Rachadinhas

TJ do Rio mantém quebra de sigilo bancário e fiscal de Flávio Bolsonaro

Maioria da 3ª Câmara Criminal decidiu manter a quebra de sigilo do filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, no caso da investigação das ''rachadinhas" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Senador Flávio Bolsonaro com o ex-assessor Fabrício Queiroz são acusados de esquema de rachadinhas da Alerj e devido a isto, TJ manteve decisão pela quebra de sigilo fiscal e bancário do parlamentar
Senador Flávio Bolsonaro com o ex-assessor Fabrício Queiroz são acusados de esquema de rachadinhas da Alerj e devido a isto, TJ manteve decisão pela quebra de sigilo fiscal e bancário do parlamentar (Flávio Bolsonaro)

Rio de Janeiro

O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) manteve a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-deputado estadual e atual senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), investigado por suposto esquema de rachadinha na época em que cumpriu mandato na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

A defesa de Flávio havia entrado com um pedido de habeas corpus na 3ª Câmara Criminal, onde corre o caso, para tentar derrubar a decisão proferida em primeira instância, em abril do ano passado Relator do processo, o desembargador Antônio Carlos Nascimento Amado defendeu, na semana passada, a restauração dos sigilos.

As outras duas desembargadoras que compõem o colegiado, Monica Tolledo Oliveira e Suimei Meira Cavalieri, haviam pedido mais tempo para analisar o caso. Hoje, contudo, elas votaram pela manutenção da decisão de primeira instância, do juiz Flávio Itabaiana Nicolau.
A sessão é fechada, e o processo, sigiloso.

Na semana passada, Amado votara em favor de Flávio pelo fato dele não ter sido ouvido antes do pedido de quebra de sigilo feito pelo Ministério Público estadual, que investiga o filho do presidente Jair Bolsonaro. O MP apura as práticas de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa por parte do senador

Procurado, o advogado de Flávio, Frederick Wassef, disse que, "ao contrário de outros", não vai comentar a votação porque o caso está em segredo de Justiça. "Mas aproveito a oportunidade para falar ao nobre jornalista que a Polícia Federal afirmou não haver indícios de irregularidades. Quando a investigação é feita de forma isenta, ela encontra a verdade", declarou Wassef.

Defesa
O advogado também soltou uma nota em que com o mesmo teor. "O advogado Frederick Wassef não pode se manifestar porque o processo se encontra em segredo de Justiça. Porém, quer registrar que a Polícia Federal apurou de forma incontestável e inequívoca que não existe qualquer indício ou irregularidade na vida de Flávio Bolsonaro. Fica ainda mais evidente que jamais existiu lavagem de dinheiro, que os imóveis são legais e regulares, declarados à Receita Federal. Por tanto (sic), uma vez mais, Wassef rechaça de forma veemente todas as infundadas acusações levianas que têm apenas o objetivo de atingir a imagem e a reputação de Flávio Bolsonaro." l

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