia informou que a vítima foi alvejada quando estava atravessando a rua e morreu ainda no local. Havia várias cápsulas de bala ao lado do corpo e o local foi isolado pelos policiais militares até a chegada dos peritos do Instituto de Criminalística (Icrim).
O corpo da vítima foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, para ser autopsiado e, somente no final da tarde, liberado para os familiares. O resultado dos exames periciais serão encaminhados para a Polícia Civil, que está investigando o assassinato.
Moradores disseram para a polícia que a vítima estava sendo seguida há alguns dias e há informações de que dois homens, não identificados, participaram dessa empreitada criminosa e fugiram em uma motocicleta Bros branca, de placa não identificada. Próximo onde ocorreu o homicídio há câmeras e estão apontadas para baixo, ms, as imagens serão analisadas pela polícia. A motivação não foi revelada.
Sem identificação
Até o período da tarde de sexta-feira, 7, o homem, que havia sido morto, em Tajaçuaba, zona rural da capital, estava sem identificação no IML e, de acordo com a polícia, os familiares não tinham comparecido à sede da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP), na Beira-Mar.
A polícia também informou que o corpo da vítima foi achado por populares durante a noite de quinta-feira, 7, e apresentava marcas de tiros, inclusive, na cabeça. Os moradores disseram aos militares que a vítima não residia na localidade.
Investigação
Ainda na sexta-feira, 7, a polícia estava trabalhando para identificar os autores de dois assassinatos ocorridos no último dia 5, na capital. Segundo a polícia, Raimundo Julian Lima Medeiros, o Xéu, de 32 anos, foi baleado e morto quando transitava pela Avenida Luiz Rocha, na Liberdade. Um dos tiros atingiu a cabeça da vítima.
Há informações de que os suspeitos dessa execução fazem parte de uma facção criminosa, mas a polícia está investigando o caso. Os moradores não falaram sobre o assunto com receio de sofrer algum tipo de represália por parte dos faccionados.
A polícia também está apurando a morte de Izaquiel de Sousa Rocha, de 24 anos. O corpo da vítima foi encontrado nas proximidades da estrada de ferro, na Estiva. Os peritos do Icrim constataram marcas de tiros na cabeça e uma perfuração de arma branca no tórax. A motivação desse crime não foi revelada pela polícia.
Faccionados
Faccionados instalaram o clima de pânico durante a noite do último dia 2, na Vila Roseana Sarney, em São José de Ribamar, e resultou na morte de Rogério Maciel Silva, de 32 anos. De acordo com a polícia, os criminosos fizeram um arrastão nessa localidade e estavam à procura de Rogério Silva. A maioria deles portava arma de fogo.
Eles chegaram até a invadir com arma de fogo em punho três residências. A vítima levou um tiro no tórax e na cabeça e faleceu no local. Enquanto os acusados tomaram rumo ignorado. O caso está sendo investigado pela equipe da Delegacia de Polícia Civil dessa cidade, mas, até o período da tarde de sexta-feira não tinha registro de prisão.
Fique por dentro
Cronologia dos assassinatos neste mês por arma de fogo na Ilha
Dia 2 de fevereiro: Rogério Maciel Silva, de 32 anos, Vila Roseana, em São José de Ribamar
Dia 5 de fevereiro: Izaquiel de Sousa Rocha, de 24 anos, na Estiva; Raimundo Julian Lima Medeiros, de 32 anos, Liberdade
Dia 6 de fevereiro: vítima sem identificação, Tajaçuaba
Dia 7 de fevereiro: Benilson Nascimento dos Santos, de 34 anos, no centro de Raposa
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A polícia informou que 20 assassinatos ocorreram por arma de fogo durante o primeiro mês deste ano na Ilha e a mais de 80% dos casos foram na capital maranhense.
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