Universalização

Maranhão próximo de 100% de domicílios com energia

Do montante R$ 788,5 milhões que a Equatorial Maranhão investirá este ano em obras na rede de alta tensão e manutenção do sistema elétrico, R$ 444,2 milhões serão destinados à universalização do acesso à energia

Ribamar Cunha/Subeditor de Economia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Família de comunidade em Timon agora tem energia em casa
Família de comunidade em Timon agora tem energia em casa (energia)

No Censo 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 55% da população maranhense não tinha acesso à energia elétrica. Essa realidade começou a mudar a partir do lançamento do Programa Luz Para Todos (PLPT), do Governo Federal, em 2003. O Censo 2010 já mostrava os avanços, ao se constatar que somente cerca de 13% dos habitantes ainda estavam sem oferta de energia. Hoje, a universalização já alcançou 99,04% da população.

De 2004 a 2019, as ações de universalização do Programa Luz Para Todos resultaram em 361.324 ligações em todo o estado, beneficiando mais de 1,6 milhão de pessoas. O desempenho maranhense representa quase 12% das 3,023 milhões de ligações efetuadas em todo o país e 24% na região Nordeste, conforme dados da Eletrobras.

Essa evolução no estado vem do compromisso da Equatorial, desde 2004, quando assumiu o controle acionário da então Companhia Energética do Maranhão (Cemar), de levar energia elétrica para todos, nos lugares mais remotos. Universalização que a Companhia quer alcançar este ano.

Para isso, do montante de R$ 788,5 milhões que a Companhia investirá este ano no estado em obras na rede de alta tensão e melhorias e na manutenção do sistema elétrico, R$ 444,2 milhões serão destinados à universalização rural, urbana e Programa Luz Para Todos (PLPT).

“Esse investimento superior a R$ 440 milhões demonstra o desejo da Equatorial em concluir a universalização da energia elétrica em todo o estado”, ressaltou Áquila Nole, Liderança de Universalização da Equatorial Maranhão. Segundo ele, com essas obras as equipes de construção devem saltar das atuais 75 para 150, devendo ser geradas cerca de 500 novas vagas de emprego.

Conforme explicou Áquila Nole, o investimento da Equatorial Maranhão em universalização beneficiará um total de 30.240 famílias com ligações novas em áreas urbanas, rurais, povoados, como também em ilhas isoladas e comunidades distantes dos grandes centros.

Comunidades isoladas
Hoje, a Equatorial atende quatro ilhas, por meio da implantação de minissistemas de geração e distribuição de energia renovável e 100% limpa, a partir de placas fotovoltaicas. São as comunidades da Ilha dos Lençóis (Cururupu), Ilha Grande (Humberto de Campos) e mais recentes, as ilhas de Cunhã-Cuema (175 domicílios que reúnem 875 pessoas) e Sababa (116 domicílios, com 580 pessoas), localizadas no município de Turiaçu.

Vale ressaltar que o minissistema de geração e distribuição de energia que atende a essas comunidades é híbrido, pois há também um gerador a óleo diesel para casos em que houver problemas com as baterias das placas fotovoltaicas. “Apesar de esses minissistemas estarem localizados em comunidades remotas, a qualidade e a confiabilidade da energia ofertada é muito melhor do que em outras regiões do estado”, afirmou o diretor de Relações Institucionais e Planejamento, José Jorge Leite Soares.

O 11º contrato do Programa Luz Para Todos terá investimentos específicos para sistemas isolados, visando atender comunidades remotas no estado. Para tanto, serão investidos R$ 61,9 milhões este ano para se levar energia elétrica a mais 21 ilhas de oito municípios maranhenses, em benefício direto de 2.433 domicílios.

Essas 21 ilhas estão situadas nos municípios de Apicum-Açu, Humberto de Campos, Turiaçu, Alcântara, Cândido Mendes, Luís Domingues, Tutóia e Cururupu. A previsão é de que as obras de instalação dos minissistemas tenham início neste mês de fevereiro, atendendo a uma comunidade de Alcântara, com 78 domicílios.

Mais

Luz Para Todos

O Programa Luz Para Todos (PLPT), do Governo Federal, foi instituído em 2003 como instrumento de desenvolvimento e inclusão social, pois, de acordo com o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, em 2000 existiam dois milhões de domicílios rurais não atendidos pela prestação dos serviços de energia elétrica. Ou seja, aproximadamente 10 milhões de brasileiros viviam, no meio rural, sem acesso a esse serviço, sendo que cerca de 90% dessas famílias possuíam renda inferior a três salários mínimos.

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