EDUCAÇÂO

Inscrições para o Fies começam hoje em universidades particulares

Neste ano, a oferta é de 100 mil vagas; programa do MEC financia cursos superiores para estudantes de baixa renda em todo o país

Agência Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
(fies)

Começam hoje (5) e vão até o dia 12 de fevereiro as inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o programa do Ministério da Educação (MEC) que financia cursos superiores em universidades particulares para estudantes de baixa renda. Somente este esse ano, a oferta é de 100 ml vagas.

Os candidatos podem fazer sua inscrição no programa através do site do Novo Fies, a partir de um cadastro vinculado ao CPF. Existem hoje duas modalidades de financiamento no atual modelo do Fies, que permitem juro zero a quem mais precisa e uma escala que varia de acordo com a renda familiar do candidato.

A ofertas de vagas a juro zero é para estudantes com uma renda per capita de até três salários mínimos, que tenham realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) desde 2010 e alcançado pelo menos 450 pontos de nota média e não ter zerado a redação.

P-Fies

A outra modalidade, denominada P-Fies, destinada a estudantes com renda per capita mensal de até cinco salários mínimos. Já neste caso, as condições para o financiamento são negociados com algum agente financeiro que fica responsável pelo contrato.

Para realizar a inscrição no P-Fies, é necessário que o estudante atenda aos mesmos critérios do Fies juro zero: nota mínima de 450 pontos nas provas e não ter zerado a redação.

De acordo com o calendário do MEC, o resultado da primeira pré-seleção do Fies será divulgado dia 26 de fevereiro. Aqueles que não forem chamados de primeira, têm uma segunda chance, ficando em lista de espera.

Novidade

O Fies será o primeiro programa de acesso à educação superior com uso da conta única de acesso do governo federal. Para pleitear o financiamento em uma das 70 mil vagas ofertadas neste semestre, o estudante deverá acessar sua conta pelo portal gov.br ou criar uma conta.

Logo no acesso ao portal do Fies, será indicada a necessidade de fazer a conta. O participante será redirecionado para o site do governo federal e, após o login ou a criação da senha, voltará para o site do programa de financiamento estudantil.

A medida faz parte do plano de transformação digital do governo Jair Bolsonaro. A ideia é simplificar a vida do cidadão, com um login — o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) — e uma senha para todos os serviços da administração pública.

O cronograma do Fies é o seguinte:

divulgação dos resultados: 26 de fevereiro;
complementação da inscrição no Fies Seleção pelos candidatos pré-selecionados na modalidade Fies: 27 de fevereiro até as 23h59 de 2 de março;
pré-seleção em lista de espera: 28 de fevereiro até as 23h59 de 31 de março.


O programa

O programa está dividido em duas modalidades: tem o Fies, a juros zero para quem mais precisa (renda familiar de até três salários mínimos por pessoa) e o Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies), para renda familiar per capita de até cinco salários mínimos.

Em dezembro de 2019, o comitê gestor do Fies realizou algumas mudanças no programa. Vale frisar, porém, que só valerão a partir do segundo semestre. São elas:

Cobrança judicial de débitos – Estabeleceu-se a possibilidade de cobrança judicial dos contratos firmados até o segundo semestre de 2017 com dívida mínima de R$ 10 mil. O ajuizamento deverá ser feito após 360 dias de inadimplência na fase de amortização, ou seja, do pagamento em parcelas dos débitos.

Hoje a cobrança de quaisquer valores é feita no âmbito administrativo. Pela resolução aprovada pelo comitê, só continua a se enquadrar nesse campo quem dever menos de R$ 10 mil. O devedor e os fiadores poderão ser acionados.

P-Fies – O objetivo é retirar amarras impostas pela administração pública e dinamizar a concessão do financiamento nessa modalidade. A resolução aprovada define: • independência em relação aos processos do Fies; • não exigência do Enem como pré-requisito (hoje, é idêntico ao do Fies); • não impor limite máximo de renda (atualmente, é para alunos com renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos); • possibilidade de contratação durante todo o ano.

Enem

A meritocracia será chave para o uso da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma de ingresso no Fies. Hoje é preciso ter nota média mínima de 450 pontos e apenas não zerar a redação para pleitear o financiamento. O comitê estabeleceu uma nota de corte também para a parte discursiva — 400 —, abaixo da nota média nacional, de 522,8. Essas mudanças valem a partir de 2021.

A nota do Enem também servirá para limitar transferências de cursos em instituições de ensino superior para alunos que possuem financiamento do Fies. Será necessário ter obtido, no Exame Nacional do Ensino Médio, resultado igual ou superior à nota de corte do curso de destino desejado. Mais uma vez, a meritocracia como base para formar profissionais ainda mais qualificados, mantendo políticas públicas de inclusão como o próprio Fies.

O comitê ainda aprovou o plano trienal 2020 a 2022 para o Fies. Nele, as vagas poderão passar de 100 mil em 2020 para 54 mil em 2021 e 2022, caso não haja alteração nos parâmetros econômicos atuais. Mas esses valores serão revistos a cada ano, podendo voltar a 100 mil vagas caso haja alteração nessas variáveis ou aportes do MEC. Ainda, o Comitê incluiu como pauta permanente a revisão da taxa de inadimplência do Fies e a alavancagem do fundo garantidor, assegurando a sua sustentabilidade financeira.

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