Reinício

Plano Diretor pauta retorno dos trabalhos na Câmara de SL

Meta dos vereadores é apreciar em Plenário o texto que ditará regras de organização urbanística até abril; por ser ano eleitoral, parlamentares "costuram" estratégias para se adaptar à nova legislação eleitoral que proíbe as coligações

Thiago Bastos / Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Câmara Municipal de São Luís teve trabalhos retomados ontem e pauta principal foi o Plano Diretor
Câmara Municipal de São Luís teve trabalhos retomados ontem e pauta principal foi o Plano Diretor (Câmara )

O Plano Diretor e a possibilidade de articulações visando às eleições (proporcional e majoritária) na capital maranhense pautaram as discussões da Câmara Municipal de São Luís durante a abertura do primeiro semestre legislativo, registrada na manhã de ontem. A meta dos parlamentares é apreciar em Plenário até abril o texto que ditará, nos próximos anos, as regras de organização urbanística da cidade.

Por ser um ano eleitoral, os vereadores também intensificaram as conversas objetivando estratégias para a disputa já que este ano há a nova regra que proíbe as coligações no âmbito das eleições proporcionais. Nos bastidores, a meta é evitar pautas consideradas “polêmicas” e que interfiram no processo sucessório dos vereadores.

Somente o Plano Diretor deverá protagonizar os debates na Casa nos primeiros meses de trabalho. A O Estado, o presidente da Mesa Diretora da Câmara dos Vereadores, Osmar Filho (PDT), disse que nos próximos dias convocará os presidentes das comissões responsáveis pelo tema (Meio Ambiente, Constituição e Justiça, Economia e Mobilidade Urbana).

“Esta matéria foi amplamente discutida. Os debates sobre o tema vão ser acelerados, até pela importância da matéria e solicitaremos os pareceres para, em seguida, colocar o assunto em apreciação na Casa”, afirmou.

Com penetração na base governista na Casa, o secretário de Agricultura, Pesca e Abastecimento de São Luís, Ivaldo Rodrigues (PDT) afirmou que já há maioria para a aprovação do Plano Diretor. “É preciso colocar em votação, a base do governo tem garantido a maioria da Casa e creio que não haverá problemas para a sua aprovação”, disse.

Membros da oposição, por sua vez, garantem que as oito audiências públicas para apreciação do tema não foram suficientes. De acordo com o vereador Estevão Aragão (PSDB), a disputa pela aprovação estenderá os debates do Plano até o fim deste semestre. “Há muitas questões a serem resolvidas, especialmente relacionadas à limitação das áreas rurais. É um ponto sensível e que precisa de mais debates”, afirmou.

Sessão solene

Às 10h30 de ontem, a sessão foi aberta pelo presidente Osmar Filho. Ausente dos trabalhos, o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT) foi representado pelo secretário Ivaldo Rodrigues.
A sessão inaugural foi rápida e durou aproximadamente 20 minutos. Além dos parlamentares, integrantes da Assembleia Legislativa do Maranhão (o deputado estadual Wellington do Curso) e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado, Thiago Diaz, prestigiaram a abertura. Hoje está prevista nova sessão a partir das 9h.

Vereadores se posicionam
sobre a sucessão municipal

Além de articularem suas próprias campanhas para a eleição proporcional deste ano, alguns parlamentares são considerados peças-chave nos debates internos de seus partidos visando o pleito majoritário deste ano na capital maranhense. Vereadores do PSL, PDT e PSDB disseram a O Estado na abertura dos trabalhos da Câmara Municipal de São Luís suas impressões acerca das articulações.

No PDT, por exemplo, é praticamente certa a aliança da sigla com o DEM, em prol do pré-candidato Neto Evangelista. O PCdoB também não está descartado. “Tenho certeza que é possível juntar as forças políticas, enfrentar o adversário e ir para o segundo turno rumo à vitória”, disse Ivaldo Rodrigues sobre um eventual segundo turno com Eduardo Braide (Podemos).

No PSDB, a tendência é de uma desfiliação de Wellington do Curso e uma subida tucana no palanque de Braide. O deputado estadual disse que se o partido não descartar aliança com sigla para a majoritária, pedirá para sair.

“Preciso da garantia de que o PSDB está comigo. Se não, vou trilhar outro caminho”, afirmou. Membro do PSDB na Câmara, Estevão Aragão preferiu se esquivar do assunto. “É uma questão interna e que não tenho autorização para dar mais detalhes”, afirmou.

Delicada

A situação mais delicada é do PSL. Líder do partido no Estado, o vereador Chico Carvalho disse que atualmente o mais provável é uma aliança em prol de uma candidatura majoritária. No entanto, o nome de Sílvio Apóstolo não está descartado. “Com a indefinição do Tadeu [Palácio], o Sílvio é o mais provável. Mas não estamos fora de possíveis alianças”, afirmou.

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