Bem estar

Estimule as crianças a terem uma boa alimentação

Situações simples do dia a dia podem ser aproveitadas para a educação alimentar, que deve começar desde cedo e é essencial à saúde

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Um prato colorido desperta a atenção da criança
Um prato colorido desperta a atenção da criança (criança comida)

São Paulo - Muitos pais encontram dificuldades em fazer com que os filhos entendam porque ele precisa comer alguns alimentos nutritivos que não agradam tanto ao paladar dos pequenos. Principalmente quando eles vão à cantina da escola, onde existem milhares de opções de lanchinhos ultraprocessados. A educação alimentar começa desde cedo e é essencial para que eles cresçam fortes e saudáveis!

Mas o que eles podem fazer para estimular a curiosidade das crianças para os alimentos certos e confiarem nas escolhas que farão para o seu futuro? Confira abaixo, cinco dicas do que e como fazer com Débora Sasdelli, nutricionista da Nutrebem, fintech de conta digital para cantinas escolares com acompanhamento profissional.

Vamos às compras!
A primeira e melhor forma de começar o incentivo é despertando o interesse das crianças pelos alimentos durante a compra de supermercado ou feira. Mostrar as formas, cores, texturas e "sonhar" com a preparação daquele alimento juntos, instiga os pequenos em todos os pontos de seu desenvolvimento infantil.

Mãos na massa!
Cozinhar com os filhos é a melhor maneira de estimulá-los e cultivar bons hábitos, fazendo com que conheçam os alimentos e sintam o prazer do momento ao lado dos pais, criando também uma memória afetiva.

Hora de comer!
O momento de montar o prato é o ideal para despertar o interesse das crianças pelo mundo de cores e texturas, principalmente de verduras, legumes e frutas. É importante também estimular a percepção da própria criança em relação ao quanto ela vai comer de acordo com a fome daquele dia, daquele momento. Para que a criança saiba se guiar do quanto ela precisa naquele momento, de qual a quantidade ideal pra ela naquela refeição, sabendo trabalhar e respeitar a saciedade.

Tira a mesa, põe a mesa!
Esse ritual é constante na vida de um adulto e por isso mesmo é importante ensinar aos filhos que ele também faz parte da refeição ideal, com o local limpo e se preparando para uma deliciosa refeição em família.

Conversar com a cantina!
A melhor forma de checar o que seus filhos estão comendo na escola, é através de aplicativos que mostram o valor nutricional dos itens da cantina e assim conversar com a escola sobre o cardápio oferecido - se não for do seu agrado. É possível também personalizar o cardápio conforme a necessidade, possibilitando assim uma conversa maior entre pais e filhos.

Alimentos para aumentar a imunidade das crianças

1. Vegetais verde-escuros
Espinafre, couve-manteiga, alface, agrião, brócolis e rúcula são ricos em ácido fólico e vitamina B9, que auxiliam na formação dos glóbulos brancos, principais mecanismos de defesa do nosso corpo. Além disso, essas verduras conservam as células de defesa do intestino, principal canal de agentes patogênicos em crianças.
Estratégias para o consumo infantil: No caso do brócolis, misturar junto com o arroz ou então bater no liquidificador com feijão. A couve pode ser acrescentada em sucos como o de laranja e o de acerola, frutas ricas em vitamina C, dessa forma, há uma potencialização da defesa imunológica do corpo.

2. Frutas cítricas
Frutas ricas em vitamina C como a laranja, acerola, kiwi, limão, goiaba, tangerina, mexerica, maracujá, caju, limão, mamão e morango podem ser adicionadas na alimentação por meio de sucos, vitaminas com leite, carnes, no caso do limão e da laranja, e até mesmo na salada.
Além de serem ricas em antioxidantes, que evitam a ação dos radicais livres responsáveis por enfraquecer as células, deixando o organismo mais propenso para a ação de agentes invasores, grande parte dessas frutas têm um percentual significativo de água, fator que acaba auxiliando na hidratação infantil. Ricos em fibras, esses frutos também facilitam a digestão, portanto, devem ser consumidos com maior regularidade por crianças que possuem prisão-de-ventre, além de serem precursores da absorção de ferro e, consequentemente, impedir o desenvolvimento da anemia ferropriva.

3. Sementes (oleaginosas e leguminosas)
Tanto as sementes oleaginosas como castanha-do-pará, de caju, nozes, amêndoas, linhaça e chia, quanto as leguminosas como feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico, vagem e soja, são ricas em zinco e selênio e tem um importante papel na defesa do organismo. Esses grãos também possuem grande quantidade de vitamina E, um composto que atua como antioxidante e favorece o desenvolvimento do sistema imunitário.
Ácidos graxos poliinsaturados e monoinsaturados, como o ômega 3, 6 e 9, também são abundantes nesses alimentos e melhoram tanto a resposta imunológica, quanto a ação anti-inflamatória do corpo. Para adaptar seu pequeno aos poucos aos grãos, opte por colocá-los no suco, na sopa e até mesmo moídos e misturados com o iogurte.

4. Tubérculos
Rico em vitamina C e B6, o gengibre tem ação bactericida e também auxilia no fortalecimento do sistema imunológico. O alimento também é um excelente termogênico capaz de diminuir inflamações da garganta, típicas de gripes e resfriados. Porém, é muito importante atentar para o comportamento de seus pequenos ao ingerirem este alimento, porque algumas crianças são alérgicas e podem passar mal com uma tosse seca e muito forte, obstrução da garganta e surgimento de manchas avermelhadas pelo corpo.
Por isso, é mais indicado utilizar apenas uma lasquinha para fazer o teste e descobrir se o seu filho é ou não alérgico. Uma excelente sugestão para incluir o alimento nas refeições das crianças é misturá-lo com suco de laranja, acerola e couve, por exemplo. Nunca use grandes pedaços, e sim, lascas fininhas e pequenas.
O inhame também é riquíssimo em vitamina C e minerais como ferro e magnésio. Possui ação anti-inflamatória e ajuda a eliminar as toxinas do corpo. Algumas opções para inseri-lo na dieta infantil é por meio de purê, chips, misturando o leite derivado do tubérculo com outros alimentos ou até mesmo com batata cozida.

5. Alimentos de origem animal
Leite e seus derivados, fígado bovino e gema de ovo também contribuem para a manutenção do sistema imunológico. O mel não é indicado para crianças menores de dois anos, pois pode ter a bactéria patogênica clostridium botulinum, causadora do botulismo.

6. Alimentos probióticos
Rico em microorganismos vivos, o kefir de leite melhora no balanço microbiano intestinal e pode ajudar a aumentar a imunidade, tanto de adultos, quanto de crianças. Uma boa opção para o consumo infantil é misturá-lo com geleia de frutas, por exemplo.

7. Alho e cebola
Ambas as plantas, como assim são caracterizadas cientificamente, possuem grande quantidade de antioxidantes, quercetina e rutina, que possuem ação anti-inflamatória. A melhor forma de inseri-los na alimentação é através do tempero na comida, que passa praticamente imperceptível pelo paladar infantil.

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